domingo, 25 de julho de 2010

A INFLUÊNCIA DOS AMBIENTES.



Sempre reforço aqui sobre a importância de organizarmos nosso mundo interior e que o reflexo disso se dá no mundo exterior. Manifestamos aquilo que vivemos dentro de nós.

Todavia, é inegável que temos um mundo exterior, aonde as experiências internas, praticam o ato de manifestar, exercitando e aplicando nosso poder criativo.

Essa vida física, que chamo aqui de mundo exterior, fervilha e borbulha de intensas trocas e nela ocorrem muitos sinais de indicações que podem nortear nossas decisões. Indo um pouco mais além, podemos ver no dia a dia infinitas maneiras de estimular ou reorientar nosso poder interno. 

Podemos ainda aproveitar a experiência alheia com a finalidade de reduzir alguns dos nossos processos.
Dentre as dezenas de técnicas que falam nesse sentido temos o "Feng Shui" do chinês, algo como: "Energia que flui"... Nada mais é que uma técnica que orienta como planejar os ambientes de forma a permitir os fluxos normais das energias ali geradas. 

Se há algum bloqueio, esse pode vir a atrapalhar, estimulando nosso sub-consciente através do impacto de imagens, cores e formas a trabalhar de maneira a não permitir o livre fluxo da energia.

Na verdade a simples troca de ambientes, sejam eles, a casa, o interior dela, o trabalho, os locais que frequentamos e suas vizinhanças, por si só, não garantem o nosso sucesso. 

Devemos ver esse movimento como um coadjuvante importante e que deve se aliar ao trabalho interno, ou seja, mais uma ferramenta que pode através de estímulos visuais, olfativos, tátil e auditivo nos ajudar a encontrar aquela condição de sentimento desejada.

Mais uma vez afirmo que nunca devemos nos prender a essa ou aquela técnica específica e sim exercer nosso livre direito de experimentar e associar, através de uma combinação inteligente, o que há de bom, para nós, em tudo que há por aí.

Para isso devemos estar atentos e garimpar sempre que possível. Devemos aproveitar nosso tempo disponível (e todo mundo tem, uns mais) e experimentar todas às possibilidades que a vida nos apresenta.

Esse é o grande lance: Viver intensamente e aliar nossa vida interior a exterior, aproveitando todos os detalhes de cada uma e aplicar de forma a estimular e modificar aquilo que queremos.

O problema começa quando criamos uma dependência exagerada de estímulos exteriores. Achamos que se está ruim foi por que fulano ou beltrano agiu assim e por isso tudo aconteceu. Ou então, por que escolhemos os móveis errados ou o arquiteto e sua decoração ou mesmo a família que nascemos.

Como disse, as coisas de fora servem como um estímulo realimentador de uma realidade criada dentro de nós. Se essa "realidade" nos domina, é óbvio que começaremos a fazer coisas no mundo das formas que incrementa mais essa energia, pois afinal de contas, ela (a energia) deseja sobreviver, "ter vida própria" e assim sendo, tudo fará para criar estímulos que reforcem a idéia, de modo involuntário e até imperceptível por nós mesmos.

Daí reforço sempre a ideia de olhar para nós e manter a atenção, para anular os efeitos desse movimento "involuntário".

Os ambientes podem sim influenciar, mas há que se ter a consciência que esse processo nasce em nosso interior e ninguém, mas ninguém mesmo tem nada a haver com isso.

O ator principal do nosso melodrama pode se destacar e parecer mesmo um elemento danoso, contudo, afirmo com toda a certeza que sempre seremos nossos principais algozes e ninguém pode nos superar nessa empreitada.

Quando perceber que o ambiente externo influencia jogando para dentro de nós o que de dentro de nós sai, saberá usar com inteligência essa influencia e começará a criar ambientes que favoreçam sua evolução como ser humano.

domingo, 18 de julho de 2010

NUNCA SUBESTIME SUA INTELIGÊNCIA.




Todos os seres vivos são inteligentes. 

Essa afirmação resume a ópera. Mas há diferenças, que não se referem ao nível de inteligência ou a sua quantidade e sim aos tipos e o alcance. Em outras palavras, escrever sobre inteligência é tão somente sobre as modalidades e os caminhos que elas percorrem afim de expressar seu conteúdo.

As áreas de conhecimento e interação na vida terrena são infinitas e muito diversas, daí surgir mecanismos criados pelo universo no sentido de capacitar a interpretação e a interação diante de tanta diversidade.

O que há na verdade é que a medida que o conhecimento expande, os tipos e o alcance das inteligências também acompanham e vice versa. A existência do conhecimento somente se dá pela existência da inteligência. E a existência da inteligência somente se dá pela "presença" do conhecimento.

Não podemos e nem devemos julgar agora quem nasceu primeiro, pois não houve o primeiro. Igual a história do ovo e da galinha e de tantas outras que nos prendem a conceitos racionais de emocional limitado e não permitem que avancemos na expansão da vida.

Em épocas passadas, os cientistas achavam que poderiam quantificar, medir e classificar a inteligência. Daí o tão famoso teste de "QI" (Quociente de Inteligência), que nos dias de hoje já caiu em descrédito. 

