quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MOBILIZAÇÃO BÁSICA DAS ENERGIAS.



Excelente vídeo que demonstra como fazemos para mobilizar e fazer circular nossa energia por todo o corpo e também fora dele interagindo com o mundo externo. Excelente para fortalecer o escudo eletrônico de proteção, natural em nós, mas combalido devido a dispersão. Você formará uma espécie de "campo de força" ao seu redor, beneficiando além de você, todos a sua volta. Experimente!

UMA HISTÓRIA SOBRE DINHEIRO.

Tenho algumas coisas importantes pra compartilhar hoje
a respeito de dinheiro.

Assunto sério, e que merece
uma dissecada do ponto de vista psicológico.

Leia até o final.
Eu vou falar algumas coisas aqui que parecem óbvias,
mas que não são tão óbvias assim.

A não ser que você tenha uma conta bancária bem GORDA,
não deixe de ler o que está aqui.

Tem gente que se sente mal só de ler essa palavra: dinheiro.

Outras pessoas se sentem ameaçadas.
Outras pessoas, tristes e melancólicas.
Outras se animam até demais,
esperançosas pelo resultado da próxima loteria.

E umas pouquíssimas se sentem neutras.

Muita gente que se auto-denomina especialista em dinheiro e prosperidade
costuma falar que as pessoas não conseguem guardar dinheiro porque
seu inconsciente não quer que elas enriqueçam.

Ok. Concordo com esse ponto.

Só não concordo com o embasamento típico.

Segue...

A maior parte dos especialistas argumentam que
se você absorve dos seus pais uma noção de que
"ser rico é ser invejado", então o
seu subconsciente não vai lhe permitir
guardar o suficiente ou produzir o suficiente
para que você seja rico um dia...

... Porque você não quer ser invejado.

Bem... Eu não gosto dessa posição.

Na verdade, acho que é o oposto.

Qual é o preço da inveja?

Acho esse papo anti-inveja muito louvável,
e acho que realmente aconteça em alguns casos.

Mas acredito que algo mais simples do que isso
aconteça com muito mais frequência.

Sério... Inveja acontece.
Pessoas são invejadas, pobres ou ricas.

Alguém, cedo ou tarde, vai invejar você.

Você prefere ser invejado
com uma conta bancária cheia ou vazia?

(Eu posso apostar que a maior parte das pessoas vão rir dessa pergunta,
pois preferem ser invejadas de lá de dentro de um Iate de luxo rsrsrsr)

Inveja é inveja, não interessa a condição social
do invejado e do invejador (risos).

Tem pobre invejando rico.
Rico invejando pobre.
Amigo invejando amigo.
Parente invejando parente.
Até pais invejando filhos e
filhos invejando pais.

Agora, esse papo não é sobre inveja.
(eu até tenho as minhas maneiras de lidar com isso,
espero compartilhar algumas coisas no futuro).

É o seguinte...

Muitas pessoas querem ser ricas financeiramente
porque acreditam que a riqueza vai permitir a elas
comprarem o que quiserem.

Pra muitas dessas pessoas,
comprar o que quiser significa ter liberdade.

Significa não ser escravo de circunstâncias ou pessoas.

Daí, ocorre um efeito interessante...

Obviamente, quando você tem a chance
de comprar algo que lhe permita afirmar a si mesmo
que você tem liberdade, então você vai comprar aquilo.

E sua conta vai ter menos dinheiro do que antes.
E o ciclo vai continuar. Perpetuamente.

O seu inconsciente quer que você
faça escolhas que te permita se sentir livre.

Isso é MUITO MAIS FORTE do que
articulações sobre inveja.

É espantoso como a nossa mente funciona.

Se ser rico for mesmo comprar o que quiser
para se ter a sensação de liberdade,
então você estará sempre com a conta vazia,
porque liberdade está associada ao ato da compra.

Na busca pela liberdade,
milhões de pessoas (possivelmente bilhões)
compram compulsivamente.

Na busca pela sensação de poder e riqueza,
a maioria das pessoas compram
o que não querem com o dinheiro que elas não têm.

O banco soluciona o problema do "dinheiro que elas não têm"
com a bela invenção dos empréstimos.

"Usura" é o nome desse jogo que os bancos jogam,
e ele também tem um limite.

Foi mais ou menos essa a definição de riqueza
que levou os Estados Unidos à sua situação atual.

Péssima situação, com risco de calote global.

O sonho de liberdade americano é
comprar escancaradamente.

E muitos outros países sofrem desse mesmo dogma.

(Isso é praticamente uma entidade santa no inconsciente coletivo...)

O mundo está um perigo,
e esse é um padrão que precisa ser quebrado.

Ser rico não é ter dinheiro para comprar qualquer coisa.
E poder comprar qualquer coisa não significa ser livre.

Nem de longe.

Ou pelo menos, não pode ser assim.

Porque, se for, o seu inconsciente vai estimular
o ato da compra incessantemente, pra que você experiencie
injeções de "sensação de liberdade", que resultará em
viver de fato uma vida de dívidas financeiras.

E consequentemente, aprisionamento REAL.

Essa construção intelectual de liberdade através do ato da compra
é um argumento retórico (manipulativo), criado por políticos americanos
na época das Grandes Guerras Mundiais.

O rico tem dinheiro para comprar qualquer coisa? Sim.

O rico é rico porque quer comprar qualquer coisa? Não.

São coisas diferentes. E a diferença é GRITANTE.

As implicações comportamentais
de idéias mal avaliadas são gigantescas.

Você pode, basicamente,
se enfiar em um buraco por conta
das definições que você mais ama.

E o amor às coisas erradas leva à decadência.

Rodrigo Santiago - Life Coach.
Minha pergunta pra você, hoje, é a seguinte...

O que riqueza precisa significar pra você,
para que estimule espontaneamente um comportamento
que te livre da prisão do crédito?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A RAZÃO DE SER.



As pessoas enfrentam toda a sorte de dificuldades. Até aí, somos todos quase iguais. Sendo assim, ficamos a mercê de uma série de soluções que nos são vendidas a todo o instante. Faça isso ou aquilo, pense assim ou assado, sinta-se desse ou daquele jeito, veja aqui uma nova maneira de ver...

Cada um de nós somos indivíduos e temos nossas particularidades. Portanto, soluções ditas como quase uma unanimidade podem não servir a um sem números de pessoas, que mesmo crédulas, não se encaixam naquela solução, por vários motivos. Motivos esses de tamanha relevância, que invalidam não o indivíduo, que tem pleno direito a ser quem é, mas sim essa solução, que apesar de ser absolutamente coerente, sob o ponto de vista de uma análise racional, simplesmente não encaixa, não serve.

Isso nos remete de imediato a uma questão que sempre martelo por aqui, que é respeitar o detalhe, o jeito, a energia própria de cada um. A solução vem de dentro. Ela pode até ser inspirada por algo externo, mas sem dúvida ela vem de uma sintonia, de captar e perceber algo que sempre esteve ali, e não o foi por simples distração.

Muito cuidado portanto com modelos. Você tem uma solução só sua lhe aguardando em algum lugar aí dentro. Reconheço que para quem não está vendo, fica difícil acreditar. Mas se tem vontade e deseja viver, não precisa de mais nada, nem de acreditar no que eu digo aqui.
O mercado está cheio de cursos, palestras, workshops (pra ficar mais bonito...), livros então nem se fala.

Não há nada de errado em tentar oferecer uma solução para o problema alheio. Eu mesmo tento fazer isso aqui. Dicas são sempre bem-vindas para aqueles que estão de coração aberto. O detalhe está em não se criar dependência, pois esse vício - a dependência - se instala rápido devido a falta de atenção consigo mesmo.

Entenda o que eu vou dizer agora que é muito, muito importante: VOCÊ NUNCA VAI ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO DEFINITIVA PARA OS SEUS PROBLEMAS PARTINDO DE FORA PRA DENTRO, COMPRANDO SOLUÇÕES ALHEIAS, FAZENDO DE UM JEITO DIFERENTE DO SEU, MESMO QUE BASEADO EM PESQUISAS E ESTATÍSTICAS!!!

