domingo, 30 de dezembro de 2012

A PSICOLOGIA DO DINHEIRO, PROSPERIDADE E ABUNDÂNCIA





O que impede as pessoas de obterem sucesso financeiro e ter abundância nas suas vidas? A resposta é geralmente focada em torno da crença de que o sucesso financeiro não é uma possibilidade. Muitas pessoas criam várias barreiras que as impede de conseguir a abundância.

Se você tem crenças limitantes sobre dinheiro a nível inconsciente, será difícil alterar as limitações financeiras porque a sua mente inconsciente irá obstruir seus esforços para ter sucesso. Esse é o motivo pelo qual algumas pessoas acabam vivendo de contracheque a contracheque toda a vida – em algum nível elas não acreditam que são capazes de fazer melhor.

Ainda que exista uma intenção positiva por detrás das suas barreiras financeiras, muitas pessoas não identificam quais são estas intenções. Também existem aqueles que sabem qual é a intenção positiva em algum nível, mas mesmo assim ainda não sabem como ultrapassar esses obstáculos.

Muitas pessoas a nível consciente pensam que estão fazendo todo o possível para atingir seus objetivos. Entretanto, ainda existem algumas partes do inconsciente que não acreditam que elas possam obter sucesso. Quanto mais a pessoa evita esta parte inconsciente, mais obstáculos continuarão a aparecer no seu dia a dia. Esta é o modo da mente trabalhar.

Por exemplo, pense numa pessoa que você conhece e que lê todos os livros sobre ‘pense e fique rico’, comparece a seminários financeiros, faz afirmações diariamente e ainda tem problemas de dinheiro. Todas essas coisas que ele está fazendo são válidas, mas, muitas vezes, não chegam até o "âmago" do seu problema que normalmente envolve algum tipo de crença limitante.
As pessoas têm crenças muito diferentes sobre dinheiro.

Algumas das mais comuns são:

- Você precisa de dinheiro para ganhar dinheiro.

- Eu não tenho suficiente dinheiro para fazer planos.

- Estou muito velho, não sei o que fazer.

- Se eu invisto, com certeza o mercado vai cair.

- Finanças são muito complicadas.

Todas essas são crenças de causa–efeito, as quais realmente têm pouco a fazer para alcançar a abundância. Esse tipo de crença limita a pessoa porque ela está procurando por respostas fora dela, quando na realidade a chave para a prosperidade existe dentro dela mesmo.

Abundância não é o que a pessoa tem. É um estado da mente. Muitas pessoas que têm sucesso na vida no aspecto financeiro, freqüentemente têm crenças positivas sobre prosperidade e abundância. Quando a pessoa entende e se desloca do campo da causa e efeito para o da ideia do "O que é possível?" no seu mundo, ela se desloca para um nível totalmente diferente, que afinal das contas é mais gratificante porque ela está expandindo seus contextos mentais sobre o dinheiro.

Muitas pessoas, ao invés de se concentrarem no que é possível, perdem muito tempo pensando sobre o que elas não têm. Um padrão interessante se desenvolve no qual elas se tornam furiosas e ressentidas sobre a sua situação, o que cria mais limitações e barreiras nas suas vidas. É muito mais fácil prosperar na vida quando você vem de um estado sereno da mente versus um contexto furioso e ressentido. O primeiro passo para ajudar uma pessoa é explorar a natureza do seu problema.

Por exemplo, a pessoa pode ter tido pais que viveram na pobreza e por isso formaram uma mentalidade da "era da Depressão." Por essa razão, ela desenvolve uma crença inconsciente que sempre terá problemas financeiros porque foi isso que seus pais tiveram. Ou ela pode ter tido um pai que lhe disse repetidas vezes que eles nunca mais terão esse problema e, eventualmente, ela começa a acreditar.

