terça-feira, 31 de agosto de 2010

VOCÊ JÁ É!



Me lembro de quando era pequeno, e todos sempre perguntavam o que eu queria ser quando crescesse...
Pensamentos mil revoavam minha ingênua e todavia pura cabecinha...
Mas eu já surpreendia, pois por volta dos seis anos, já dizia que seria o "homem elétrico" da família...

Tinha uma caixa de sapatos com algumas baterias, fios e lâmpadas queimadas que faziam minha alegria.
Aos dez anos procurei nos classificados do jornal um curso livre de eletrônica, e pedi a minha mãe que me levasse até lá para efetuar a matrícula.

Em uma sala com mais de cinquenta alunos a maioria com mais de quarenta anos, me regozijava ao descobrir o universo diante de mim.
Alguns poderão dizer que trata-se de uma exceção alguém tão novo, já ter bem claro aquilo que desejava fazer, mas eu digo justamente o contrário. As exceções são aqueles que vem a esse mundo sem essa sintonia, sem essa definição dos seus desejos. Mesmo se tratando de uma exceção numerosa, insisto em dizer que são exceções.

Quando chegamos aqui, no mundo das formas, somos maciçamente expostos ao contraste e a variedade, para que isso desperte em nós os desejos. Esses desejos tem uma série de finalidades, além, é claro do desejo em si. Eles são a resposta ao estímulo que gera novos estímulos e assim por diante. A partir daí, começamos a exercitar nossas aptidões criativas. 

Começamos, claro, pela tentativa-erro-acerto e vamos com isso ganhando experiência, que em resumo, é a descoberta de tudo aquilo que tem dentro de você, de tudo aquilo que é!

Não fui fazer o curso de eletrônica, simplesmente para aprender eletrônica. Fui para ter uma experiência de descobertas que tem muito mais a ver comigo, com quem já sou de fato, do que um mero aprendizado da eletrônica. E isso vale para todos nós. Relato aqui um pouco da minha experiência apenas para ilustrar a importante mensagem que tento lhe transmitir nessas palavras.

Nosso contato com o mundo, com todos os seres que nele habitam, tem sempre esse viés: Descobrir por mim mesmo tudo aquilo que sempre fui, que sou e sempre serei.
Daí a importância dos pais, na medida do possível (e a medida certa se dá através da percepção, da intuição particular de cada um, sem fórmulas pré-concebidas), facilitarem o acesso dos pequenos a toda sorte de estímulos para que disso brote, nasça e se manifeste aqui tudo que esses pequenos-grandes homens e mulheres são de fato.

Veja, essa mentalidade de que devemos moldar nossos filhos é extremamente equivocada. Você não molda. Você acompanha, orienta e protege. Não molda no sentido direto do termo. Você pode até sabotar o processo do seu filho, mas nunca irá transformá-lo naquilo que ele não é. Alguns tentam e até parece que conseguem, mas tudo não passa de uma situação superficial, não representa aquilo que de fato ele é, pois isso estará sempre bem guardado com ele e mesmo que as aparências até enganem, nada há.

E todos aqueles que sofreram fortes pressões no sentido de transformarem-nos naquilo que não são, poderão a qualquer momento retomar o caminho de volta pra casa (ou seja, para aquilo que realmente são!)

Quanto mais você permitir que seus filhos ou dependentes descubram o mundo e suas nuances por si mesmos, mais estará contribuindo para a expansão do universo, uma vez que estará permitindo a livre expressão e a consequente manifestação.

Ao ter uma variedade maior de tipos e qualidades de manifestações, você contribui de forma decisiva para essa expansão. E além de tudo, esse processo se tornará uma grande chance de permitir mais e mais que nós mesmos sejamos quem de fato somos, sem máscaras, sem modelos pré-formatados por terceiros.