Mas não se desespere. As aparências enganam! Aí está a beleza, a diversidade e a criatividade. Exercer esse lado criativo é umas das tarefas irrevogáveis que viemos fazer aqui. E se não fizer, a vida vai te dar um empurrãozinho bem dado pra você pegar no embalo.

Quando se fala em ajudar o próximo, não se diz a palavra "resolver". Essa ajuda não passa de um consolo, de um respiro, de um momento. Deve sim ser praticada. Mas a ajuda de verdade é aquela em que você inspira seu semelhante a buscar por ele mesmo suas próprias soluções. Fora disso é só uma coisa passageira. Ninguém pode ou deve carregar ninguém nas costas. A caridade pode viciar, e esse vício é muito prejudicial para quem recebe.

Se vivo dando esmolas, seja de que tipo for,  é como se eu estivesse dizendo ao outro: Não reconheço que Deus esteja em ti, você é um pobre miserável, digno de pena e assim sempre será! É essa a mensagem subliminar que passa a alguém quando o alimenta através de esmolas. Na minha opinião é uma condenação. Porque de uma certa maneira, é como se estivesse mesmo tirando a vida e o poder daquela pessoa.

Entretanto existe a solidariedade, a compaixão, o amor e algumas pessoas por se perderem no caminho necessitam mesmo de uma ajuda emergencial que nunca deve ser negada. Nem se estiver apertado. Aliás, quando está apertado é que essa ajuda se transforma em algo com um significado muito maior.
Preste muita atenção no que sente quando for abordado por alguém pedindo esmola. Tente sentir o sinal que o universo dá e decida ali o que fazer. Sua decisão será inquestionável.

Como já disse, a caridade é importante, mas de forma pontual ou emergencial. Nunca como uma rotina.
Não digo também que para despertar o Deus que há em cada um de nós, devamos agora atirar as pessoas aos leões para força-las a despertar esse Deus. Devemos ter um certo cuidado, mas nunca carregar nas costas o tempo todo.

As crianças devem desde cedo serem incentivadas a se tornarem independentes. Esse talvez seja o mais valioso ensinamento a ser dado aos nossos pequenos.
Quando você torna uma criança o mais independente possível, você a transforma naquilo que ela veio fazer aqui, ou seja, abre espaço para ela se tornar um ser criativo. Independência exige criatividade. Assim sendo ela será aqui o Deus que é.

Se quer ajudar aos seus semelhantes e a você mesmo, prospere, crie e inspire pelo exemplo. Incentivar e estimular sem forçar é uma arte que só se aprende pela prática. Palavras são só palavras. Qualquer um diz. E o perigo está aonde se encontram palavras bem colocadas, poéticas ou mesmo com uma forte lógica e coerência. Reflita com cuidado. A coerência, o certo sentido e o consenso geral, talvez sejam nossos maiores inimigos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

NÓS SOMOS LUZ ?


Sim, somos! 

Já não precisaria escrever mais nada. Está respondida a pergunta.
Todavia, os seres viciados em trevas não aceitariam esta resposta da maneira simples que foi expressada.
Penso que talvez soframos de algum tipo de sado-masoquismo entrevado. Temos um vício pelo difícil na vã desculpa de que ele é honroso. Eu até compreendo os porquês desta simbiose ecumênica que se esparrama por todo o planeta, aonde os seres quase mortos de tanto sacrifício, relutam em ao menos provar uma pequena amostra de outros caminhos, outras alternativas.

A Luz, a fonte, Deus ou o que quiser chamar, funciona como num mecanismo de troca. Existem inúmeras possibilidades de recepção, de tratamento e de encaminhamento da luz que chega até nós a cada instante.
Precisamos dar um movimento, uma continuidade a essa força cósmica que nos presenteia a cada segundo de vida, com mais vida. Afinal, o que está parado não tem vida. A vida é movimento, nem que seja molecular, mas é! 
Você recebe luz e qualquer outra coisa na mesma medida que dá. Aliás, depois de algum exercício, passa a receber muito mais que dá.

Muitas religiões, seitas e grupos de estudos tentam explicar o inexplicável, quando dizem que você é filho de Deus, mas que Deus mandou seu único filho... Dizem que pode alcançar, algum dia, sabe-se lá quando, uma vaguinha no "céu"... Prometem tudo e ao mesmo tempo não prometem nada, muito menos cumprir...

Elas dizem: 
- " A luz não chega por que você não está preparado..."
- " É preciso muito sacrifício para recebê-la..."
- "Ainda não chegou a sua hora..."
- " Calma! Trabalhe, estude os nossos ensinamentos e aí você será um candidato apto..."
- "Reze aqui e acolá, recite mantrans, faça penitências, fique 40 dias em jejum, vá ali, venha aqui...etc..."

E assim vai, uma história que não tem fim. Ora, se olhar atentamente verá que tem algo mal explicado. Seria aquela velha história de criar a dependência e com isso um controle, um poder? Se você pudesse agora mesmo revelar toda a luz que está "oculta" não precisaria mais de nenhum deles. Dessa forma, se todos se transmutassem em luz pura, agora, da onde viria a clientela? "Eles" que não conseguem revelar coisa alguma, a não ser mais e mais escuridão, tendem a fazer com que você acredite que é assim mesmo, difícil...

E como não sabem ao certo, inventam histórias, caminhos, regras. Porque assim fica mais fácil você se perder.
Hoje com o advento da física quântica, algumas instituições até se aproveitam de certos tratados desta, para embasar as mensagens de "esperança" mas que trazem embutidas as tais teorias difíceis de se ver aos olhos nus e desprovidos de uma percepção maior, como são, os da maioria.
É sempre bom apresentar mensagens de esperança, de que é possível evoluir e ser feliz. De fato eu acredito. O que eu não acredito é que haja um único caminho, uma única forma. Cada um de nós pode e deve encontrar e fazer do seu jeito. E isso nada tem haver com longos e tumultuados percursos.

Você já é o que tem que ser! Basta reconhecer. Sim, eu sei que mesmo simples assim, fica confusa essa ideia, uma vez que ela vai de encontro ao que vemos na realidade física e em nosso dia a dia. Atingir um nível de reconhecimento e percepção que de fato abra as portas para onde sempre estivemos, requer esquecer quase tudo que foi aprendido. Em síntese, é um processo de esvaziamento.

Precisamos nos despir de máscaras, daquilo que nos foi imposto a vida toda, e que por mais desesperados que estejamos para largar, não largamos.
Devemos ser nós mesmos. Mas como? Com essa quantidade de trapo por cima de nós?
Na verdade, nem esses trapos temos que nos preocupar. Nada precisa ser retirado. Deixe lá, deixe como está. Se ficar dando sua preciosa atenção ao que quer mudar, retirar, controlar, nunca irá fazer!

Olhe para o que quer e para quem você é, e fixe sua atenção com toda a força, aconteça o que acontecer. Não mude nada. Não gaste suas energias querendo ser ou mudar o que quer que seja. Livre-se dessa coisa de mudar. Isso te asfixia! Te prende e não permite que você seja quem você de fato já é e que tenha tudo que de fato já tem.

O ato de querer buscar o que já se tem, te afasta cada vez mais. O esforço torna-se brutal e desgastante, quando na verdade deveria ser simples, gostoso, alegre e muito prazeroso.
Se eu não tenho nada e derrepente começo a achar que tenho, vou acabar tendo!...
Não se prenda a muita informação, a muitas teorias. Solte-se, refresque-se e tente seguir vivendo de uma maneira simples (veja bem, simples, não pobre!) e procure a todo o instante enxergar aquilo que quer, mesmo em meio ao caos. 

O caos aí está porque você tenta buscar o que já tem e por métodos completamente artificiais (criados por outros) que não condizem com aquilo que sente e mesmo muitas vezes com aquilo que de fato você deseja.
Sempre estamos conectados a luz. A diferença é que alguns prestam atenção a isso e outros simplesmente ignoram.

O caos é uma poderosa ferramenta de infinitas descobertas. Mas não precisamos dele. Podemos nos auto convocar, mas se não fizermos, o teremos sempre por perto para nos relembrar daquilo que viemos buscar aqui: A mais completa, diversificada e íntegra experiência.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O PODER DA VENERAÇÃO.