É muito comum a criança formar inconscientemente crenças limitantes sobre o dinheiro desde a infância. Esses tipos de crença limitantes são apresentados como "imprints" na PNL. Um imprint é basicamente uma memória que é formada numa idade inicial, e pode servir como origem tanto para a crença limitante como para a crença fortalecedora que nós formamos quando crianças.

Algumas das crenças que nós podemos desenvolver na infância não são sempre saudáveis, e são criadas como um resultado de uma experiência traumática ou confusa que nós esquecemos. A maneira como nós, consciente ou inconscientemente, vemos o mundo em termos de dinheiro é geralmente baseada em tais crenças.

Identificar as nossas crenças limitantes é o primeiro passo. Uma vez tenhamos identificado o que algumas destas crenças/imprints encobrem, você pode usar diferentes técnicas da PNL para mudar completamente estes obstáculos, permitindo assim que você veja e experimente todas as oportunidades financeiras que, normalmente, estão a sua disposição.

Crenças sobre as possibilidades

A principal diferença psicológica entre aqueles que se saem bem financeiramente e aqueles que não conseguem, gira em torno das crenças sobre possibilidades. Por exemplo, muitas pessoas nem enxergam o sucesso financeiro como uma opção. Elas não têm a capacidade de explorar todas as possibilidades que estão a sua disposição para alcançar a abundância.

Muitas vezes elas ficam presas na rotina do dia a dia e não têm vontade para assumir riscos ou tentar algo diferente porque têm medo de acabar pior do que está. O que essas pessoas não se dão conta é que é comum ter que dar um passo para trás para poder avançar.
Muitos milionários que quebraram em algum momento das suas vidas, conseguem depois, num curto período, virar completamente para melhor a sua situação financeira. Além disso, eles fazem isso acreditando que o seu novo negócio vai crescer de tal forma que logo estarão ganhando um belo salário além de um considerável lucro.

Nem todo mundo precisa assumir riscos ou dar um passo para trás para conseguir avançar, porém é importante você conscientemente explorar a ideia do que é possível para você. Para adotar essa ideia, primeiro você deve ter a habilidade para mudar a sua rotina diária fazendo alguma coisa diferente. Isso inclui aprender a enxergar o mundo através dos olhos da prosperidade e da abundância, ao invés da carência e da pobreza.

Tente isso por um momento:
Pense sobre alguma coisa que você quer e sobre todas as possibilidades que você tem para alcançá-la. Pergunte a você "Isso é possível?"
Agora tente algo diferente.
Pense sobre alguma coisa que você não tem, mas que gostaria de ter. Pense sobre por que você não a tem e como você tem vontade de ter isso.
Observe qual delas o faz sentir melhor.
Espero que a primeira afirmação feita tenha feito você se sentir melhor porque ela foi planejada para expandir os contextos inconscientes e conscientes em torno da prosperidade e da abundância. É surpreendente o que pode acontecer a uma pessoa uma vez que tenha mudado a sua atitude e crenças sobre as possibilidades. A pessoa começa a ver resultados quase instantaneamente. As mudanças a princípio podem ser pequenas, mas enquanto ela continuar a adotar a sua nova maneira de pensar, um mundo mágico se torna acessível para ela.
Por exemplo, muitos anos atrás um número de vietnamitas "que moravam em barcos" imigrou para os Estados Unidos. Muitos americanos ficaram preocupados sobre o impacto que isso poderia criar no serviço de saúde e nos outros serviços do governo como resultado da entrada dessas pessoas no país. Foi muito interessante pois muitos dos vietnamitas que iniciaram seus próprios negócios, se deram extremamente bem. Por que isto ocorreu?
Uma resposta óbvia pode ser porque os vietnamitas vieram de um país onde se você diz a coisa errada, você pode ser morto. Então eles vieram para os Estados Unidos onde a pior coisa que poderia acontecer era alguém telefonar e reclamar de uma conta que não tinha sido paga.