Quanto mais tentamos controlar, moldar, impor, mais somos atingidos por essas mesmas correntes. A grande sabedoria não está na disciplina como conhecemos, e sim na consciência que promove sem impor, a auto-disciplina. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O ACASO



Um tema muito instigante e difícil de ser tratado em poucas palavras. Vamos fazer o melhor e esperar que um certo "acaso" nos ajude com os resultados...

A maioria das pessoas considera o acaso, a probabilidade, a aleatoriedade como questões que não podem ser tratadas sob o ponto de vista mais pragmático e concreto, uma vez que são imprevisíveis, e sendo assim, não há como dar forma a elas. Seria o mesmo que fornecer uma receita infalível para ganhar na loteria todas às vezes que quiser.

Outros tantos, acham que se trata de questões místicas, de adivinhação, oráculos ou coisas do gênero. 
Todavia, diante de um olhar mais cuidadoso, vemos uma certa ordem ou algum tipo de tendência, ou mesmo um "vício" na aleatoriedade.

Mesmo o aleatório não é perfeitamente aleatório sob o ponto de vista de sua manifestação. E assim sendo, podemos detetar, através de um olhar atento, um certo padrão.
Se o caos fosse perfeito, fecharíamos às pontas do círculo, pois a perfeição e o caos, em tese, são extremos opostos, mas não tão opostos assim, pois se tocam, coexistem e se complementam. Um não vive sem o outro e formam o círculo da existência.

Na verdade, se o caos, a aleatoriedade e o acaso fossem tão ao acaso assim, eles estariam fora do contexto universal da interligação que há em tudo, e não teriam como existir porque simplesmente não estariam conectados ao demais fenômenos e energias indispensáveis a existência do que quer que seja.

O caos e a aleatoriedade em sua expressão completa, cheia, tem sim certas regras e leis pelas quais se submetem, simplesmente, como já disse, porque sem elas não existiriam. Há sempre uma razão em tudo e inúmeros fatores coexistem e interagem, por mais que seja difícil enxergarmos de onde estamos.

Se você consegue através de um olhar cuidadoso enxergar ordem no caos, e um padrão específico na aleatoriedade da vida, parabéns meu caro, avançaste bastante em sua jornada. Se não, acalme-se e treine mais esse olhar juntamente com a atenção que pouco a pouco irá perceber o que tento lhe dizer.

Muitos cientistas estudaram os mecanismos da aleatoriedade e a manifestação do acaso em diversas situações da vida cotidiana e relataram isso em diversas publicações. Dentre elas, o livro "O andar do bêbado" de Leonard Mlodinow, que relaciona os passos que um bêbado dá com o movimento atômico das moléculas. Mais uma vez poderá perceber a íntima relação entre eventos aparentemente distintos.

E para que serve eu tentar entender o caos, a aleatoriedade e o acaso? Simples: Você se tornar dono da sua própria vida, criar o que desejar (e não o oposto) e seguir o rumo traçado por você mesmo (e não pelos outros) e viver uma vida cheia de alegrias e realizações. Está bom para você???

Se o acaso fosse facilmente previsível por qualquer pessoa, eu nunca poderia propor o que proponho aqui hoje. No estágio em que nos encontramos seria impossível observar nuances num caos perfeitamente engendrado. Se ele foi construído assim, foi para que tivéssemos a oportunidade de observá-lo e compreender seus movimentos, compreendendo assim toda a mecânica do universo. 

Entenda, ninguém evolui na igualdade, onde não há fortes contrastes e diferenças. E o caos se encarrega de trazê-las. Esse contraste traz o estímulo ao desenvolvimento da percepção dentro da desordem (que possui um ordenamento), do acaso (que tem um funcionamento bem definido), da imprevisibilidade (que é perfeitamente previsível) e das surpresas (que só chegam através da desatenção). 

Este ambiente, apesar de parecer hostil, nos concede infinitas possibilidades de manifestação, criação e todo o aprendizado decorrente disso.
Como disse, na medida que apuramos nosso olhar, esse nível de imprevisibilidade diminui e conquistamos uma condição que nos remete a novos níveis de prazer e deleite da vida.