Venerar é cultuar, cultivar. Quando venero eu ponho a minha atenção dirigida, focada naquilo que desejo ou  para o que rogo. Eu concentro toda a minha força, aponto e disparo quando venero. 
A veneração é uma faca de dois gumes. Ela pode te alavancar ou te aprisionar. A veneração deve ser muito bem observada para que seja na medida. Mas como? se venerar muitas vezes te cega? Veneração tem a ver com fascinação e até mesmo com fanatismo. A veneração desmedida, irracional, descontrolada pode fazer muitos estragos. 

Vemos muito disso nas religiões e seitas que mantém as pessoas num estado de congelamento, amarradas a uma ideia absolutamente descabida, mas que para elas faz sentido.
Este sentido com certeza nasce do medo. E este, por sinal impulsiona a veneração. Ainda bem que a veneração movida pelo medo não tem a força descomunal que tem a verdadeira veneração. Mas tem força.

A veneração cabe em qualquer situação. Objetos, pessoas, símbolos, hábitos, ideias. Tudo pode ser venerado. Este ato demonstra que o imenso poder que temos, esbarra em muitos outros atributos, muitos dos quais ainda não compreendidos. E assim, torna-se uma arma na mão de uma criança. 

Desde muito cedo fomos ensinados a venerar o que está fora. A criança vê nos objetos, na televisão e no mundo externo em geral muitos motivos para se identificar e por conseguinte venerar.
É verdade que muitos atos de veneração a imagens, símbolos religiosos e pessoas ligadas surtem um efeito surpreendente, na medida em que a concentração e a energia da pessoa que faz, foca no pedido, no desejo de maneira contumaz e pela lógica da lei da atração, se não estiver dando ênfase a falta, com certeza terá seu pedido atendido pelo universo através da sincronicidade de eventos.

Todavia, como a maioria dos tipos de veneração tem a ver com a falta, seja lá do que for e ainda a falta de si mesmo - a maior de todas - observamos pessoas que veneram a vida toda como escravos ambulantes, sempre na esperança fraca de um futuro que nunca chega.
Elas insistem, dentre outras coisas, porque a veneração vicia. Sem o desenvolvimento de uma consciência minimamente razoável, este vício se instala facilmente e se move com a mesma facilidade com relação aos objetos venerados.

Conheço muita gente que se encontra absolutamente escravizada a venerações das mais diversas. E nada adianta tentar removê-la deste estado. A dependência emocional da veneração está ligada ao vazio de si mesmo e a ausência da busca do reconhecimento de que a única coisa que vale a pena ser venerada é a si mesmo. É preciso aguardar o amadurecimento em termos de percepção do mundo que vive de forma que estes estímulos externos possam engrenar um processo de retomada de uma percepção maior sobre nosso universo interior e as fantásticas descobertas inerentes a este processo.

Muitos já se encontram nesse caminho, mas continuam venerando. Nada errado. Venerar não é errado. O erro está na direção e na medida. 
Não podemos colocar a culpa da morte na arma. Esta, sozinha, é inteiramente inofensiva. 
O que sente, mais uma vez, pode lhe determinar se o que venera lhe faz bem ou não. Na verdade toda a experiência aqui é válida. Em última análise não existe bom ou ruim. Existe o que é apropriado ou não para aquele determinado momento evolutivo daquele ser naquele momento.

Todavia, se sente-se bem, mesmo venerando a coisa mais idiota do mundo, continue! Seu momento é todo esse.
Mas se algum incomodo persistir, procure saber mais sobre ele. É importante que atentemos para o que sentimos diante do que pensamos e fazemos. E não basta só atenção. É preciso saber diferenciar, identificar as sensações, os sentimentos, pois para muitos, um simples incomodo não é nada demais, mas pode ser um grande alarme de incêndio avisando sobre possíveis perdas de tempo ou mesmo sobre possíveis prejuízos caso seja ignorado.

Na verdade, 99% do tempo, a maioria não corre perigos relevantes. A maioria dos perigos são imaginários, mesmo que aparentemente estejam ali ao lado.
Infelizmente nossa imaginação ainda se prende e reforça coisas bizarras, aumentando o seu tamanho devido ao velho vício de venerar coisas, pessoas e situações sem um mínimo de senso crítico.

Apreciar, gostar, desejar, aplaudir, assim como tantas outras coisas que fazemos são absolutamente naturais, contanto que respeitadas as medidas, que nunca poderão ser determinadas por quem quer que seja além de você mesmo.
Para isso e de maneira relaxada e tranquila, faça constantemente avaliações sobre aquilo que venera, sem se deixar levar pelo que os outros dizem, mas ao mesmo tempo interagindo e ouvindo, uma vez que nosso SER interno nos fala, vezes sem conta, também através dos outros.

Venerar sem fanatismos. Mesmo se tratando de você mesmo. Considerar a opinião dos outros sem se prender a elas. Ser você mesmo sem se preocupar com a crítica. É um jogo interno. Uma brincadeira que não tem hora de acabar e que definitivamente lhe trará o que veio buscar aqui.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

DIVAGAÇÕES SOBRE O TEMPO.


O tempo. Real? Ilusório? Abstrato? O que era a pouco o presente, agora é passado. O tempo pode ser encarado como uma relação entre coisas, já que nosso intelecto foi programado para conceber as coisas relativamente ao tempo, ou seja, sucedendo-se umas as outras como um movimento. O tempo e o espaço estão sempre associados na teoria da relatividade.

O tempo. Pense um pouco mais sobre ele. Como medimos o tempo? Como um fluxo? Um transcorrer?  Como funciona o seu relógio? Baseado em que ele está? No movimento da terra?!
Então o tempo é uma medida de movimento? Um ciclo de movimentos determinam o tempo?! Sendo assim, o tempo não existe. Ele não passa de uma marcação cíclica de um movimento perpétuo.

Sincronizam-se os relógios a este movimento e o chamam de uma coisa que nunca existiu. E a eternidade?Se somos Deuses eternos, não temos começo, meio e fim. Como fica essa questão do tempo quando pensamos no Eterno? Não lhe parece que perde todo o sentido? Mas vamos morrer um dia. Essa não seria uma constatação de que senão o tempo, mas alguma outra coisa passou?

Se eu me desvincula-se, me desprograma-se desta ideia de tempo ele deixaria de ter efeito sobre mim?! Em tudo e até na velhice? Não ficaríamos mais velhos porque desconsideramos o tempo?
Eu já notei por diversas vezes que aquelas pessoas que são, por assim dizer, mais desprendidas do tempo envelhecem mais devagar.

Finja por alguns instantes que o passado e o futuro desapareceram. Tente imaginar isso agora. O tão propalado momento presente. Esqueça o relógio. O que pode observar diante desta situação? Pode sentir o tempo passar? Se estivesse trancado num quarto escuro e sem janelas, tudo muito escuro por dias a fio, saberia perceber o tempo? Ou simplesmente ele deixaria de existir?! O que pensa a respeito?

Veja se consegue, mesmo que rapidamente ter uma pequena noção do que é sair da cadência do tempo. Nossos sentidos estão adestrados para associar tempo a movimento e vice-versa. Daí ser necessário a distração, pois o dis-trair é trair a si mesmo através da ausência do momento presente.
Se conseguir ter a sensação imaginária - e que pode ser real - de que passado e futuro desapareceram completamente, mesmo que por alguns segundos e conseguir captar a SENSAÇÃO deste momento único, terá descoberto um dos maiores tesouros que existem no universo, que tem ligação com um monte de outras coisas importantes em termos de conexão espiritual.

Mas a atenção permanente no momento presente a mentes condicionadas torna-se um verdadeiro sacrifício. Sendo a sua imposição contraproducente para a compreensão da infinita e grandiosa ideia que tento passar aqui. O tempo é um movimento que passa em ritmo aparentemente constante. Nada pode retarda-lo ou apressá-lo, pelo menos a nível do relógio. Todavia, determinados estímulos externos, como bem observou o grande cientista Albert Einstein, podem alterar a sensação que temos do seu ritmo.