Se você vem de um mundo onde a morte é uma realidade de instante a instante para um lugar onde as opções são intermináveis, então não há razão para não tentar tudo. Ao invés de ficarem tristes por terem de abandonar seu país, eles estavam agradecidos por estarem vivos. Ao invés de ficarem de mau humor e com pena deles mesmos, muitos adotaram uma atitude criativa que girava em torno da pergunta "O que é possível?"

Quando eles chegaram aqui, moravam duas ou três famílias vietnamitas num lugar exíguo. Eles saíam e conseguiam trabalho ganhando salário mínimo e reuniam todo o dinheiro que ganhavam. Quando conseguiam juntar dinheiro suficiente, compravam um negócio e toda a família trabalhava junto. Quando o negócio começava a ter sucesso, eles compravam um imóvel. Depois compravam outro, e assim iam.

Para esses vietnamitas, sucesso foi uma afirmação do que é possível, porque tudo era possível para eles. Eles estavam dispostos a sofrer por um tempo para atingir o objetivo de longo prazo de abundância e prosperidade. Era simplesmente uma questão do nível de prioridade e de como eles categorizavam as diferentes possibilidades. As pessoas podem fazer qualquer coisa que elas querem. A pergunta é: o que elas estão dispostas a fazer para conseguir realizar o seu objetivo?

Paciência é uma virtude

É muito comum para a maioria das pessoas na Alemanha poupar dinheiro para pagar a vista uma compra que querem fazer. Na Alemanha, a única dívida que muitos têm é a hipoteca de suas casas e o que devem da compra do carro. Em outros países é comum a pessoa abusar dos cartões de crédito e ficar com grandes dívidas além do tradicional casa e carro.
Muitos alemães ficam felizes ao pouparem para algo especial, porque aguardam com interesse a recompensa que terão ao obterem o que querem. E tão logo a obtenham, começam imediatamente a poupar para o seu próximo item ou para uma viagem de férias.

É interessante como os alemães têm essa habilidade de postergar a gratificação instantânea que um débito no cartão pode trazer. É com expectativa e excitamento que aguardam o dia em que terão o que querem. Eles não se lamentam nem por um minuto de que são obrigados a deixar de lado o dinheiro para alcançar a sua próxima meta. Ao contrário, eles se concentram em como são agradecidos pelo que têm, e aguardam com paciência para conseguir o que querem.

A capacidade para postergar a gratificação é uma habilidade de mestre, um triunfo do cérebro racional sobre o impulsivo, de acordo com Daniel Goleman que escreveu o livro Inteligência Emocional. O autor conclui que as pessoas, que são capazes de exercitar a paciência ao postergar a gratificação, estão mais propensas a ter sucesso na vida.

Goleman documenta um estudo que foi realizado nos anos 60 no qual um pesquisador convida crianças para uma sala comum, uma a uma, e dá a cada uma um marshmallow. "Você pode ter esse marshmallow agora," diz ele, "mas se você esperar um pouco enquanto eu saio por um momento, quando eu voltar eu trago outro marshmallow." E depois disso ele sai.

Aparentemente, algumas crianças pegam imediatamente o marshmallow e outras esperam alguns minutos antes de caírem em tentação. Mas outras estão determinadas a esperar. Elas fecham os olhos, cantam, abaixam a cabeça, jogam algum jogo ou mesmo adormecem. Fazem qualquer coisa para resistir. Quando o pesquisador retorna, ele dá o segundo marshmallow que elas ganharam.
Uma pesquisa com os pais das crianças e com os professores descobriu que aquelas que, com quatro anos de idade, tiveram a capacidade de resistir esperando pelo segundo marshmallow, geralmente crescem sendo mais ajustadas, mais populares, intrépidas, confiantes e adolescentes mais seguros.

De acordo com Goleman, é conclusiva a evidência de que a paciência parece desempenhar o papel principal no sucesso de muita gente. A capacidade de resistir ao impulso pode ser desenvolvida através da prática.