Se está cansado da vida que leva, e quer renova-la, não precisa fazer nada de espetacular para isso, basta mudar seu olhar e sensibilizar seus atributos de percepção.

Voltando a questão do acaso, uma das principais ferramentas para analisar eventos de aparente acaso, o perfil das probabilidades e os padrões da aleatoriedade, é observar o histórico e os exemplos que temos em nossa vida e na vida dos outros.

Analise algum evento em sua vida que tenha lhe parecido como um acaso, hoje, depois do acontecido e veja como se comportou, o que disse e o que fez antes e durante o evento. Quais eram suas verdadeiras expectativas? Quais as emoções daquele momento? Tinha medo? Alegria? Tédio? Lembra-se do que disse antes e durante? Tente associar, fazer inter-relações.

Se conseguir fazer esse trabalho de relacionar o que pensava, sentia e dizia horas, dias, semanas antes com o que lhe aconteceu de maneira "casual" verá que não é tão casual assim como lhe parecia.

Sei que as variáveis são muitas na hora de manifestar algo em nossas vidas (tanto agradável como desagradável) e sei também que para maioria de nós é difícil perceber quais as que estiveram envolvidas diretamente em um caso específico.

Todavia reforço aqui que é possível pouco a pouco você ir percebendo quais são elas e quais as que tem mais força em seu caso.
Se desenvolver o que aqui proponho verá que o acaso e a aleatoriedade nada mais são do que processos criativos inconscientes.
Mas o fato de estar inconsciente, não representa uma condição definitiva, e por isso pode e deve ser mudada. 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A TEORIA DO CAOS.



A palavra caos, a princípio designa a ideia de desordem, imprevisibilidade, bagunça ou lá o que o valha.

Quando vemos o caos logo pensamos numa forma de colocar "ordem". O caos nos deixa ansiosos e apreensivos na medida em que sua aleatoriedade nos enche de incertezas. Tememos o desconhecido, mas se esse desconhecido se apresenta na forma de caos, nos apavoramos.

Sempre tenho dito aqui sobre a importância de afiarmos o nosso olhar. Precisamos treinar o mais que pudermos na arte de observar.

Ao observar, verá que existe ordem na aparente desordem e conseguirá perceber uma harmonia bem estruturada na manifestação do caos. Muitos cientistas estudaram e estudam o caos e já conseguem descrever na linguagem matemática alguns de seus movimentos.

Quando Albert Einstein disse que Deus não joga dados, ele quis justamente afirmar essa aparente lógica naquilo que conhecemos apenas como probabilidades.

Quando o meteorologista Edward Lorenz começou a examinar às teorias sobre o caos, ele tentou predizer e criar um sistema que conseguisse prever com certa precisão eventos futuros, ou seja, fazer uma previsão do tempo através de experimentos e por conseguinte a descrição dos mesmos na linguagem matemática.

Através de seus estudos, muita observação e experiências, traduziu por equações o chamado "efeito borboleta", aonde uma borboleta ao bater asas em algum ponto do planeta, poderia causar através de uma série de interações um furacão em um local distante e aparentemente sem nenhuma relação com a origem.

Lorenz se destacou, pois seu trabalho aumentou consideravelmente a precisão de suas previsões. Ao observar o trabalho de Lorenz, seis fatos ficam bem claros:

1- A interconexão ou a interligação entre eventos e locais aparentemente sem nenhuma relação, provando o que afirmo quando escrevo que tudo e todos nós estamos conectados.
2 - Um vislumbre fantástico da ordem na desordem, da harmonia matemática do caos.
3 - A possibilidade de, ao compreender os fenômenos envolvidos, tornar passado, presente e futuro uma coisa só, como de fato o são.
4 - A constatação de que pequenos movimentos, feitos de forma inteligente, provocam grandes alterações.
5 - Cai por terra a teoria de que grandes acontecimentos necessitam de grande esforço ou energia.
6 - A percepção de uma ordem inteligente no caos, nos remete imediatamente a um sentimento de forte esperança para quaisquer tipo de problema. Todos eles tem inúmeras soluções disponíveis a nossa escolha.