Entretanto, a velha ânsia em classificar continuou. A humanidade não descansou e começou a perceber que fatores emocionais tinham uma importância muito grande, haja visto que inúmeros casos de pessoas com um "QI" "alto" não eram tão bem sucedidas, quanto pessoas desse mesmo "QI" abaixo da média.

Daí surgiu o tal "QE" (Quociente Emocional), que como o nome já diz, mede sua capacidade de expressar e elaborar emoções de forma a interagir no mundo de forma bem ou mal sucedida.

De qualquer jeito trata-se de uma evolução, pelo simples fato de considerar às emoções como um fator decisivo na vida de cada um de nós.

Emoção é energia. Inteligência provém da confluência das energias (emoções) aliados aos atributos da mente consciente e do intelecto. Não quero dizer que para ser inteligente, uma pessoa deva ser equilibrada e com às energias emocionais coordenadas. Até por quê, esse conceito de "organizado e coordenado" foge totalmente das necessidades operacionais de cada um de nós.

Mas precisa haver um fluxo, e isso todos temos. Se não funciona bem com você, não significa que não tenha. Basta apenas que encontre. E o melhor dessa história toda é que está bem aí dentro, portanto, acessível.

Na maioria dos casos, pessoas muito inteligentes, tem muita energia. Essa energia base é a energia sexual. A energia sexual bem trabalhada resulta em um fluxo mais livre dentro de você, e como consequência, mais inteligência, além é claro de muitos outros benefícios.

Uma energia sexual bem trabalhada não significa fazer sexo 10 vezes ao dia, 365 dias do ano. Não é só a quantidade, mas a qualidade, a empatia e a profundidade do contato consciente.

Nossa energia base (o sexo) é uma energia muito poderosa. Ela dá vida a outro ser. Mas se observar bem, isso acontece com a "ajuda" do sexo oposto. Assim também será com relação aos outros fluxos (funções) dessa mesma energia em nosso corpo.

Estamos aqui nesse mundo das formas como se fôssemos moedas de um só lado, precisando portanto, do outro lado para estimular certas funções.

Não temos como trabalhar todos os atributos dessa energia, bem como todas as suas aplicações, sem a ajuda do sexo oposto. Quem disser que é possível está muito enganado.
A medida que essa energia fica represada em nosso corpo, os fluxos não cumprem suas funções e deixamos de expandir nossa inteligência e consequentemente nosso poder criativo. Além da saúde e demais atributos.

Criação e inteligência são irmãos gêmeos. Um não vive sem o outro. O acúmulo de energia represada poderá causar um verdadeiro desastre dentro de nós. Muitas pessoas adoecem somente com o ato de represar esse fluxo.

Somos inteligentes por natureza, repito. Mas para isso, devemos trabalhar o fluxo das emoções e a base energética das emoções está no sexo. Todavia, reforço aqui que tudo deve ser feito respeitando o corpo.

Sendo assim, as bases da inteligência são: Olhar-se, perceber-se, ler, estudar e observar o mundo e por fim se atirar nas experiências.

Se o parceiro não acompanha, não evolui com você, procure outro, senão seu próprio fluxo travará.

Reforço que esse trabalho com a emoções, não é só de caráter sexual, apesar de quase tudo que existe, inclusive os mais variados tipos de relação, que aparentemente não tem um caráter sexual, são sim sexuais.

Toda relação de toque tem caráter sexual. A mãe quando amamenta, dá a seu filho ou filha, as primeiras experiências nesse sentido, que apesar de serem um pouco incipientes, pelo ponto de vista do sexo como vemos, tem uma importância cabal, nas resoluções que se seguirão.

A mensagem que quero deixar aqui é a de que acredite em sua inteligência, por menor que ela pareça ser. Saiba que pode expandi-la à níveis infinitos. E que esse trabalho se dá, como disse, pela percepção de si e do mundo, e através dos relacionamentos em diversos níveis. 

Atente-se também que para que a energia flua, (e isso deve ser um termômetro) é imprescindível o prazer e a alegria.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

FELICIDADE.



Quero refletir hoje com vocês sobre felicidade. Apesar de parecer, não quero aqui fazer definições. Descrições racionais impõe limites que a felicidade rejeita. Mas não posso deixar de escrever sobre, para quem sabe, numa tentativa sem garantias, lhe inspirar a repensar o tema.

Felicidade não é para ser descrita e sim para ser sentida. Cada um sentirá do seu jeito, do seu modo. O que deixa muitos com a sensação de que a felicidade extrema não passa de bobagem para outros tantos.

Quando me lanço a vida me candidato a felicidade. Felicidade é a sensação que se tem e a possibilidade inerente ao contexto de viver e do que se espera.

Respiro fundo e apesar do pulmão cheio, quero mais um pouco e um pouco mais...

Penso, reflito e sinto. A emoção circula dentro de mim e me conduz por caminhos únicos. Minha busca se dá pela sede de sensações. Preciso sentir e elaborar bem o que sinto. Não é só sentir e lidar bem com isso, e sim compreender fundo os porquês das escolhas já feitas.

Sigo um rumo sem mapas, sem manuais de instrução e muitas vezes com interpretações que me desviam do caminho que quero seguir e nem sei que já conheço.

Paro, olho e o desejo nasce. Quero experimentar antes de tudo. Felicidade aí é esse estado de experimento.