O  tempo e a mente do jeito que são percebidos por nós, em geral, são entidades únicas e fruto de elementos condicionantes. A mente alimenta o tempo e o tempo alimenta a mente. É um troca troca pernicioso e muito prejudicial a nossa expansão se puder observar.
Algumas tribos indígenas mais afastadas da "civilização" não usam o tempo como marcação de coisa alguma. Elas observam o movimento do sol e fazem suas tarefas em função disso, mas sem as condicionantes estressantes que a nossa marcação faz através de ponteiros do relógio.

Mesmo de férias e sem compromisso algum, algumas pessoas se veem presas aos ditames militarizados desta condicionante chamada de tempo.
Se observar bem, o tempo e o militarismo estão muito ligados. O militar utiliza o tempo como uma marcação rígida, e isto, claro, tem sua razão de ser.
Einstein nos dá uma noção do que seria uma ferramenta interessante se bem trabalhada para descondicionarmos do tempo, quando explica, de forma simples, a teoria da relatividade: "Ao sentar ao lado de uma linda mulher, uma hora parece um minuto. Mas ao sentar na boca de um fogão aceso, um minuto parece uma hora.

Essa manipulação da sensação de tempo, conforme manipulamos a mente e seus interesses, nos dá uma noção de que tempo e mente são derivados e também criador e criatura. Não havendo necessariamente esta ordem, pois se tira um o outro morre imediatamente.
Vários mestres ensinam que os condicionamentos da mente e o tempo são ilusões criadas como mecanismo de despertar da consciência, na medida em que você consegue perceber esta ilusão. São então parâmetros de "avaliação" que uma alma evoluiu de verdade a partir do momento em que ela - a alma - percebe este artifício.
Ao perceber as facetas desta nossa noção de tempo, imediatamente você ascende e se reconecta ao tudo que é.

Associar tempo ao movimento foi uma medida bastante inteligente no sentido de nos afastar da fonte e nos tornar escravos de nós mesmos.
Tente imaginar os filmes de ficção científica da década de 70, tais como o "Túnel do Tempo" e "Perdidos no Espaço" em que determinadas cenas apareciam os personagens completamente "congelados" ou "paralisados" por uma força misteriosa. Relembre a cena. O tempo ali parece ter parado, apesar de haver sempre alguém no filme caminhando com o ar de estranheza diante do que vê. Mesmo havendo o movimento da câmera e do mocinho, dá para ter uma certa sensação de que o tempo ali parou mesmo.
Todavia, esta é outra ilusão, uma vez que o tempo não se desloca para lugar algum. Não existe movimento propriamente do tempo. O tempo não é algo palpável, físico, a ponto de medirmos o seu deslocamento. O que medimos é o deslocamento do planeta e associamos ao tempo.
Como todo movimento, no sentido físico, tem começo, meio e fim ou de "A" até "B" e até "C" e assim por diante, acabamos por dar ao tempo uma característica cíclica que não é sua. Quando inserimos as marcações como minuto, horas, dias, meses, anos, esse ar cíclico, aumenta de forma intensa a sensação de começo-meio-fim, e por conseguinte uma desconexão com o princípio do eterno agora.

A teoria da relatividade nos apresenta o tempo e espaço como conceitos relativos. Será que o trem passa pela estação ou a estação é que passa pelo trem? Depende do ponto de vista. Os dois são verdadeiros, mas essa verdade só vale do ponto de vista de quem vê. Mesmo sendo válida ela não é absoluta. Ainda sim poderíamos ter mais que dois pontos de vista, ampliando ainda mais a relatividade de uma afirmação que a princípio parece "verdadeira".
Pegando esse exemplo de espaço, não poderíamos transportar para o tempo e considerar que por mais "verdadeiro" que pareça e por menor que seja minha percepção em outras escalas, ainda sim aceitar que pode haver uma relatividade que ponha em dúvida a sua concretude?

Imagine você numa plataforma suspensa no espaço sideral e sem nenhum objeto a vista. Como poderia saber se a plataforma está parada ou se movendo? Não poderia. Para perceber o movimento neste nível de consciência relativa - qual nós estamos -  precisa de uma referência, de um ponto pelo qual observa, assim como o trem e a estação.
Mas qual ou quais as referências precisaríamos retirar afim de parar ou pelo menos não ter a noção do tempo como temos daqui? Uma delas seria o movimento, na forma de deslocamento de um ponto a outro. Poderíamos cessar todo o movimento, como se faz numa meditação parada e profunda. Isto reduziria a noção de tempo e consequentemente a noção de separação quando parece que movemos mas tudo está relativamente parado.

Já pessoas em coma, perdem de fato a noção do tempo assim que retornam, associando mais uma vez o tempo a duração da consciência relativa. O tempo só existe para uma consciência limitada na capacidade de deslocar seu ponto de vista a infinitos pontos. Se pudesse estar em todos os lugares ao mesmo tempo, não haveria o tempo, pois não haveria deslocamento.
Entretanto, nos abstemos por hora de fazer. Mas podemos chegar lá. E esse lá é aqui e em todo o lugar, assim como todo lugar é um lugar só, basta mudar seu ponto de vista sem se fixar em lugar algum.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MEDITAÇÃO ATIVA.



A meditação é sem sombra de dúvida uma prática muito importante, seja lá qual for o caminho, a religião, o estudo ou mesmo se nada fizer em sua vida, em termos de busca espiritual. 
De nada adianta estudar, frequentar templos, participar de grupos de estudos, se você não medita.
Muitas pessoas deixam de meditar por acharem que para tal feito, é necessário "parar de pensar". Ledo engano. A meditação começa desde o simples ato de sentar, tentar relaxar e se reconfortar e vai até um estado meditativo pleno, em que você medita o dia todo ininterruptamente.
E para isso, existe a necessidade de estar disposto a experimentar, de sair da zona de conforto. 
Parar alguns minutos no dia, seja lá aonde for, e respirar algumas vezes prestando atenção no ar que entra e sai, já é um bom começo. Assim lembramos de quem somos, voltamos nossa atenção para o agora.
O processo ocorre por etapas. É preciso ter um pouco de paciência e muita persistência. Algumas pessoas desistem porque logo assim que começam, já esperam a redenção completa. De fato os benefícios da meditação são imediatos, mas no início ainda sutis para serem percebidos por mentes afoitas.
Meditação tem a ver com sintonia. Quem se lembra dos antigos rádios de ondas curtas, que dependendo do local, da antena, e da qualidade do próprio equipamento, exigia paciência para sintonizar determinadas estações de forma a ouvi-las de modo inteligível. Ainda sim se ouvia, muitas vezes, com ruídos e chiados sobrepostos a voz.
A meditação se apura com a prática. Nosso corpo e alma já vieram para esse mundo com uma pré-disposição natural a meditação. 
Com o tempo verá que ela acontece mais naturalmente do que imaginava. O universo dotou você de um mecanismo pró-meditação. E isso ajuda bastante a desenvolver esta miraculosa prática. 
A meditação é tão importante quanto a respiração. As duas, aliás, andam juntas. O ato de respirar, de forma equilibrada, induz naturalmente ao estado meditativo.
E esse estado trás a tona a nossa consciência. E esta, observa. A consciência interage em todas as dimensões da natureza, inclusive na física, na matéria, com este poder infinito que está no simples ato de observar. Observar atento muda totalmente a nossa realidade.
Sendo assim, dentro do ato de meditar, além da observação atenta e focada na respiração, nos batimentos do coração, na sensação do sangue circulando, está também a observação dos nossos pensamentos.
Veja, não é preciso parar de pensar. Aliás, esta "metralhadora" de pensamentos chamada de "mente" pode ser um acessório muito útil no desenvolvimento da consciência.
Observe os pensamentos que vem e que vão sem se identificar com eles. No início haverá sim muita identificação. Quando perceber, terá sido levado por um ou por outro "assunto importante". A mente é muito astuta. Todavia relaxe e tente compreender que tudo em você, está aí com um propósito, que se bem explorado, servirá de alavanca para alçar-lhe a um novo patamar.
Volte calmamente a observar. Se outra vez for levado pela mente, respire bem fundo e traga novamente a sua atenção para o aqui e agora. Nesta etapa, é preciso persistência, mas sem briga, sem tensão.
Procure se divertir assistindo a avalanche de pensamentos, idéias e o seu entrelaçamento. Lembre-se, o processo deve ser prazeroso. E o prazer pode estar justamente na descoberta de como funciona este intrincado mecanismo.
Quando pegar o "ritmo", começará a perceber que sua mente articula novas estratégias. Poderão surgir "novas" idéias e até mesmo lembranças de coisas já há muito esquecidas, na tentativa de remover você deste ato sublime de observar. Não se trata de uma guerra, apesar de parecer, e sim de um refinamento que  a mente "faz" sem a sua própria aquiescência. A mente se acha esperta, mas na verdade está lhe ajudando, considerando, claro, que você esteja atento ao processo.
Se conseguir ir adiante, poderá observar o intervalo que existe entre um pensamento e outro. Uma espécie de vácuo, que é muito maior do que aparenta. Tente mergulhar nesse vácuo. Se vier algum pensamento encima, não se incomode. Observe e espere ele passar, quando então foque toda a sua atenção novamente no intervalo, por menor que ele lhe pareça. Com o tempo irá ver que ele aumentará. Na verdade não é ele que aumenta, e sim a sua percepção.
Nesta etapa, poderíamos afirmar, sem nenhum demérito as outras etapas, que está meditando profundamente. Esta profundidade se encontra nesse vácuo. Evite, todavia, a ficar obsessivo com ela. Se deixar de percebe-la, continue observando os pensamentos, mas como já disse e não me cansarei de repetir, sem se identificar, sem se deixar levar por eles.
Outro detalhe importante é que a meditação não se resume somente ao ato de sentar durante um determinado tempo e depois sair para o mundo e esquecer de tudo. A meditação deve ser levada para todos os instantes da sua vida, inclusive na hora do sexo. Procure então acostumar-se assim, mantendo-se no aqui e agora, evitando ficar relembrando coisas e nem tampouco com ansiedades sobre o futuro.
A respiração é uma chave importante nessa coisa de trazer você de volta.
Se perceber confusão, tumulto mental, pare um pouco e respire fundo. De imediato retorna.
O fato de ficar alerta ajuda na meditação e vice-versa. 
É preciso compreender de uma vez por todas que a espiritualidade, que a ascensão, que o nosso crescimento interior, se dá nos pequenos afazeres, nas relações aparentemente costumeiras e sem importância. Espiritualidade acontece no hoje, no agora. Na fila do banco ou supermercado, no trânsito, nas negociações e também nas horas de lazer. E é nestes momentos que devemos estar em estado meditativo, atentos ao que se passa e por conseguinte no controle das nossas emoções e da nossa vida.
Assim deixaremos de ser "joguetes" nas mãos do acaso e aproveitaremos as infinitas oportunidades que nos são oferecidas pelo Universo Cósmico Infinito.