É obvio que esse processo não carece apenas de fórmulas matemáticas mais apuradas e nem tampouco teríamos que nos tornar cientistas altamente capacitados, para não só entender, mas também fazer uso de todo esse mecanismo em prol da nossa felicidade neste mundo físico.

Os cientistas que pesquisaram e demonstraram os primeiros passos desse processo, são maravilhosos, pois nos presenteiam com uma janela de infinitas possibilidades.

Sem dúvida o caos e a desordem são responsáveis pela infinita diversidade e um sem número de possibilidades neste mundo que habitamos.
Mas como nós, simples mortais, podemos nos engajar na compreensão de tudo isto?

Fácil: Estudando tudo que já existe sobre o tema e usando nosso maior poder, nossa dádiva que é a nossa capacidade de olhar, de observar e perceber.

Vivemos hoje em um mundo em constante caos. Aproveite essa grande oportunidade e tente achar uma lógica, uma ordem nesse caos. Ou mesmo na origem dele. Você pode olhar para sua própria vida ou para o mundo. Estímulos é que não vão faltar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL






Definitivamente, fórmulas e receitas de bolo não funcionam igual pra todo mundo. Cada um tem suas particularidades. Entretanto, sigo tentado a falar de algumas delas, ainda que sirvam só de ilustração, consciente de que corro o risco de vê-las retumbarem em seu coração, como um chamado a uma inspiração.

Sem o contato olho no olho, fica mais distante a já longínqua ideia de achar que receitas são seguidas sem a interferência de quem as segue.
Sei que a solução de todos os problemas e questionamentos está dentro de nós.

Todavia o "método" para se chegar aonde se quer pode variar e muito. Essa colocação pode deixar muitos desanimados, pois estão acostumados ao velho modelo em que alguém de alguma forma nos fornece "respostas" prontas para saída de tudo que nos aflige, ainda que de maneira totalmente fugaz e ilusória e que por fim, não funcionam.

Achar a perfeita combinação entre se isolar, ter momentos a sós consigo mesmo de maneira sistemática, e interagir no mundo, proporcionando um ambiente propício as trocas tão necessárias deve ser o norte.

Nos relacionamentos estão embutidas às respostas propriamente ditas, juntamente com uma série de empurrões na direção do que desejamos. Há que então fazer uma conciliação de momentos a sós e momentos em que partimos para as trocas.

A boa ação é sempre o componente natural do bom sentimento, mas podemos, em certos momentos inverter essa ordem e procurar praticar boas ações como estímulo ao bom sentimento e todas as emoções concernentes.

Se está para baixo e encontra dificuldade em reverter o quadro, procure algo simples, mas de grande significado para você e execute essa ação no intuito de buscar o bom sentimento.
Brincar com uma criança, ouvir música, praticar alguma atividade física, de preferência ao ar livre, estar com quem gostamos de fato e tantas outras servem como base.

A vida é movimento e devemos usar essa ferramenta para nos auxiliar a encontrar o aconchego que buscamos.
Lembre-se todavia que uma grande ação para ser bem sucedida deve estar imbuída  de bom sentimento e a correspondente emoção deve casar com tudo aquilo que você é.

Como você saberá? É simples: Preste a atenção em como se sente.

Expectativa positiva que nada mais é que a esperança casada com a certeza, é como uma planta que pode e deve ser cultivada. Esse cultivo se dá diariamente, como pede toda e qualquer planta. Não se trata apenas de sol e água, mas de querer e ter uma verdadeira e perene veneração ao que se é e ao que se faz. Trazendo assim uma vida cheia de sonhos e realizações.

domingo, 8 de agosto de 2010

O SÁBIO.