Conceitos, histórias e falta de liberdade me impedem temporariamente de expandir no meu rumo. Vivo num mundo de manifestações e inadvertidamente imagino que felicidade é um estado de manifestação, aonde somente serei feliz se manifestar o que desejo. Pode ser, mas não é só isso.

Se conseguir perceber que o desejo de manifestar já é a manifestação do desejo, já serei feliz imediatamente!
A vida somente se dá em sua total plenitude quando alio o mundo das manifestações físicas ao mundo emocional, interno. Sem vida interior, a exterior esfria. 

A vida interior é a lareira que aquece meus melhores momentos nesse mundo físico. Nada mais sou que um hábil interlocutor, um mediador (médium) entre dois mundos tão diversos que interagem e ampliam minha sede de conhecimento.

Me sinto realmente feliz quando provenho com toda a delicadeza um link seguro entre meu mundo interno e o externo. A fusão deles é por demais necessária e me enche de alegria.

Felicidade é alegria, divertimento, bem estar e a sensação de estar viva essa ligação com aquilo que é. Minha ansiedade me impulsiona a encontrar essa porta. E  a busca de quem procura nunca deve se nortear pela simplória sagacidade de achar por achar. O movimento de procurar (caminhar) é muito gostoso também!

Não há onde se chegar.

Quando se coloca a felicidade como meta, objetivo e tenta-se dirigir a ela como um destino, nunca se chega. Felicidade não é um destino.

Felicidade é um estado de ser. Seja quem você é simplesmente, tirando às máscaras e rótulos e sinta o que é a felicidade.

domingo, 11 de julho de 2010

O TEMPO COMO UM MERO FATOR PSICOLÓGICO.




O tempo como nós medimos lhe parece uma medida exata?

Por que para os presos o tempo parece passar mais devagar e para aqueles que estão muito atarefados ele parece passar mais depressa? 

O que acontece com aqueles que tem noções distintas sobre o "mesmo tempo"? Por que, quando estou ansioso, o tempo parece que não chega e quando percebo parece que já se passou?

Uma vez ouvi uma definição de tempo que me deixou tão perplexo que nem consegui pensar sobre: "Tempo é duração de consciência"...

Mais tarde pude perceber a sutil diferença e compreender os parâmetros envolvidos e a necessidade da nossa mente trabalhar no mundo físico com essa cadência de tempo que todos conhecemos.

Quando digo: "Eu vou conseguir"! Isso parece estar em um momento futuro que nunca se encaixa na realidade presente. Na verdade é algo que nunca vai existir por si só.

O presente, o eterno agora, o momento que inalo a vida pelas narinas é o único momento aonde tudo verdadeiramente acontece. 

Se é assim por que preciso de passado e de futuro? Qual é a finalidade dos tempos que não tem nenhuma utilidade na vida que eu vivo, que é a do momento presente?
São apenas referências. Você só reconhece o valor do dia pela existência da noite e vice-versa. 

O valor do momento presente está na comparação que se faz do momento que passou e do que ainda não veio. Como disse é só uma referência, nada para se prender. Posso lembrar e me alegrar com às lembranças. Posso ainda registrá-las e guardá-las no coração, mas sugiro que evite se prender.

O tempo está intimamente relacionado a ânsia de viver e o modo como percebe o momento presente.

Sendo assim, TEMPO É SENTIMENTO! 

Nossas emoções "coordenam" a sensação de fluência, de cadência de tempo.
Reflita por instantes, por favor. Tempo é sentimento e emoção. Se a emoção me agrada ele flui e nem percebo. Se me desagrada, parece que se arrasta, demora a passar.

E ele só demora por que rejeito, luto contra aquela emoção que para mim tem o rótulo de ruim.

Aceitando-a e permitindo-a dentro de ti, sem julgamentos, ela se reintegra ao criador que é você mesmo. A existência do tempo se dá nessa dimensão para servir de parâmetro em nosso "laboratório" interno das emoções. Essa "falsa" noção de tempo modera, exacerba, esfrega na cara, impõe e depõe a expressão das emoções. Do contrário, poderíamos explodir, literalmente.

Imagine uma criança brincando com uma ogiva nuclear...
Mesmo sendo um fator limitante, a princípio, o tempo é importante a fim de facilitar a degustação dos sentimentos-emoções.

A medida que resolvemos (compreender) bem a circulação dessa poderosa energia dentro de nós, o tempo deixa de ser uma referência necessária, colocando-nos assim em um novo patamar. Inclusive se encaixando bem em nossa vida, tanto no sentido de se estender como o de contrair.

E não há outro jeito de resolver senão prestar atenção, observar. O viver esclarece e nos ensina diariamente a caminhar rumo a liberdade. E aí se inclui a liberdade de tempo.

E se as emoções ditas "ruins" (entenda: não existe emoção ruim! O que a torna "ruim" é o fato de rejeitá-la, asfixiá-la, escondê-la! - isso é só um exemplo para comparação) fazem com que o tempo se arraste e às ditas boas aceleram o mesmo, não estarei vivendo menos o que é bom e mais o que é ruim? Pelo menos em termos de consciência disso?

