domingo, 14 de outubro de 2012

A POLARIZAÇÃO.




Polaridades. Opostos. Positivo e negativo. Yin e Yang. Pratos de uma balança. Lei do Pêndulo. Dualidade. 
Temas já muito tratados aqui no blog. Agora iremos aprofundar. 
Nossa vida aqui neste planeta e nesta dimensão depende muito, ainda que em caráter provisório, da questão do equilíbrio dos opostos. Vivemos dentro e para a polaridade. Somos como um pêndulo que oscila no ritmo de cada um.

Esta oscilação movimenta a energia, dá vida e a sustenta dentro das características inerentes a esta dimensão. Ela não pode ser ignorada e nem tampouco sobrepujada com qualquer artifício. Aliás, até pode, mas somente através do desequilíbrio. Esse padrão quântico deve ser muito bem conhecido, apreciado, estudado e compreendido.

A regra básica é: Você e tudo que lhe compõe só funciona baseado em dois pólos, como as tomadas a que ligamos os eletrodomésticos de casa.
Esses dois pólos, por assim dizer, devem estar em equilíbrio, fornecendo os dois a mesma base energética de recepção e transmissão. Ou seja, devem possuir a mesma capacidade de dar e receber energia para que esta circule e promova todos os movimentos necessários a vida.

Chamaremos então, apenas por uma simples questão de organização e para que possa entender melhor, o pólo positivo de "bem" e o negativo de "mal".
Sendo assim, o "bem" e o "mal" devem coexistir, pois a ausência tanto de um quanto do outro, assim como o seu enfraquecimento, causa transtornos, desequilíbrios e mal funcionamento da vida em várias escalas, desde a mais pessoal até a mais coletiva.

O que nos impede de fazer uma avaliação isenta desta questão é o fato de termos sido educados e portanto criado a fortíssima crença de que um deve "vencer" o outro. A eterna luta do "bem" contra o "mal" que acentua mais ainda a divisão e a fragmentação do mundo que vivemos e por conseguinte o seu enfraquecimento como entidade única.

Aliás, me parece - sem querer estimular teorias conspiratórias, que ao meu ver são muito mais perturbadoras em teoria do que talvez fossem na prática - que a crença coletiva na separação e a ideia de que o "bem" vive muito bem sem o "mal" são a grande farsa da humanidade.
Este conceito, que pode a princípio chocar, deve ser analisado com calma, ou então refutado de vez se não lhe cabe neste momento. Cada um tem o seu momento.

Para as pessoas que conhecem e/ou trabalham com eletricidade ou eletrônica fica mais fácil entender e aceitar esta ideia, uma vez que a base desta ciência é toda voltada ao princípio da polaridade e suas interações. Ou seja, a luz da sua casa e todos os aparelhos somente funcionam porque existem dois pólos, duas vias, a dualidade.
Não haveria a resistência natural, devido principalmente ao medo incutido, de aceitar e fazer um paralelo do elétron (negativo) com o mal e do próton (positivo) com o bem.

O mal, por si só não é ruim e o bem, também por si só, não é totalmente bom. Há uma relatividade muito forte, que vai determinar o tom, a graduação, dentro do movimento de carga, qual o peso da energia naquele contexto, que por mais pesada que seja, NUNCA poderá ser considerada como uma coisa absoluta.

Sabemos muito bem que todo o excesso é prejudicial. Dessa forma tanto o excesso de "bem" quanto de "mal" desequilibram, fazem funcionar mal e/ou chegam por fim, a paralisar totalmente o funcionamento.
Dependemos do "bem" e do "mal". Os dois são indispensáveis a vida e a sua inteira harmonia.

Esse equilíbrio energético não necessariamente se dá, por exemplo, no caso da pessoa, tornando-a bipolar. Não se trata de ser um assassino a noite e um papai noel de dia, e aí tudo certo. 
A síntese está em ter e considerar a raiva, o medo, a ira, o desprezo, assim como a boa vontade, a alegria, a coragem a atenção numa dose que seja sentida por você como uma dose equilibrada, mas que nada tem a ver com a dose dos outros.

Esse ponto de equilíbrio é relativo, mas ele pode também e com muito cuidado ser avaliado por terceiros.
Rir e chorar sempre, mas não o tempo todo. A verdadeira alegria não necessariamente é expressada em gritos ou estardalhaços. Eu posso estar extremamente alegre sem dar um só riso ou muito triste sem chorar, sem que com isso eu esteja reprimindo algo.

Muitas vezes precisaremos gritar, gargalhar, chorar intensamente, não porque a energia lhe exija isso e sim - muito comum - pelo fato de termos muito disso acumulado, por vezes, anos a fio. O acumulo, devido a repressão, é que provoca rompantes. A alegria, a tristeza serena, fruto do momento, se expressam com uma certa leveza e muitas vezes dentro de um absoluto silêncio, sem que isso seja também uma regra, pois como digo sempre, cada um é cada um.

A questão é: se está barrigudo, ou com outros tipos de deformações no corpo, está em desequilíbrio devido ao excesso de polarização, ou seja: está armazenando mais uma determinada polaridade de emoção em detrimento de outras que não a permitiriam ficar ali presa. 
Se é só raiva, raiva e raiva, seu corpo vai polarizando dessa maneira e começa então haver um acumulo que se torna visível no físico.

Seu corpo armazena tudo que você é, e lhe informa disso constantemente. Estas emoções estão reprimidas e guardadas nesta parte do corpo e podem emergir a qualquer momento em situações que muitas vezes nada tem a ver com aquela emoção, e de forma exagerada.
Seu corpo suporta até um determinado nível. Depois daí surgem as dores, formigamentos, inchaços e por fim a doença em si.

Por outro lado não adianta ir lá e tentar descarregar tudo, seja gritando, batendo, fazendo atividades físicas, porque essa descarga ocorrerá de forma gradual, uma vez que o acumulo, geralmente vem de longa data.
Se fossemos lá e dessemos um belo, demorado e bom grito e a energia se dissipasse instantâneamente, como às vezes parece acontecer, o órgão deformado voltaria ao seu estado natural instantâneamente, coisa que não seria adequada, uma vez que precisamos armazenar energia até por uma questão de sobrevivência. E se as coisas funcionassem assim, ficaríamos em outras situações, muito vulneráveis.

Seu corpo tem uma espécie de "banco de memória", que serve para armazenar de forma equilibrada assim como também com excessos.
Esse armazenamento natural faz parte da arquitetura dele. Somente o excesso de polarização deforma, provocando com o tempo retenções que atrapalham e paralisam o bom funcionamento.

Seu corpo é perfeito. Uma máquina fantástica e muto bem projetada. 
Mas ela depende que as energias que circulam possam circular com a correta polaridade. Ou seja: o "bem" e o "mal" devem estar presentes de forma IGUAL, EQUIVALENTE, se não inicia-se um processo de acumulo e retenção que o prejudicam bastante. 

Assim também é para tudo na vida. Há que se observar.