sábado, 23 de julho de 2011

UM POUCO DO CAMINHO



Em nossa condição inicial, simplesmente não entendemos ou percebemos que algo está escondido de nós. Contudo, se durante nossos estudos começamos a ser sensíveis a este fato, isso já se torna um passo adiante na direção certa.

Mais adiante, começamos a perceber uma força superior, que estabelece um contato conosco, nos envia diferentes situações, e suas causas e efeitos se tornam claros. Isto já é um determinado nível de revelação.

A pessoa começa a avaliar seus próprios feitos de acordo com o que o Criador envia para ela. Começa a criticar suas ações e reações.
Ela pensa “Isto é enviado pelo Criador a mim para que possa deixar isso passar” ou “Neste caso tenho de me comportar de maneira diferente”. Essa autocrítica transporta o homem para o nível de “Homem” porque se tornou algo além da mera criatura bípede que era.

O homem começa a perceber o Criador, e vê quais ações são úteis para ele e quais são danosas.
Quando o homem vê todas as devidas causas e efeitos, ele começa a saber o que é útil e o que não é. Naturalmente, ninguém violará algo conscientemente enquanto vê as consequências.

Portanto, a revelação do Criador concede ao homem a oportunidade de se comportar de uma forma em que cada caso específico lhe beneficie ao máximo. Tal homem é então chamado de justo. Ele percebe o Criador, o simples prazer em estar em sintonia com o cosmo.

O justo sempre justifica o Criador. Quando o homem compreende as leis espirituais de modo crescente, a luz floresce  nele cada vez mais. Esta luz interna resplandece em seu entorno, alcançando uma profundidade e alcances cada vez maiores, beneficiando muitas pessoas.

Conforme o Criador se revela, o homem transpassa a novas situações e cumpre seu papel na escala das interações e acrescenta mais de si mesmo em si e no todo.
Ele vai se tornando mais justo até alcançar um determinado nível no qual é possível sair um pouco mais da relatividade ao adentrar o caminho do meio, em respeito a si mesmo e aos demais. Essa coisa do bom ou do ruim perde os inúmeros significados, deixando de ter uma importância que no fundo só atrapalha. 

O homem vê o Criador em si  não mais como um ser perfeito, bom, ou com tantos outros rótulos, que não passam de rótulos, muito aquém do que seria de fato. Tudo isto resulta de um nível de revelação do Criador verdadeiramente impressionante e sobre o qual nem cabem os mais elaborados textos.

Enquanto o homem vive, compreende que tudo que o Criador faz para ele e para os seus semelhantes provém do desejo de dar prazer infinitamente a todos os seres criados. O homem então é dominado por um sentimento de gratidão sem fim e um desejo de agradecer o Criador por meio de todas suas ações.

Estas ações têm como objetivo doar ao Criador. Isto significa que cada vez mais o "dar" e o "receber" se fundem numa coisa só. Essa condição é chamada de amor eterno e infinito pelo Criador.
Neste estágio o homem entende que o Criador apenas quis proporcionar-lhe os ambientes mais propícios as mais profundas experiências de descobertas de si mesmo. Antes, quando o homem estava em sua condição não compreendida, ele acreditava que o Criador o punha freqüentemente em apuros, lhe trazia aflição.

A Luz do Todo-Poderoso é imutável, mas quando ela entra em um desejo antagônico, faz surgir um sentimento antagônico.
O mundo espiritual é percebido apenas no limite entre condições positivas e negativas. Não devemos temer nenhuma situação que possa ocorrer.

Quando adentramos pela senda dos estudos, da observação de si mesmo e de tudo, subitamente começam brotar problemas, previamente desconhecidos. Não se trata de "obstáculos", de "provas" ou mesmo da atuação de qualquer tipo de força oculta com objetivos escusos de parar o nosso processo. Uma vez começado, nada pode pará-lo.

Nossa noção de tempo-espaço se altera. Os dias ficam muito mais acelerados. E a tendência é que a aceleração prossiga, na medida em que a expansão da consciência apague aos poucos essa falsa noção. O momento, o agora, ganham contornos mais nítidos e aos poucos compreendemos que passado-presente-futuro são uma coisa só.

A consciência expandida, precisa de "menos tempo" para captar os eventos e fazer as transmutações necessárias ao nosso processo em particular. Isso pode fazer erroneamente parecer que há menos eventos ou que eles foram resumidos.
A pessoa então começa a compreender porque percebemos essas conseqüências das leis espirituais de desenvolvimento em nosso mundo. O desenvolvimento da alma é explicado numa linguagem que descreve o desenvolvimento do corpo em nosso mundo.

Nossa sensibilidade aumenta e se interconecta a faculdades relacionadas com o corpo e sua propriedade animal de sentir diversas coisas. Assim como cães e gatos que também podem pressentir a chegada de alguns fenômenos naturais.
Nos tempos atuais muitas pessoas correm para utilizar as assim chamadas técnicas da “Nova Era”, tentando mudar a si mesmas, suas vidas e seus destinos. O destino pode ser mudado, de fato, se você exercer influência sobre sua alma e aprender como lidar com ela nas diversas situações.

As leis do universo passam a ser mais bem compreendidas e nossa resistências a elas diminui, mesmo que aparentemente possam estar indo contra aos nossos desejos. 
As correlações aparentemente distantes entre áreas distintas, como por exemplo, a matemática e a música, ganham relações das mais próximas e até mesmo totais. Enxergamos que tudo está relacionado, se conecta e tem sua razão de ser e de funcionar justamente por existir esta relação.