Se seu raciocínio for linear, preso à cadência de tempo como conhecemos, como o que está nessa pergunta, sim. Todavia, à medida em que muda o olhar e desmistifica às emoções, tirando delas o rótulo de boa ou ruim, vivendo-as livremente sem questionamentos racionais, então, todos os instantes serão muito bons! Sem exceção.                                                                               
Se temo o amanhã, é lógico que não quero que o dia se acabe. Se não aprecio o agora, me prendo ao passado em busca de algo que me reconforte. Entenda, você faz do tempo o que quiser! Inclusive pode estende-lo ou mesmo anula-lo de sua vida.

A forma como lida com suas emoções pode mudar tudo, mas absolutamente tudo em sua vida. Pra melhor ou pior. Escolha!

AS QUALIDADES MENOSPREZADAS POR MÁSCARAS.

                                      




As pessoas gostam muito de classificar, rotular e estabelecer "padrões". Padrões de beleza, de comportamento, de consumo, do modo de vestir e etc.

Se fosse só isso, ainda estaria bom. Todavia esses padrões são constantemente "fiscalizados" e se estiverem fora do que é comumente aceito, aquela pessoa é "convidada" a se corrigir ou a se retirar.

Vivemos hoje num mundo aonde o conceito de disputa está enfiado até a raiz dos nossos cabelos. Parece que vivemos num modelo de selva (hoje mais sofisticado) aonde a competição pela sobrevivência é mais que imperativa.

E o mais incrível de tudo isso são as regras impostas não só para que participe do jogo, mas para que tenha alguma "chance" de vencer. Esta imposição, às vezes sutil e silenciosa, outras vezes nem tanto, gera dentro de nós crenças, comportamentos e expectativas absolutamente estúpidas e totalmente opostas as verdadeiras "leis" da criação e do universo.

Estabelecem-se padrões de comportamento do tipo: Um homem de sucesso deve ser assim e assim e assado e mais assado ainda...

Só que na vida real vemos muitos homens sem nenhum dos diversos atributos alardeados, tendo muito sucesso em termos financeiros, relacionamentos e saúde.

Para toda regra sempre há exceções, essa é a regra. E se há exceções significa que não há regra. A regra só irá valer se você aderir a ela. Senão nada vale.

Se você almeja o sucesso e tem desejos, você precisa saber caminhar no mundo que vive ao encontro de tudo que é seu por direito. Mas se já é meu por direito por que tenho que agir desse ou daquele modo?

Na questão dos relacionamentos por exemplo, se ajo de uma determinada maneira e desagrado, logo sou taxado de ignorante, e apesar de não me preocupar com isso, sou excluído do grupo.

Você só será excluído do grupo se aceitar as regras. 

Sei que muitos pensaram: "Eu não serei aceito se não aceitar as regras". Ou melhor: Se aceitar as regras você não irá se inserir num determinado grupo, cuja às regras não se afinam com o seu jeito de ser. 

Por outro lado você também terá dificuldade de se inserir em outros grupos por estar tentando se encaixar em regras que não condizem com quem você é, com suas particularidades. 

Pessoas agem como bandos (temos nosso lado animal bem vivo). Alguma vez você já viu urubus voando junto a pardais?

É um pouco difícil compreender o que tento dizer aqui, pois a mentalidade dessa época, gera uma crença coletiva de que eu tenho sim que me encaixar custe o que custar. Eu preciso ser aceito, querido. E você terá que se rotular, a fim de se encaixar nesse ou naquele grupo.

Se auto-rotular é limitar-se. É colocar algemas nos braços da criatividade inerente a cada um de nós. Nosso trabalho aqui é ser livre. E liberdade não combina com regras e rótulos. Se assim o for, como posso interagir, ser eu mesmo e ao mesmo tempo conciliar interesses, por vezes, completamente antagônicos?

Antes de tentar responder a essa pergunta quero voltar ao início quando falo sobre padrões.

Para você o que é ser humilde? 

Humildade tem haver com respeito? Respeito a quem ou ao que? Quando digo que sou bonito e inteligente, nego a minha humildade? Veja, mesmo aquelas qualidades, que são entendidas de modo mais simples, podem ter variação, de acordo com os olhos de quem vê? Albert Einstein foi chamado de estúpido e incapaz por alguns de seus professores, e mesmo assim se tornou um dos maiores cientistas do século 20.

Sendo assim, quem pode conferir, se às qualidades necessárias a ter sucesso, estão mesmo presentes em mim? Não falo nem dos invejosos e despeitados, pois esses sempre acharão defeitos, falo daqueles que possuem um sucesso notório e colocam como requisitos indispensáveis a esse sucesso, esta ou aquelas características. 

Tão inadequado quanto, são aqueles autores de auto-ajuda que elaboram listas detalhadas não só dos requisitos, mas também de como consegui-los. Isso é claro, se você comprar seus livros, palestras e dvds...

Ainda sim, sem qualquer garantia. Eles alegam que se trata de um "trabalho" que tem que ser feito e que se for mal feito, não trará resultados... Ora, muito cômodo vender às coisas assim. Isso é papo de quem quer faturar encima da sua esperança um tanto ingênua. 

Daí, quanto mais pessoas acreditarem em uma solução "externa", maior será o número de picaretas oferecendo os tais "milagres". Por que não conseguimos respeitar às particularidades de cada um, procurando orientá-los no sentido de se encaixarem COMO SÃO, em alguma atividade que seja melhor afinada àquelas características?! Nos relacionando numa boa e sem lhes impor barreiras. E ainda contribuindo para esse sucesso? O sucesso de quem é diferente de nós.