Quando você se deparar com uma tentação imediata, como gastar dinheiro com algo que você realmente não precisa, lembre-se das suas metas financeiras de longo prazo. Resignifique a sua atual situação financeira ao perceber que você está poupando realmente para um futuro abundante.

Se as pessoas estiveram dispostas a sofrer um pouco por gastar menos porque poderão investir essas economias mais tarde, então elas estão no caminho certo para atingir a prosperidade.

Abundância é um estado da mente

Muitas vezes as pessoas confundem quem são com quanto dinheiro ganham. Quer alguém ganhe um milhão de dólares por ano ou apenas quinze mil, cada um ainda tem capacidade de atingir um certo grau de abundância na sua vida.
Por exemplo, quando os nazistas ocuparam a Alemanha, existiam pessoas muito ricas na sociedade que tiveram suas vidas dilaceradas e que terminaram nos campos de concentração. Viktor E. Frankle e Anne Frank estavam numa situação de extrema pobreza, mas ainda assim tiveram uma vida abundante.
Viktor E. Frankle, no livro "Man’s in Search for Meaning", diz que uma coisa que a pessoa tem e que nunca pode lhe ser roubada é a sua atitude.

"Nós que vivemos nos campos de concentração podemos nos lembrar dos homens que caminhavam pelos barracões confortando os outros, dando-lhes o seu último pedaço de pão. Eles podiam ser poucos em quantidade, mas ofereciam prova suficiente de que tudo pode ser retirado de um homem, menos uma coisa: a sua última liberdade. Escolher a sua própria atitude em qualquer situação, é escolher o seu próprio caminho."

Frankle, que era psicólogo, adotou uma atitude criativa que o ajudou a sobreviver ao pesadelo de um campo de concentração. Ele foi capaz de manifestar abundância interna exercendo seu direito de assim o fazer. Quando saiu, essa mesma atitude o conduziu para um caminho onde alcançou e viveu uma vida próspera.

Prosperidade, abundância e autovalor

Quando se pensa sobre prosperidade, é útil entender que é um recurso que flui através de nós. Nós somos um canal para a abundância. Logo que entendermos isso, começamos a identificar o fato de que somos nós mesmos que escolhemos como canalizar esse recurso. Viktor Frankle fez essa distinção no campo de concentração. Ele foi despojado de cada uma das suas possessões materiais, inclusive os sapatos. A única coisa que lhe restou, foi sua habilidade em acreditar em si mesmo e a abraçar a ideia que ele ainda era uma pessoa de bem, apesar do fato de terem lhe tirado tudo.

Isso é uma distinção importante a fazer, porque então ter dinheiro não é mais uma questão de autovalor. Dinheiro não determina quem você é; simplesmente é um recurso. Ter um forte juízo interno de si mesmo é que é verdadeiramente importante. Dinheiro é meramente um elemento externo. Assim que as pessoas param de comparar o seu autovalor com o dinheiro, as portas das possibilidades se abrem porque elas estão propensas a tentar outras coisas. Ao se sentirem bem com elas mesmas, elas ficam menos medrosas e estão abertas para tentar algo completamente diferente.

É só uma questão de dizer para si mesmo, "Aqui está o resultado que eu quero e existem diversas maneiras de alcançá-lo. Várias possibilidades. Se alguma não funcionar, então eu vou tentar uma outra."
E se a próxima não funcionar, é simplesmente um feedback que você precisa para tentar alguma outra coisa. Isso não significa que você é um fracassado ou uma pessoa desagradável. Simplesmente significa que existe algo lá fora que eventualmente funcionará e que este algo está fora de você. Você internamente ainda é a mesma pessoa.

Medir o autovalor de alguém somente pela quantidade de dinheiro que essa pessoa tem pode ser devastador. Por exemplo, esteve aqui uma mulher que tinha 17 milhões de dólares colocados em um "trust fund" pelos seus pais. Este fundo rendia pelo menos 800 mil dólares ao ano e duraria toda a sua vida. Essa pessoa encontrou sua identidade e seu autovalor no estilo de vida que levava e pela quantia que possuía. Por exemplo, certa vez ao sair para compras, ela gastou 18 mil dólares na seção de lingeries duma loja de departamentos.