Olá!!!
Nunca fui um homem de meias palavras. Apesar de gostar muito de interagir com pessoas de forma um tanto subliminar, pois gosto de ser percebido em níveis diferentes da entonação e das palavras como conhecemos.
Mesmo assim quando preciso sou direto, claro e muito veemente.

Essa forma de se comunicar pode trazer alguns dissabores, uma vez que você interage colocando-se numa situação de expectativa direta quanto a receptividade do seu interlocutor. Ou seja, eu dependo da minha percepção a sensibilidade e da atenção integral do meu interlocutor, fato esse que inviabiliza algumas coisas que precisam ser ditas.

Algumas pessoas preferem medir e calcular as palavras e focam sua atenção no que dizem afim de não magoar seu interlocutor.
Outras tantas preferem fingir que ouvem, compreendem e até se sensibilizam com os fatos relatados em seus relacionamentos.

Por que eu vou criar problemas dizendo o que penso ou mesmo não dizendo se posso dizer algo que agrada e com isso ganhar pontos ou pelo menos não perde-los.
Às vezes apenas queremos descarregar nossas frustrações e o fazemos por meios das palavras ou pela ausência delas.

Indo ao encontro do tema deste post digo-lhes que um sábio (e todos nós somos, pelo menos em potencial) não mede às palavras, mede o sentimento!
Prestar a atenção em nossos sentimentos e emoções nos possibilita até chamar alguém de todos os palavrões que conhecemos e ainda sim sermos perfeitamente compreendidos e aceitos, em alguns casos até com glamour.

Quando consegue olhar, e mais que isso, sentir o que está sentindo de forma integral e plena, você sintoniza seu interlocutor, e esta sintonia lhe remete a um canal direto, e a comunicação se dá de forma perfeita, sem ruídos e interferências.

Nossa sensibilidade de perceber o outro aumenta na mesma medida em que aumenta a percepção de nós mesmos. Precisamos urgente trabalhar a nossa capacidade de perceber a nós mesmos e levar isso aos outros de forma natural e tranquila.

Em seus relacionamentos diários ou esporádicos procure sempre perceber o que sente. Se estiver aborrecido, raivoso, agoniado ou mesmo desorientado, não os evite, apenas foque de maneira contundente, com toda a força que tiver sua atenção no que está sentindo. Se assim o for, diga o que quiser e tudo correrá bem.

Não se prenda, procure ser um observador de si mesmo como se estivesse em uma platéia observando aqueles momentos difíceis e não faça julgamentos, pelo menos neste momento. Olhe, olhe e olhe... Sinta, sinta e sinta...

Você irá perceber que toda aquela energia represada se transformará em algo muito produtivo no ponto de vista da sua jornada neste mundo e os benefícios serão infinitos.
Dentre tantos eu colocaria como principal: Falar tudo, mas absolutamente tudo que pensa.

Num primeiro momento, há que se treinar de forma individual, um a um. Depois vai-se aumentando até se chegar a um sem números de pessoas, como por exemplo em palestras e workshops.
Abaixo cito um exemplo bem comum de como a maneira de dizer as coisas pode mesmo trocar todo o sentido.

Se você vasculhar, irá ver que a maneira de falar está intimamente relacionada com a atenção que damos aos nossos próprios sentimentos. Só conseguirei enxergar o próximo se enxergar antes a mim mesmo.
Só posso adaptar minha maneira de falar se perceber em níveis profundos tudo aquilo que sinto.