Mas não, só queremos andar com quem é parecido, com quem concorda e age como nós. Assim é a sociedade que vivemos, com todos tentando rotular a todos o tempo todo.

Queremos a liberdade mas não permitimos que os outros sejam livres???!!! Como é isso?!

Quem de nós se sentiria realmente à vontade de estar correndo ao lado de um perneta? Muitos diriam: Ele está me atrapalhando, preciso me desenvolver e ele me prende...

Tudo bem, siga em frente, corra mais rápido, chegue logo ao seu destino. Mas lembre-se de deixar um pouco de fraternidade e solidariedade... Volte lá depois e terminem juntos. 

Se dê essa força pra ele! 

Entenda, sempre há um jeito de você ser você mesmo e fazer o que quer permitindo ao outro que seja como ele quer e ainda por cima ter uma convivência harmoniosa para ambos.

Parece utopia, sonho, fantasia, mas é possível!

Não se trata de querer agradar aos outros e muito menos se prender a alguém para provar a si mesmo que tolera bem às diferenças. Trata-se de aceitar a liberdade que é sua e aceitar a que é dos outros.

Quando isso não ocorre, criamos um ambiente que incentiva o uso de máscaras. Ao invés de ser quem sou, serei o que agrada a maioria, pelo menos, assim consigo o que quero.
Esse mesmo ambiente dificulta o ousar e o criar. As pessoas tem medo de ser diferente e no fim serem excluídas. Me visto igual, me comporto direitinho e assim serei o queridinho, com isso as portas se abrem.

Quando você consegue aceitar e incentivar às pessoas que tem personalidades completamente diferente da sua você manda um recado claro a si mesmo, 

Eu posso sim ser, ter e fazer tudo que quiser! 

Experimentar a liberdade em suas múltiplas formas. Se quero ser livre, mas critico, impeço, e intervenho na vida alheia, automaticamente me travo e me escravizo a tudo aquilo que quero me libertar.

Se o sujeito não é humilde, ótimo, essa característica servirá para que tenha um desempenho superior na solução de problemas complexos, como por exemplo, em negociações difíceis, que envolvam vidas.

Experimentar de tudo: Essa é a delícia de SER. 

Mas não temos que ser tudo. Ser feliz encontrando o meu jeito único de ser humilde que difere dos demais. Estamos todos viciados em uniformizar as pessoas e o pior de tudo é que quando elas não aceitam são excluídas, num claro desrespeito a liberdade de expressão de cada um.

Quero deixar claro que assim como os outros, temos o direito de rejeitar sim, essa ou aquela característica nos outros. Não somos obrigados a conviver com grosserias. Todavia, se conseguimos visualizar a importância que aquele sujeito grosseiro pode ter nessa ou naquela função, teremos dado um passo muito importante, no tocante a compreensão e a finalidade de tudo que existe por aqui. 

domingo, 4 de julho de 2010

O FOCO.



Vamos falar hoje sobre uma capacidade dos seres vivos muito relevante na execução bem sucedida das mais variadas tarefas.

O foco. 

Focar é o mesmo que concentrar. Apontar a sua atenção. Trazer a tona e refletir de maneira clara a sua intenção. Disciplinar energias no sentido de aproveitar melhor seus recursos disponíveis.

Quando se quer realizar uma tarefa ou mesmo estabelecer bons relacionamentos o foco é indispensável. Todavia, ao contrário do que alguns acham, o verdadeiro foco não está em esquecer todo o resto a sua volta. Quando se foca de maneira intensa, há que se treinar a capacidade de contrair e expandir, exatamente como faz seu coração quando trabalha bombeando o sangue que lhe dá vida.

O bom foco é aquele que permite uma boa intensidade de focalização sem que se perca a sensação do momento presente.

Isso muitas vezes é confundido com aquele foco que está mais para obsessão. Esse tipo de foco em que você não pensa em mais nada a não ser seu objetivo (geralmente de curtíssimo prazo) é mesmo uma neurose obsessiva que desregula e esmaece a energia tornando-a ineficaz.

Quando falamos de foco, queremos dizer que essa concentração da atenção e energia deve se dar de maneira relaxada e integra. Ou seja, o foco se dá não só pela atenção que sua mente e seu cérebro prestam a determinada situação ou desejo, e sim por toda a atenção que seu corpo inteiro dá ao ato de focar.

Aqueles que focam de maneira obsessiva, às vezes até conseguem o que querem, mas não será de maneira completa e definitiva. E ainda podem ter perdido muitas outras coisas pelo caminho, configurando-se no final das contas como um prejuízo e não um verdadeiro ganho aonde todos ganham.

Alguns outros também confundem o foco com pequenos momentos de atenção e concentração. Depois reclamam que não conseguem fazer ou que os resultados são sempre aquém do esperado.

O foco inicialmente é um processo que se dá através do cérebro-mente, mas não se resume a isso. O corpo é uma máquina totalmente integrada e para funcionar bem ele precisa de todos os setores trabalhando em harmonia e sincronia!

Por isso, foco sem emoção é um cachorro quente sem salsicha, um pão sem o recheio. Se você foca e nada sente, esse processo é puramente racional e portanto superficial. Sendo assim ele não o conduzirá aos seus objetivos. Quando muito fará você chegar perto sem ter o sabor de provar o objeto da sua intenção. Será apenas um mero observador de vitrinas. A mosca da padaria.