Quanto a nós, sem nenhuma idéia dos mundos espirituais, devemos simplesmente ler estes livros pronunciando palavras.
O ato de ler e pronunciar desperta pouco a pouco em nós, qualidades até então adormecidas ou esquecidas.
Entretanto, nunca devemos perder o espírito investigativo, curioso, questionador, mas junto a isso manter-se dentro de uma certa equidade. Sem exageros.

Cultivemos uma fé inabalável em nós, mas equilibrando com o nosso racional e confirmando a cada instante a justa medida desta combinação.
Experimentar é a palavra. Cante, dance, leia, estude, pesquise, nade, mergulhe, voe, salte, viaje, conheça outras culturas, caminhe, corra, medite, pratique Yoga e todas as outras formas correlatas, escreva um livro, blog, páginas, ame, namore, fique só, compartilhe.
Em nós, novos desejos se formam constantemente, quaisquer que sejam. Nosso desenvolvimento depende do nível destes desejos.
No começo, nossos desejos estão no nível mais baixo, os assim chamados desejos animais. Depois, estes desejos são sucedidos pelos desejos um pouco mais refinados por riquezas, honras, por uma posição social e assim por diante.

Em um nível mais alto estão os desejos por conhecimento, música, artes, cultura, etc. Finalmente, encontramos o desejo mais elevado: Entrar em contato, avançar e por fim ser a Luz como criadores que somos.
Esses desejos surgem gradualmente nas almas após muitas encarnações neste mundo ou, como dizemos, com o desenvolvimento das gerações. eles podem conviver, até um certo ponto, de forma mesclada.

Primeiro, as almas que viviam exclusivamente a vida de sua natureza animal foram encarnadas em nosso mundo. Com o tempo houve um refinamento e o Homem alcançou grandes avanços paralelamente a natureza de muitos que ainda permaneciam com um instinto primitivo bastante aguçado.
Percebendo a limitação da satisfação que traziam esses novos desejos, o Homem começou a almejar alguma coisa além. Sem saber ao certo, começou a imaginar. O desejo de uma experiência transcendente e superior foi se disseminando e aprofundando. Cada um, de acordo com seu nível de contato com a luz, foi criando um ambiente específico de experimentação espiritual ou mesmo se deixou levar por alguns desses.

É impossível ao homem experimentar dois desejos diferentes porque isto significaria que não foram definidos de maneira adequada. Se eu desejo subir e descer ao mesmo tempo, nada acontece, a não ser um imenso desgaste energético, proporcional ao tamanho dos desejos antagônicos colocados.
Depois de serem analisados e classificados cuidadosamente, parecerá que existe um só desejo. O homem  desperta em si, através do contraste, diversos desejos simultaneamente. Ele então seleciona apenas um deles se for capaz de avaliar seu nível de maneira correta.

O xis da questão não é que os desejos superiores são bons e os desejos inferiores são ruins, mas que os desejos superiores são “grandes” e os desejos inferiores são “pequenos”, no que concerne o grau de profundidade das experiências necessárias ou ansiadas pela alma. 
Por esta razão existe uma tela sobre os desejos superiores, fruto do ato que estabeleceu o desejo de compartilhar, ao contrário do que havia no início de tudo, quando apenas recebíamos do criador.
E se começamos do início, começamos com desejos de natureza animal, fruto do reino que originamos.
Ao evoluir, num longo processo, podemos então nos distanciar desta natureza - animal - sem que perdamos o contato - pois ainda somos animais, mais evoluídos, mas somos.
Os desejos mais fracos passam primeiro por sua transmutação; não requerem muito tempo para este processo. Depois os desejos mais abaixo são resignificados, estes são mais complexos.

Os desejos ditos como "altruístas" precisam ser corrigidos primeiro e depois os desejos ditos como "egoístas". No final deste processo tudo se funde novamente em um só. É por isso que toda a diferença entre os vasos altruístas e os egoístas se resume ao período destinado à fundição.
O refinamento e a transmutação prosseguem num movimento infinito de escalas.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

OS LIVROS E A LEITURA



Pode ser muito bom ler e aprender coisas novas. De fato a leitura engrandece de diversas formas. Devemos sim incentivar aos nossos pequenos o hábito de ler. Este hábito se interconecta a outras qualidades que julgo serem interessantes a pessoa cultivar, tais como: espírito investigativo, curiosidade, foco, concentração e percepção dos detalhes.

Mas como em tudo na vida é preciso desenvolver nossa capacidade de sermos pró-ativos, ou seja, é necessário uma leitura ativa e não passiva, de quem lê e ingere as coisas sem o devido cuidado, sem o devido discernimento, sem questionar e se perguntar: será que essa tese me é útil?

O exercício de buscar dentro de si o eco de tudo que vê no mundo externo, melhor dizendo: o exercício de enxergar que no mundo externo, os eventos e situações são tão somente um eco - com algumas variações de graus e tonalidades - de você mesmo é, ao meu ver, o maior e mais importante de todos os exercícios.

Não se trata de ficar se culpando por tudo que acontece. A culpa é um movimento negativo que te põe pra baixo e não contribui com nada, a não ser pelo fato de te refrear e te segurar dentro do seu processo evolutivo.

Falo de responsabilidade. Do reconhecimento de seu imenso poder e de todas as potencialidades existentes a sua disposição neste mundo tridimensional.
Quando assume com responsabilidade o hábito de ler, ou seja, assume e se mantém ativo e questionador, diz a si mesmo que pode vivenciar todas as experiências e testá-las sem medo das consequências, sejam elas quais forem.

Como sempre digo por aqui, não há o certo e o errado em termos de leitura. Você deve estar atento ao seu momento específico e ler sobre assuntos que correspondam de alguma forma a esta etapa.
Alguns livros considerados "menores", "inúteis", "idiotas" e até mesmo "estúpidos" por alguns, podem ser muito útil a outros, dependendo, como disse, do momento daquela pessoa.

Os livros criam uma espécie de relação a distância entre seu autor (es) e os leitores. Algumas pessoas de maior sensibilidade percebem isso e até se mobilizam para ter contato com o autor e até mesmo com outros leitores, uma vez que forma-se uma espécie de "egrégora" em função dos pensamentos sintonizados no "campo" por uma mesma ideia.

Muitos autores escrevem sem saber com precisão, as consequências deste ato. Não só pelo que dirão aos seus leitores, mas sim pelo resultado das reações deles ao que foi escrito.
Eu falo a nível dos intercâmbios energéticos, apesar de saber que existem reações físicas bastante contundentes que alguns autores sofrem.

Escrever é uma tarefa bastante prazerosa mas ao mesmo tempo muito delicada. As palavras e as frases formadas por elas, além de limitadas em sua concepção, dão margem a diversas interpretações. Às vezes falamos de um determinado detalhe de um assunto e o entendimento descamba para algo que não tem nada     a ver com o mesmo.

É um exercício de puro refinamento, mesmo em se tratando de assuntos grotescos.
Veja você que os livros são ao mesmo tempo um grande exercício tanto pra quem escreve quanto pra quem lê. E assim como em outras formas de interação, nos possibilitam variadas formas de experienciar diversas situações que certamente irão contribuir com a nossa estada por aqui.

Recomendo a todos, mesmo os que não se acham talentosos, que tentem escrever sobre algum assunto. Você perceberá o desenvolvimento de muita coisa interessante e proveitosa em seu universo particular.
Boa viagem!

terça-feira, 12 de julho de 2011

O EGO.