A maior parte das ações que ela tomava quando se tratava de gastar grandes quantias de dinheiro eram resultado da comparação que ela fazia com sua irmã. A irmã estava na mesma situação; também tinha um "trust fund" que rendia muito. Entretanto, sua irmã nunca olhou para o dinheiro como um aspecto da sua identidade. Ela nunca determinou seu autovalor pela quantia que possuía.
Para ela, todo esse dinheiro significava que ela possuía algo para recorrer se lhe acontecesse um problema no futuro. Ela se casou e iniciou diversos negócios com seu marido. Foram extremamente bem sucedidos por seus próprios méritos e, depois de alguns anos, os rendimentos do "trust fund" dela se tornaram relativamente pequenos se comparados com os lucros gerados pelos negócios que eles tinham desenvolvido.

É interessante, pois a mulher que baseou a sua identidade e autovalor nos seus recursos financeiros, gastava grandes quantias de dinheiro para não ficar atrás da sua irmã. No fim ela quebrou. Esse é um exemplo extremo de alguém que mede o seu autovalor pela quantidade de dinheiro que tem.

A situação desta mulher se tornou mais complicada quando ela começou a se comparar com a irmã, o que também é uma afirmação sobre o seu autovalor. É comum uma pessoa comparar seu status financeiro com o de alguém e, lamentavelmente, essa é a origem de muitas angústias emocionais que as pessoas carregam. As pessoas têm a tendência de se compararem com os amigos, os colegas de trabalho, outros membros da família e muitos outros.

Quando as pessoas se comparam com alguém, o que estão fazendo é realmente um julgamento entre elas e a outra pessoa. Em algum nível, elas estão baseando sua identidade e autovalor em elementos externos.
Quando alguém decide se comparar e se julgar com menos freqüência, vai começar a notar mudanças surpreendentes na sua vida porque ele estará vendo a vida olhando de dentro para fora. Ele estará internamente referenciado, o que irá aumentar seu autovalor e sua identidade porque ele estará determinando quem ele é a partir do seu próprio coração. Ele não dará mais às outras pessoas a oportunidade de determinar quem ele é, porque ele já se conhecerá a um nível mais profundo e espiritual.

Quando uma pessoa se compara com outra, existe uma intenção positiva por trás do seu comportamento, mesmo que o comportamento possa aparentar ter menos recursos. Quando ela começa a entender estas intenções positivas e, muitas vezes, elas giram em torno do autovalor e da identidade, ela começará a curar a ferida inconsciente que está impedindo-a de alcançar a prosperidade e a abundância. De novo, é aí onde as crenças limitantes e os imprints entram em jogo.

A identidade de uma pessoa não é algo que acontece de repente como por encanto. É algo que a pessoa constrói com o tempo. Ela tem uma experiência e interpreta essa experiência no seu cérebro. Toma esta experiência, dá a ela algum nível de critério e a armazena. E em algum nível, ela diz "Eu me baseio nessa experiência". Ela tem outras experiências, empilhando uma em cima da outra. Muitas pessoas tendem a selecionar as negativas e descartar as positivas. Durante um tempo, a pessoa começa, de propósito, a empilhar numa direção e descarta tudo o mais. Nós somos as criaturas do descarte. A intenção positiva que está por trás da escolha pelo negativo é proteger a pessoa de ter novamente outra experiência negativa.

No fim, a pessoa também esquece de escolher o positivo. Ela necessita aprender a absorver todas as suas experiências positivas para manter o balanço. Quando uma pessoa traz para dentro de si todos os elementos positivos de uma experiência e remove as partes negativas, ela começa a perceber que a informação negativa não é sobre ela. Isso torna mais fácil aferrar-se a todos os aspectos positivos de uma situação, e integrá-los enquanto se livra do negativo.