O foco nada mais é que a integração com o objeto do seu desejo

Todos nós, seres e objetos estamos conectados pela energia essencial e somos (em tese) um só, pela existência dessa conexão. Apesar, é claro, de que cada um de nós é um ser único, com todas as suas particularidades.

O fato de cada um ser único nos une pela associação das unicidades. Parece, a princípio, que são coisas opostas e antagônicas, mas que se completam como num círculo.
Nesta figura geométrica (o círculo) podemos marcar dois pontos distantes e opostos, mas que são, em última análise, pontos do mesmo círculo.

Se você deseja algo e coloca a sua intenção (a intenção é mais forte que o desejo pois engloba a expectativa e a confiança, a crença na possibilidade - a intenção é a evolução do desejo) você se integra ao seu desejo e vocês agora serão um só. 

A função do foco nesse caso é manter essa conexão até que haja a completa fusão, sem estar apegado, agarrado àquele desejo, que é quando sua mente-cérebro acata em definitivo e aceita como verdadeiro essa interação fruto da intenção.

Esse processo pode durar minutos, dias, meses ou mesmo anos e ainda por cima nem se concretizar por causa do crivo que o conjunto cérebro-mente e suas análises racionais fazem da situação.

É difícil para nós que fomos criados numa condição de indivíduos (e é ótimo que seja assim) discernir que apesar da individualidade somos parte do mesmo círculo.

Realmente alguns "pontos" desse círculo estão mais "distantes" outros mais "próximos" devido a uma conexão emocional mais ou menos intensa e daí, juntamente com aquela análise racional tridimensional de que eu estou aqui e você aí, coloca-nos um "véu" que dificulta a percepção de que tudo está interligado.

Se tudo está de alguma forma interligado você há de convir que seu trabalho no processo de criar e conquistar seus objetivos não vai além de aceitar e enxergar esse "véu", e a partir daí gerar todos os desejos e fazer sua "fusão" com eles através do foco.

E como tudo que falo aqui, esse processo de focar e completar a "fusão" com aquilo que deseja deve ser absolutamente prazeroso.

É lógico que por exigir um emprego de grande quantidade de energia o foco as vezes passa a falsa noção de que é mesmo, por natureza, um ato de grande esforço e que se você não "suar a camisa" não terá "os méritos" e nem tampouco mobilizará as forças necessárias para consecução da tarefa planejada. Ledo engano. O esforço estressa. Não há nada demais com o stress, todavia é sempre bom evitá-lo devido a interpretação que você pode dar e com isso paralisar todo o processo. Se estiver fazendo esforço, pare e reavalie seu desejo e o processo de foco que deve ser absolutamente agradável.

Por isso sempre peço que busque fazer coisas prazerosas em que se habitue a treinar seu foco nisso e faça uma associação muito positiva entre o foco e o prazer.
Se treina todos os dias essa tarefa, ela se torna aos poucos, muito natural em sua vida, e quando aparecerem os grandes projetos e grandes desafios você estará apto a focar sem esforço.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O QUE É A TAL "REALIDADE"?.


A experiência é produto da mente, do espírito, dos pensamentos e sentimentos conscientes, como também dos pensamentos e sentimentos inconscientes.Juntos eles formam a realidade que você conhece. Você nunca fica à mercê de uma realidade que existe separada ou que lhe seja imposta. Você está tão intimamente ligado aos eventos físicos que compõe sua experiência de vida, que geralmente não consegue distinguir entre as ocorrências aparentemente materiais e os pensamentos, expectativas e desejos que lhes dão origem.

Se em seus pensamentos mais íntimos existem características fortemente negativas, e se elas formam barreiras entre você e uma vida mais plena, em geral olha por entre as barreiras, sem vê-las. Até que elas sejam reconhecidas, constituem impedimentos. Mesmo os obstáculos tem uma razão de ser. Cabe a você reconhecê-los e descobrir a razão de sua existência.

Seus pensamentos conscientes revelam essas obstruções. Você não está tão familiarizado com seus próprios pensamentos como imagina. Eles podem escapar-lhe como água por entre os dedos, levando nutrientes vitais do processo criativo.

Um exame honesto de seus pensamentos conscientes lhe revelará muita coisa sobre o estado de sua mente interior, suas intenções e expectativas, e muitas vezes o levará a uma confrontação direta com desafios e problemas. Seus pensamentos, se estudados, permitirão que você veja para onde está indo. Eles apontam claramente para a natureza dos eventos físicos. O que existe fisicamente existe primeiro no pensamento e no sentimento. Não há exceção a essa regra.

A sua mente consciente é uma prova cabal de que não está a mercê de impulsos inconscientes, a menos que assim consinta. 

Seus sentimentos e expectativas atuais servem como referência para avaliar seu progresso. Se não gosta de sua experiência, precisa alterar o tipo de mensagem que está enviando, por meio de seus pensamentos-sentimentos a seu próprio corpo e as pessoas de seu relacionamento.

Cada pensamento tem seu resultado. O mesmo tipo de pensamento repetido habitualmente tem um efeito mais ou menos permanente. Se você aprecia os efeitos raramente examina o pensamento. Caso contrário, começará a imaginar o que está errado.