Ego, palavra gasta. Ego, muito se fala mal. Mas estamos aqui, coladinhos com ele. E agora? Cerca de 99% de tudo que vê, de como age, do que fala, vem dele. Ou seja, mesmo sem ser, o Ego é você!
Que jogo sujo é este? Afinal qual seria o melhor lugar para ele se esconder? E não é só dentro de você que ele se esconde. Ele se esconde atrás de tudo que você é. Cada pensamento, cada sentimento. Como vou poder diferenciar o que é da minha Essência divina,  do que é do Ego? Será mesmo que o Ego é 100% ruim?
A luz nasce da sombra. O ato de vivenciar a sombra te traz a luz. Quanto mais consciente for esta vivência, mais rápido a luz chegará. E quando ela chega a sombra deixa de existir. Chega a um ponto que a luz preenche todos os vazios e aí, não há mais sombra.
O Ego precisa se esconder. Ao analisar esta frase percebo que nela, encontro a resposta que desejo. Se ele se esconde, significa que não pode ser visto. Se for, de ante mão, algo pode acontecer. Ou seja, o próprio Ego já me diz o que tenho que fazer para que ele saia. Por isso, ele se esconde desse jeito, e a maioria das pessoas nem percebe que ele existe. Um outro tanto até percebe, mas não sabe o que fazer. No máximo tenta reprimir. Só que quando reprime ele se fortalece, se desdobra e encontra mil e um artifícios para se expressar, independente dos prejuízos que possa lhe causar. Pois como ele mesmo diz, é sempre muito bom ter razão. As vezes penso que para o Ego, ter razão é mais importante que a própria vida...
E para ter sempre razão, ele precisa desenvolver a sua inteligência para criar argumentos, motivos, situações que justifiquem o injustificado. O consumo de energia é intenso. Dá muito trabalho ter razão e mais trabalho ainda fingir que aceita não ter, numa boa, quando lhe faltam evidências.
Existe uma diferença brutal entre a Essência e o Ego, mas que só pode ser vista por olhos bem atentos. Senão, esta diferença some no tempo-espaço e se sutiliza de tal forma que você jura de pés juntos que esse é você!
É preciso compreender o Ego e talvez começar a jogar um pouco o jogo dele para que ele se exponha. Você só o compreenderá se expô-lo. E ao fazê-lo,  você se expõe!  Vai encarar? Neste caso o Ego é você! Mas é claro que, ao mesmo tempo, ele não é! O Ego não passa de uma situação. Se esquecer a situação ele acaba. Dizer isso, reconheço ser muito simplista, porque estás amarrado na situação de tal forma, que se os vínculos a ela fossem retirados, morrerias por um apagão de falta de identidade.
O Ego se prende a questão da identidade. É muito forte e profundamente enraizado este parâmetro. Imagine-se acordando pela manhã sem um nome, sem seus conceitos de certo e de errado, sem reações prontas pra explodir, sem "aqueles" planos traçados, sem uma maneira "certa" de se vestir, e sem um monte de outras repetições, que com certeza me diria: Como posso viver sem elas?
Se ainda fosse uma única mascara e identidade que ele assumisse, mas não, elas são múltiplas e ainda por cima, consideradas por muitos como "muito boas"...
Ao vestir esta máscara ele produz com intensidade um forte pensamento a respeito, que induz automaticamente ao sentimento correlato, que dará a "base energética" para imprimir dentro de você a sensação de que aquilo é real, muito real.
Tanto que muitos chegam a matar em nome dessas fronteiras.
Imagine um grande terreno vazio e sem muros. Na minha cidade, logo logo ele seria ocupado por invasores. O ego existe porque foi deixado um "espaço vazio". Aonde a essência não se manifestou, não fechou o terreno, os ocupantes chegam e gritam palavras de ordem, se dizendo "proprietários" daquele espaço. 
O Ego se aproveita da nossa omissão de sermos quem podemos ser. E depois de instalado, constrói barracos de tijolos e cimento. Se junta em turmas (tipo associação de moradores), e uma vez assim, torna-se um pouco mais complicado de remover.
Ele se protege desta forma porque ganhou vida própria e ela, se alimenta das nossas emoções. Precisamos ao menos perceber como nos sentimos na diversas situações, principalmente naquelas em que nos "tiram a razão".
Se conseguir perceber o Ego atuando e os pensamentos/sentimentos que surgem, será um sinal claro do universo que está pronto para lidar com aquela questão específica. Assim como com as demais, pois o Ego não trabalha sozinho. Ele chega em bando, como se fosse o fio da meada que se origina de um passado muitas vezes bem remoto.
É como se estivesse no pátio da escola, e ao menor sinal de rebeldia, eles se juntassem em uma grande patota para lhe espancar pelo atrevimento em desejar sair da sua influência.
Mas como sempre digo aqui, não se trata de uma luta. De forma alguma deve desejar se ver livre, esconde-lo, brigar com ele. 
O Ego precisa ser COMPREENDIDO! 
Você jamais aceitaria entrar no ringue para lutar com o Mike Tayson. Seria pura perda de tempo e energia. Não temos noção exata do tamanho daquele determinado Ego. Existem Eus que são verdadeiros lutadores de Sumô. Você ganha muito mais aprendendo a apreciá-los, a entender seus motivos. Diferente de passar a mão na cabeça. Não se trata de amar o Ego e sim de respeitar, pois afinal é criação sua! O caminho da conciliação é sem dúvida o melhor de todos. Todavia, não devemos confundir conciliar com procrastinar, com hesitar, com fugir da questão. Ela precisa sim ser enfrentada, mas com inteligência.
E eu garanto que já tem dentro de si todas as ferramentas necessárias para sair desta viagem mais que vitorioso. Você pode sair dela sendo a própria luz.
Todo e qualquer tipo de vergonha, de medo ou mesmo de raiva, ódio, ressentimento que gera dentro de si por estar numa condição desagradável, só reforça mais daquela condição.
Sim, o medo chega, a dúvida, quem sabe até um pouco de lamentação. O problema não é se sentir assim, e sim se prender a isso e nada mais fazer.
Como já disse várias vezes: Você precisa viver, pelo menos um pouco, tudo aquilo que deseja se livrar. Pois só a vivência, com atenção, traz a compreensão necessária para realizar as mudanças que necessita em sua vida.

sábado, 9 de julho de 2011

NÃO SE PREOCUPE COM NADA EM RELAÇÃO AOS OUTROS..



Deixe de se preocupar com relação aos outros. Trata-se de um vício que prevalece. Que
faz com que continue eternamente fazendo o que você sempre fez porque foi adestrado para isso e se viciou. Noventa e nove por cento das coisas que você pensa estão relacionadas com os outros.

Abandone-o já! Sua vida está escapulindo pelas suas mãos. Não é possível que esqueça de si, quando lembrar seria a melhor forma de cuidar dos outros. Se lembrar de você, se reconhecer quem é de fato, perceber a magia que há no ato de sentir-se, estará dessa forma cuidando de si e muito mais dos outros também, do que pensa fazer hoje quando se preocupa excessivamente com a vida alheia.

Seja um pouco mais inteligente. Não se preocupe com nada em relação aos outros. Dê prioridade para lidar com o problema que for maior. Gurdjieff costumava dizer para seus discípulos – a primeira coisa, a primeira coisa mesmo, “Descubra qual é a sua principal característica, seu maior problema, sua característica central da inconsciência”.

Em cada um é diferente. Alguém é sexualmente obcecado. No mundo de uma forma geral, onde por séculos o sexo tem sido reprimido, isso se tornou quase que uma característica universal; todos são obcecados pelo sexo. Alguém é obcecado pela raiva e outro é obcecado pela ambição.

Você precisa observar qual é a sua obsessão básica. Primeiro encontre a principal característica sobre a qual repousa todo o edifício de seu ego. E depois permaneça constantemente cônscio disso porque isso só pode existir se você estiver desatento. Isso é automaticamente dissolvido no fogo da consciência.

E lembre-se, lembre-se sempre, que não é para você cultivar o oposto disso. Senão, o que acontece é que a pessoa se torna consciente de que, ‘Minha obsessão é a raiva, que devo fazer então? Devo cultivar a compaixão’. ‘Minha obsessão é sexo, que devo fazer então? Devo praticar brahmacharya, o celibato.

As pessoas se movem de uma coisa para o seu oposto. Esse não é o caminho da transformação. É o mesmo pêndulo, movendo-se da esquerda para a direita, da direita para a esquerda. E é assim que sua vida tem estado se movendo por séculos; é o mesmo pêndulo.

O pêndulo precisa parar no meio. E esse é o milagre da conscientização. Apenas fique cônscio de que, ‘Essa é a principal armadilha, esse é o lugar onde sempre tropeço, essa é a raiz da minha inconsciência’. Não tente cultivar o oposto disso, mas derrame toda sua consciência nisso.

Crie uma grande fogueira de consciência e isso será queimado. E assim o pêndulo para no meio. E com a parada do pêndulo, o tempo cessa. Você subitamente penetra no mundo da intemporalidade, imortalidade, e da eternidade.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O EFEITO SOMBRA.