Certa vez um Sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. 
Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho. 
- Que desgraça, Senhor!, exclamou o sábio. - Cada dente caído representa a perda de um parente de Vossa Majestade! 
- Mas que insolente, gritou o Sultão. Como se atreve a dizer tal coisa?! 
Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas. Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho. 
O outro sábio chegou e disse: 
- Senhor, uma grande felicidade vos está reservada! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes! 
A fisionomia do Sultão se iluminou e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio.
Quando este saía do palácio um cortesão perguntou ao sábio: 
- Como é possível? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega. No entanto, ele levou chicotadas e você, moedas de ouro! 
- Lembre-se sempre... respondeu o sábio, TUDO DEPENDE DA MANEIRA DE DIZER AS COISAS... 
...E esse é um dos grandes desafios da Humanidade.
É daí que vem a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. 

A verdade deve ser dita sempre, não resta a menor dúvida, mas a forma como ela é dita é que faz a diferença.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ENCONTRE O ATALHO.


Olá! Quantas alegrias no dia de hoje!

Cada um vê o mundo a sua maneira. E é bom mesmo que seja assim, pois daí nasce a diversidade e por consequência a expansão em multi-facetas do universo. 

Quando me refiro a expansão não falo apenas de proporção e sim de variedade. É lógico que quanto mais variedade mais a proporção aumenta. Gosto muito da expansão quando ela se dá de forma variada, pois assim ela ganha uma penetrabilidade que gera infinitos matizes. 

Essa riqueza nos dá infinitas possibilidades de escolha e é através destas que iremos criar ou não os atalhos para nós mesmos e a tão almejada felicidade plena.

Entenda de uma vez por todas: O exercício da escolha nos espiritualiza e nos aproxima de quem somos, de tudo aquilo que viemos buscar aqui, que para cada um terá um significado diferente.

Tenho visto religiões, seitas, organizações e tantos outros grupos pregarem tanto a ausência do desejo como a renúncia do exercício da escolha. Nada lava mais o nosso cérebro do que esse tipo de coisa.

Precisamos aprender a fazer escolhas. E mais ainda, precisamos fazê-las. Não importa se serão certas ou erradas, não importa aonde nos levarão. Importa sim que as façamos e que consigamos perceber esse processo em nós e no mundo do lado de fora.

Quando você olha com cuidado para aquilo que quer ou faz nada desagradável acontecerá. Quando digo "com cuidado" não me refiro a medos ou receios, e sim carinho e atenção.

Não se trata de atirar-se em tudo pela frente, nem tampouco o consumismo, materialismo, nem ideias reacionárias ou bandeiras dessa ou daquela facção. Trata-se de liberdade. Não da liberdade política ou superficial. Mas da verdadeira liberdade, aquela que vem de dentro. Aquela que respeita o próximo mas não pede licença ou aprovação. Aquela que tem gosto de criança mas consciência plena de suas responsabilidades. Aquela que só vê alegria sem se perder em otimismos utópicos. Aquela cuja a expressão dos sentimentos se dá pela plena convicção de que este é o melhor caminho para encontrarmos o nosso meio termo.

A melhor saída para se achar é experimentar, escolher, desejar e viver tudo isso.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

É AGORA OU AGORA!



Saudações alegres!

Todas às opções e estilos de vida estão disponíveis a você neste exato momento!
Eu sei que essa afirmação normalmente não é bem aceita pela maioria, pois a crítica racional impede um vislumbre mais profundo. Não sou contra ao racional, ele tem sim muita importância naquilo que lhe cabe.

Mas se privilegiarmos o racional em todas as nossas análises, amarramos cordas bem fortes nos demais aspectos de nossa psique que fatalmente irão nos limitar.
Há que se confiar em nosso sistema interno e apostar firme em nossa desconhecida capacidade de realizar sonhos.

É preciso que se afie os olhos e se pratique intensamente a arte de olhar-se e olhar o mundo em que vivemos. Não devemos copiar ninguém, pois somos únicos, e assim sendo, devemos imprimir nosso toque pessoal em tudo que fizermos. 

Todavia, podemos olhar a experiência dos outros como forma de ampliar um pouco mais nossa limitada (por nós mesmos) capacidade de olhar-se.
Aprender com os outros não significa fechar-se tão somente nisso. É muito útil que na medida do possível, consigamos praticar a arte de aperfeiçoar, de recriar, de refinar o que está sendo aprendido.