Às vezes você culpa outras pessoas, ou sua criação, ou uma vida anterior ou Deus ou o diabo, ou ainda simplesmente diz: "A vida é assim mesmo" e aceita a experiência negativa como uma coisa necessária.

Poderá ainda chegar a um meio-entendimento da natureza da realidade e lamentar-se: "Acredito que causei estas coisas negativas, mas sou incapaz de revertê-las".
Se for esse o caso, então, independente do que você disse a si mesmo até agora, ainda não acredita ser o criador de sua própria experiência. Assim que reconhecer este fato, começará a alterar as condições que causam seu destino de insatisfação.

Ninguém o força a pensar de uma determinada maneira.

Você pode ter aprendido a considerar às coisas de uma maneira pessimista. Pode até supor, como muitos fazem, que o sofrimento enobrece, que é um sinal de profunda espiritualidade, uma marca que o diferencia dos demais, uma roupagem mental necessária aos santos e poetas. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Toda consciência tem em si mesma o ímpeto profundo e permanente de usar suas habilidades plenamente, de expandir sua capacidade, de aventurar-se com alegria para além das barreiras aparentes de sua própria experiência. 

A consciência existente nas mais ínfimas moléculas, grita contra qualquer ideia de limitação. Elas anseiam por novas formas e experiências.Cada átomo procura conscientemente unir-se a novas e significativas estruturas. Eles o fazem de forma instintiva.

O homem investiu-se de uma mente consciente para dirigir a natureza, o molde e a forma de suas criações. Todas as aspirações profundas e motivações inconscientes, todos os impulsos silenciados surgem da aprovação ou desaprovação da mente consciente e esperam sua orientação.

Somente quando abdica de suas funções é que ela pode deixar-se controlar pela experiência "negativa". Somente quando recusa responsabilidade, pode finalmente ficar a mercê aparente de eventos sobre os quais parece não ter qualquer controle.

Os livros sobre pensamento positivo (auto-ajuda), embora possam ser benéficos, não levam em consideração a natureza habitual dos sentimentos negativos, das agressões ou repressões que são, com frequência, simplesmente varridos para baixo do tapete.

Eles lhe dizem que deve ser positivo, compassivo, forte, otimista, cheio de alegria e entusiasmo, sem lhe dizer como sair da situação específica que se encontra e sem entender o círculo vicioso que parece prende-lo. 

Eles não explicam o manejo correto dos pensamentos-sentimentos e não levam em consideração aspectos multidimensionais e o fato de que, no final, cada um de nós, embora regidos por leis gerais definidas, ainda precisa encontrar e seguir sua própria e particular maneira de resolver a questão.

Saúde, relacionamentos, dinheiro, tudo pode melhorar até atingir a condição que lhe seja ideal, seja ela qual for.
Não há necessidade de esforços, muito menos de se culpar, no sentido negativo deste termo. Assumir a responsabilidade nada tem haver com culpa. Se culpar e se auto-punir só reforça sua condição atual.
Antes de mais nada precisa estar disposto a aceitar sua realidade para que assim automaticamente se desvincule dela.
Se lamenta, reclama, protesta, chora e etc, se conecta e permanece aonde não quer. Como disse antes não proponho aqui que se jogue para baixo do tapete, mas sim e simplesmente deixe passar.

Deixar passar não é desleixo e sim um relax profundo. Lide com suas barreiras da mesma forma com que lida com tudo aquilo que lhe agrada. Olhe para elas, interaja e solte. Vire seu olhar para o que quer, mas não sem antes de olhar para tudo aquilo que está escondido. Isso requer coragem e desprendimento.

Determinação é uma coisa que não se ensina. Ela vem de dentro, nasce com um consentimento oriundo do desejo de viver uma vida melhor, direito seu, natural.

O MAGNETISMO E SEUS INTERCÂMBIOS.



Olá, Saudações renovadas!

O tema de hoje refere-se às energias produzidas em nosso corpo e a forma como elas escoam, interagem, se somam e se anulam diante das relações humanas e com o meio-ambiente.Trata-se apenas de uma pincelada que fica como sugestão para que você pense no tema e pesquise por seus próprios meios.

Nosso corpo possui milhares de centros magnéticos aonde a energia se concentra para logo em seguida se expandir. Via de regra caso não haja algum tipo de bloqueio. Esses bloqueios somente ocorrem motivados por comandos oriundos de nosso interior (basicamente emoções), sejam eles conscientes ou inconscientes.

Nenhuma força externa pode ou terá força de criar bloqueios ou impedir a livre circulação das nossas energias sem o nosso consentimento!

A forma como esse consentimento é dado e suas razões é que podem variar caso a caso.

Viemos a esse mundo com a exclusiva finalidade de operar, desenvolver e aprimorar o manejo dessas energias (que em última análise são as emoções) através das inúmeras variáveis que se apresentam.

Essas variáveis são estímulos contínuos, como se fossem empurrões ou cutucadas que recebemos a todo instante. Mas elas não ocorrem de maneira aleatória, fora de "controle" ou mesmo através da vontade de uma "força maior". Nada mais são do que respostas a "perguntas" feitas por nós e caminham lado a lado com nossos desejos, nossas aspirações.