Toda a luz produz uma ou mais sombras. Veja a luz do sol que apesar de se "espalhar" por toda a superfície do planeta, sempre encontra um anteparo, que por sua vez contribui no processo de criação da sombra.
Luz e sombra são uma coisa só. Uma é desdobramento da outra. O movimento de manifestação do universo necessita das duas para manifestar e criar o ambiente da experiência relativa. 

O "anteparo" pode ser qualquer um de nós e os demais seres. Somente aqueles pertencentes ao mundo do relativo. Esta é a síntese inicial da luz e da sombra. Inicial por não estar completa, mas por estar em um estágio, digamos assim, de desenvolvimento. 
O estágio inicial de reconhecer a consciência, somente se desenvolve através da comparação. Eis um intrincado mecanismo. A consciência é "virgem" em muitas manifestações e por isso "necessita" da comparação, não para que ela aprenda nada, e sim para que ela se sinta impelida a se "mexer"... A comparação ou seja, a vida em si é um cutucão que se dá na consciência.

Chamo de consciência, a alma, a essência, o EU superior, o self, ou qualquer outro nome para tentar definir aquela parte perene em nós, a nossa verdadeira origem, a energia inteligente que nos mantém vivos aqui.
Mas se para fazer a consciência se manifestar em todos os níveis eu preciso cutucá-la. Esse cutucão, precisa ser bem sofisticado e inteligente apesar de ser também muito simples e direto.
E nada melhor que o contraste, que a comparação, que o oposto, que a antítese em várias formas, níveis e intensidades diferentes para provocar esse latejar de infinitas variedades. 

Se as possibilidades da consciência são infinitas, os estímulos também devem ser. Não se desenvolve um "equipamento" deste nível com estímulos limitados.
E aí está a vida, portadora de todo esse arcabouço de estímulos, capazes de nos cutucar de múltiplas formas. A vida é imensa em sua complexidade interativa e nem podemos mensurar isso.

O efeito sombra, muito bem propalado em livros, cursos e palestras, é sem dúvida o resultado deste infinito sistema criado para desenvolver e para fazer com que a consciência se expresse com a máxima amplitude. Apesar de ser impossível daqui de onde estamos, medir essa "amplitude", segundo qualquer critério existente atualmente.
A consciência não pode ser medida em escala linear. A consciência sequer pode estar em uma escala.Toda a forma de medir, avaliar, quantificar é por si só limitada. E a consciência é ilimitada.

O efeito sombra tem a ver com aquilo que aparentemente nos "falta" e pomo-nos a buscar. Essa sensação de falta aponta nossa atenção para o que está oculto, opaco, mas que está lá, não em um "lugar específico" dentro de nós, mas sim em toda parte de nós, sem que se evite a sensação abíngua de SER e TER e de não SER e TER ao mesmo tempo. Uma sensação deveras incomoda para aqueles que a percebem, sendo perfeitamente compreensível, após alguns kilometros de jornada, as suas razões.      

Portanto, o ego, o oponente, a nossa sombra, NÃO SÃO NOSSOS INIMIGOS! ALIÁS, SÃO SIM, NOSSOS MELHORES AMIGOS! Eles estão aqui para nos ajudar a fazer com que nossa consciência se expresse com a plenitude total!
A interpretação distorcida que se dá deste fundamento, muitas vezes fruto do que ouvimos a vida toda com histórias da carochinha sobre deus, diabo, fogo do inferno e outras grandes bobagens mais, atrapalha bastante o andamento do processo que foi concebido para ser gostoso, leve, rico, pleno e muito alegre!

Precisavam te convencer de alguma forma que o sofrimento enobrece, que ralar na vida faz parte, que a pobreza e o sufoco trazem muita sabedoria... Aff... Quanta bobagem!
Realmente existem pessoas que só funcionam no tranco, mas essa não é a principal forma de fazer as coisas.
Aquela imagem de cristo pregado na cruz foi o maior, eu disse: o maior crime já cometido contra a humanidade! 

Veja não me interessa se aconteceu ou não. Essa não é a questão. Estou falando da finalidade escondida por trás desta história que afetou de sobremaneira o desenvolvimento da humanidade e se não foi arquitetada por mentes muito, mas muito podres em todos os sentidos, pelo menos foi muito bem aproveitado por essas mesmas mentes doentias.

Ainda bem que isso é passado e pode ficar muito bem obrigado por lá, e caso eu decida, em nada me afetará!
Mas vemos um resquício muito forte desta herança maldita - que talvez nem seja tanto, se observar que este desafio pode também contribuir como um forte estímulo que venha a desenvolver a nossa consciência de uma maneira que só aconteceria se esta história fosse mesmo contada como foi.

Percebo o embaraço das pessoas em falar e lidar com as próprias sombras. E por sombra, devemos entender não são só aquelas coisas que julgamos ruins, - independente de serem ou não - mas também uma infinidade de coisas prazerosas e maravilhosas que poderíamos expressar e manifestar aqui, mas que, por causa do medo, vergonha, raiva, ciúme, inveja, cobiça, e de outros sentimentos e limitações auto-impostas não fazemos.

Precisamos urgentemente acabar com idéias que impedem a aproximação de nós com nós mesmos! Já falei no blog, em vários posts sobre aceitação, portanto não vou me estender aqui. Mas a primeira palavra que vem realmente é essa: Aceitação! Deixe de lado todo e qualquer tipo de embaraço em lidar com suas deficiências e limitações. Se abrir sua mente assim, já terá dado um passo importante. 
Nossas sombras, apesar de sabotarem muitas coisas que tentamos fazer e com isso causar enormes prejuízos, são sim nossas, melhores amigas.

Há que se deixar de lado urgentemente o medo e a vergonha em lidar com o medo e a vergonha.

Agora é claro que não vou viver recheado de sombras. E nem devo. Pois vim aqui para reconhecer-me, saber quem sou, lembrar de mim. E para isso tenho que jogar luz (consciência) no que está guardado. Nada de entrar em guerra e de brigar com qualquer aspecto seu, apenas olhar para ele e apreciar todo o mecanismo embutido nisso. Fazer um estudo desapegado de si e tranquilo como quem observa uma linda paisagem do por do sol.

Foram tantas sombras acumuladas pelos séculos de uma existência despercebida, que seu poder reunido, em uma única pessoa, seria capaz de dizimar o planeta Terra. 
Há que se respeitar e lidar com ela num movimento de aproximação e não de afastamento e ocultação como fazem a maioria das pessoas.

As sombras devem e podem se reintegrar ao seu ser. Elas fazem parte dele. Não há como jogá-las fora. Não existe o lixo. O que há é a possibilidade de reciclá-lo. Sendo assim, pare de querer destruir ou esconder. Olhe para suas sombras. Converse com elas. Procure entender como elas agem e o que querem. Existem diversos motivos para a existência de sombras em nossa psique. Esses motivos, apesar de interessantes, não são e nem nunca serão um motivo para permanência delas, nesse estado sombrio.

O viver de modo inconsciente cria sombras. As vezes são máscaras, personagens que criamos, coisas que os outros queriam que fôssemos ou fizéssemos. Nesse caso deixamos de lado o que deveríamos SER ou FAZER aqui, para fazer coisas que nada tem a ver, e com isso nos afastamos da nossa essência, do nosso propósito. 
Este fato gera um conflito interno tremendo e cria sombras de difícil solução. A não ser que retornemos e compreendamos o que de fato queremos SER, TER ou FAZER.
O mundo externo nos ajuda trazendo os estímulos inerentes as interações. É importante viver isso, mas sempre se voltando aos reflexos criados em nosso mundo interior.

Tudo, mas absolutamente tudo está dentro de você. O "bem" e o "mal" que pode lhe acontecer. Aquilo que vive e deixa de viver. Todas as opções estão aí dentro, agora, nesse exato momento. Como disse, aproveite os estímulos que o mundo exterior nos traz a cada instante mas não se identifique com eles. 
É um jogo que só se aprende jogando. Se relacionar diariamente com um mundão desses sem se prender, apegar  e se identificar é uma tarefa simples, mas que pode ser bastante fácil ou difícil, dependendo unicamente da sua pré-disposição em estar ali, na vida, e participar dela sempre se lembrando de você.