Se livrar dos aspectos negativos de uma situação, enquanto integra os positivos, com o passar do tempo irá mudar de maneira dramática a situação financeira de uma pessoa porque ela começa a desenvolver um sentimento mais profundo do autovalor. Em vez de basear seu autovalor nos elementos externos de um contracheque, ela desenvolve um forte sentimento de autovalor que lhe dá coragem para tentar novas coisas e assim expandir suas oportunidades.

Por exemplo, conheci um zelador que ganhava por volta de $1.800 dólares por mês. Depois de trabalhar algumas de suas crenças com a PNL e também de algum planejamento financeiro, ele decidiu começar seu próprio negócio. Começou economizando dinheiro e comprou todas os materiais de que precisava. Conseguiu um contrato de limpeza perto do seu trabalho e contratou alguém para cumprir o contrato. Depois conseguiu outro e contratou mais um para ajudá-lo. Depois de um tempo, ele decidiu sair do seu emprego e começar sua própria empresa de limpeza. Ele, no fim, percebeu um tremendo aumento na sua remuneração mensal e uma sensação de liberdade que nunca havia experimentado antes.

Ele ainda fazia o trabalho de zelador. O que havia mudado era o seu autovalor. Ao invés de pensar "Oh, eu sou apenas um zelador, não posso fazer mais nada; não sou bastante esperto," ele começou a pensar "O que é possível?" Todo mundo necessita alguém que venha e faça a limpeza. As casas e as escolas precisam. Eles estão me contratando para fazer isso, então por que eu não passo para o outro lado da cerca e começo o meu próprio negócio.

É assim que você explora as possibilidades. Começa com um sonho. Depois é uma questão de transformar este sonho em realidade. Quando uma pessoa começa a aceitar o seu próprio autovalor e se abre para a ideia de que é possível, ele atrai a abundância e a prosperidade para a sua vida. O mundo exterior é um reflexo do nosso mundo interior. Se alguém, no seu íntimo, está se sentindo bem, isso geralmente se reflete na sua aparência, e ele vai atrair experiências positivas para sua vida. É deste modo que a vida funciona.

ASSUMA O CONTROLE DAS SUAS CRENÇAS INCONSCIENTES




Quanto dinheiro é o suficiente?

Essa é uma pergunta que muitos já se fizeram.
Entretanto, antes que você possa realmente respondê-la, tem que primeiro acrescentar algumas palavras à pergunta em si, para elucidar "o suficiente para quê?"

Tente a seguinte redação, e veja se ela funciona para você: "Quanto dinheiro é suficiente para me sustentar no estilo de vida que eu gostaria de viver e me sentir da maneira que gostaria de me sentir sobre mim mesmo?" Assim a pergunta fica mais fácil de responder?

A questão não é de modo nenhum só sobre dinheiro, mas sobre as suas metas, desejos e sonhos. Se você não tem dinheiro suficiente para satisfazer suas metas, desejos e sonhos, algo está impedindo você de tê-lo.
O campo da Programação Neurolinguística, também conhecido como PNL, ensina técnicas para se fazer perguntas simples e poderosas. Pergunte a si mesmo: "Se eu não tenho dinheiro suficiente, o que me paralisa?" Essa pergunta pode provocar uma avalanche de medos, dúvidas, emoções e conflitos.

Aqui estão alguns dos medos que são comuns sobre dinheiro e riqueza: "Eu não tenho dinheiro suficiente porque secretamente receio que eu não mereça." "Eu não tenho dinheiro suficiente porque tenho medo de tentar e fracassar." "Eu tenho medo de como isso irá mudar a minha personalidade." "Se eu ficar rico, meus amigos não vão gostar mais de mim." "Riqueza é imoral porque riqueza para um significa pobreza para outro." De acordo com os especialistas em PNL. 