Nenhum estímulo externo chegará até você que não tenha sido motivado por seus próprios anseios e muito menos que não lhe seja apropriado. Ansiedade vem de ânsia, desejo, querer. Você quer viver, quer sentir, quer interagir para aprimorar seus dons naturais. Nada mais justo que sinta ansiedade. E ela deve ser analisada e observada como um chamado, uma via que se abre, ou que tenta pelo menos se abrir em sua vida. Será preciso que permita. Não reprima suas ansiedades e nem ache que está com problemas, pois é apenas, como já disse, um chamado de si próprio para o mundo e vice versa.

Descobrir (e esse trabalho é mesmo solitário) o que quer. Pergunte a si mesmo e aguarde com calma. Não importa se há um furacão a sua volta. Interaja com as pessoas e a todo instante repita a pergunta: O que eu quero? 

Converse, brinque, trabalhe, leia, escreva e pergunte: O que eu quero?

Como disse antes, nosso corpo tem milhares de centros magnéticos de energia. Os 7 principais são o do alto da cabeça (no meio), o que fica por entre os olhos, no meio da garganta (gogó), no coração (centro do peito - glândula Timo), no umbigo, no sexo, e no cóccix. 

A energia chega e interage de forma giratória, luminosa e colorida, se agregando naquele ponto, acumulando-se e expandindo para diversos canais (nadis) a ela relacionado. Esse movimento contínuo de contração e expansão, entrar e sair, representa a vida na mais legítima forma de expressão.

Os canais principais do corpo que permitem a interação dela com o mundo "externo" são: os dedos dos pés e das mãos (incluindo suas extensões), o centro da mão e a sola dos pés, cotovelos (nos dois lados), os olhos, a boca, os ouvidos, o nariz, às bochechas (mais ao centro), os joelhos (frente e verso), o sexo, o ânus, as axilas, o umbigo, a testa, os mamilos, o cóccix, o centro e a base do pescoço e da nuca.

Como pode ver o corpo é em tese, um templo com muitas portas e janelas, que servem para facilitar tanto a entrada como a saída dos mais variados tipos de energia.

Essas energias são "produzidas" pelo movimento do olhar (ou qualquer um dos sentidos do corpo) que ativa o pensamento que gera emoção. Emoção é energia pura. Não existe energia boa ou ruim. O que existe é energia apropriada ou não para um determinado contexto.

O "contexto" a que me refiro também é energia fixada por um conjunto de ideias e tem uma natureza própria com todas às suas características. Todavia, há que se lembrar que nenhuma forma de energia pode ser fixada em caráter definitivo. Tudo no universo muda constantemente.

Esse, aliás, é um dos grandes aprendizados do manejo da energia: O tipo, a intensidade e a aplicação no momento certo. Exatamente por isso viemos a esse mundo (e nosso cérebro foi "programado" para isso) com essa "falsa" noção de tempo. 

O tempo como é medido por nós, torna-se necessário aqui, para que haja um intervalo, escalas que possibilitem a aplicação das energias de acordo com o que desejamos.
O tempo torna-se então um compasso que dosa e que faz a marcação passo a passo do uso correto dos diversos tipos de intercâmbios magnéticos. Do contrário seríamos verdadeiras bombas atômicas ambulantes e prestes a explodir, como de fato ocorre, às vezes, em menor escala.

Mas o que faz você aplicar a energia inadequada em determinado momento?

É a maneira como interage através dos canais que citei acima. A forma com que olha. Por isso insisti em um post anterior, sobre o valor do olhar.

Quando vai comprar um móvel para sua casa por exemplo, você tenta olhar das mais variadas formas possíveis, e isso inclui, apalpar, cheirar, escutar (a opinião dos outros inclusive) além é claro, de olhar em diversos ângulos o móvel desejado. Mesmo assim, às vezes, ocorre uma mudança de ideia. Por que?

Você precisa refinar sua imaginação! Sente-se diante do móvel e imagine ele em sua casa deste ou daquele jeito. Eu sei que a maioria faz isso, mas quero que preste a atenção. Você deve imaginar com o máximo de detalhes, visualizar o mais nítido que puder, pensar sobre e... 

Perceber a emoção gerada! 

Na verdade, mais que olhar para o móvel você deve olhar para a emoção produzida quando você olha para ele. Isso é interação magnética! Observe seu corpo. O que ele lhe diz?
Esse exemplo refere-se a um objeto. Quando forem pessoas é preciso que observe e considere a emoção do seu interlocutor. Ainda sim, a melhor maneira de fazer isso é olhando para a sua própria emoção diante daquela situação. O que sente? Raiva? Essa raiva está em você, nela ou em ambos?

Se está em ambos, é sinal que houve uma troca, houve um intercâmbio e vocês estão dizendo a si próprio que o verdadeiro motivo não é aquele que aparentemente é o motivo da discussão. 

Essa é mais uma dica que chega a através das interações oriundas das relações. Não a despreze. Observe e sinta! Você talvez deseje um auxílio ou queira expressar nesse mundo um desejo há muito reprimido e pelo qual não encontra a forma mais apropriada de expressa-lo, sendo assim, você o vomita...

Aquilo que não digerimos volta para fora. Se o nosso corpo não processa é um sinal claro de um bloqueio. Isso não é um problema e sim uma oportunidade! Aprenda a perceber os movimentos das energias dentro e fora de você. Use os seus sentidos. Deseje conhecer, esclarecer e compreender a beleza e às razões que serão sempre muito particulares.