Aliás, esses deveriam ser os principais tópicos abordados em escolas desde cedo. Entretanto, questionar tudo o tempo todo sem antes observar, pode se transformar em uma armadilha e um vício letal em nosso processo de crescimento interno.

O ímpeto de questionar é muito saudável, se feito com calma. Antes de intensificar os questionamentos é importante, como disse antes, afiar bem o seu olhar, tarefa que não irá se desenvolver se você permanecer questionando de forma descontrolada.

Questionar demais mata e não questionar também! Daí nascer a necessidade de achar o tal "caminho do meio"...

Todas essas tarefas deveriam fazer parte do nosso dia a dia assim como escovar os dentes e tomar banho. Entretanto, o desinteresse, fruto da descrença, preguiça e descaso na importância desse processo, dificulta o estabelecimento do que seria o caminho do meio em tudo isso. 

Não há regras, receitas e nem padrões a serem seguidos, pois trata-se da particularidade de cada um. Cada um deve achar esse meio usando, de forma combinada, o racional, o emocional e os atributos de nosso Ser interno, alma, espírito ou como quiser chamar.

Esse processo só irá se desenvolver diante do poder da vontade (decisão) consciente que se manifesta com uma forte exclamação: É AGORA! JÁ! NESTE EXATO MOMENTO! MANIFESTO! DECIDO! QUERO!

Obviamente vindos bem de dentro de nós.

Quando uma decisão dessa magnitude surge e a alegria também aparece como num movimento sincronizado, nossa bomba criacional é detonada!

Mas a alegria somente virá se esse desejo estiver em sintonia com quem realmente somos. Não basta só querer, tem que antes de tudo SER!

Então, a síntese, o grande lance é olhar-se e olhar o mundo. E olhar pra valer! de verdade! sem julgamentos e conclusões precipitadas. Certamente a conclusões virão, mas de forma natural, na sincronia de corpo, mente, emocional e alma.

Nem sempre às respostas que queremos vem da forma que pensamos que virão. Mas elas vem. Talvez em uma outra linguagem, numa nova forma de comunicação. Por isso reforço a importância de prestar à atenção a tudo que nos cerca e a como agimos e reagimos.

O seu momento é agora!!!

Se diz: "Quem sabe um dia"... "Amanhã"... "Talvez"... "Pode ser"... "Acho"... ou coisas do gênero rouba de si próprio todo o poder que lhe é concedido pelo o universo desde sempre.

A mente racional interfere, pois ela "não vê" a manifestação instantânea e por isso lhe impõe uma das maiores armadilhas que o homem vive. Como às pessoas preferem muito mais ter razão do que serem felizes, todo esse processo que explico aqui não vai adiante, e ainda causa uma grande tempestade dentro de nós, remetendo-nos a uma condição mais distante de tudo que queremos.

Mais uma vez repito: não existem grandes receitas ou técnicas que "devem" ser aprendidas por nós para que sejamos felizes! Quando alguns dizem: "Só sei que nada sei" ou "Quanto mais estudo mais aprendo que preciso estudar"... Revela a face antes oculta de tudo que digo aqui no blog.

Simplesmente porque você não precisa estudar e se encher de informações que na maioria das vezes não lhe serão úteis a não ser para mantê-lo nessa eterna busca de "conhecimento"...

INFORMAÇÃO DEMAIS ATRAPALHA!

Que nunca virá, porque não tem mesmo que vir. O máximo que fará será apenas um grande acúmulo de informações, como disse, que na maioria das vezes, nada lhe serve.
E como posso agir ou me comportar diante de tantas exigências da nossa sociedade moderna?
Ora, observe! Veja! Olhe! Escute! Contemple! Admire! Sinta! Compartilhe! Aprecie! Goze! (em todos os sentidos) e viva!

Se não for agora, quando será?!