Essas e muitas outras afirmações negativas podem ser classificadas como "crenças limitantes". Se você tem uma crença limitante como uma das mencionadas acima, mesmo num nível profundamente inconsciente, ela pode estar impedindo que você alcance a prosperidade e o sucesso com o qual você sonha. 

Através de anos de estudo, prática e colaboração, se desenvolveu um processo chamado de Mudança de Crença, para ajudar as pessoas a descobrir, e depois superar, as crenças limitantes que afetam suas vidas. Ao seguir esse processo, os participantes são capazes de procurar dentro de suas próprias mentes e descobrir as crenças limitantes, muitas vezes mantidas fora da consciência, que as impedem de obter o que elas querem na vida. Em seguida, eles serão capazes de remover as crenças limitantes e substituí-las por crenças novas e fortalecedoras.

Imagine por um momento que você vai acordar amanhã pensando em algo como: "Eu gostaria de mais prosperidade. Se eu tiver dinheiro em abundância, vou usá-lo com mais sabedoria para me beneficiar e a outros. Eu sou uma boa pessoa e mereço o sucesso financeiro. Eu posso fazer isso acontecer. Eu posso continuar a aprender enquanto eu prossigo. Se eu tentar algo e não funcionar, eu posso aprender com isso e continuar a fazer melhor. Eu vou aproveitar os desafios do dia a dia enquanto me esforço para alcançar a minha meta."
Uma pessoa com crenças como essas é impossível de ser parada, você não concorda? Esta pessoa pode ser você?

Imagine como a sua vida pode mudar se você tiver crenças tão poderosas como essas.
De imediato, você começaria a perceber coisas aqui e ali que sustentam a sua crença. Você pode se descobrir mudando a linguagem dos seus pensamentos. Talvez você descubra que não está mais usando o termo "eu não posso." Ao invés disso, está dizendo "eu gostaria de saber se eu posso," e depois essa frase evolui de novo para "eu quero saber como eu posso".

Porque você acredita que pode alcançar a sua meta – mesmo se não sabe como – pode começar a prestar atenção nas informações que o mundo ao seu redor lhe fornece e que apoiam a sua intenção. Você pode se descobrir ouvindo com novo interesse a pessoas que antes você não percebia, e sendo atraído para grupos ou atividades alinhadas com suas metas. Ao mesmo tempo, pode estar menos atraído por atividades que o tiram do seu caminho ou que causam procrastinação. Todas essas mudanças o movem em direção a alcançar sua meta.

Mas existe um truque, e é um dos grandes. Você não irá desenvolver crenças fortalecedoras como essas apenas decidindo que você quer.
A decisão consciente sobre o que você quer acreditar não é suficiente. Para que uma crença realmente sirva para você, ela tem que ser algo que soe verdadeiro em qualquer nível, consciente ou inconsciente, até a medula.
Infelizmente, a mente humana é surpreendentemente capaz de se confundir e sabotar o seu próprio bem mais elevado. Pensamentos e ideias embutidas na nossa mente subconsciente, muitas vezes vindas da mais precoce infância, podem interferir com nossos desejos conscientes. Se nós tentarmos colar uma cara feliz em cima de um sentimento de medo ou de desamparo no fundo do coração, isso pode criar um conflito interior inteiramente novo e, na realidade, tornar a questão pior.

Suponha que quando você era uma criança pequena, ouviu seus pais falando e dizendo coisas como: "Pessoas ricas não vão para o céu" ou censuraram seu mau comportamento e disseram que você não merecia ser recompensado. Esta crença está entranhada no seu senso de si mesmo, e você não vai se livrar dela ignorando-a.

Autoestima é um assunto muito comum em crenças sobre dinheiro. Outra crença comum é aquela que pessoas ricas não são boas, então se você ficar rico, irá se transformar em alguém que realmente não quer ser. Para algumas pessoas é uma questão de traição familiar: se meus pais e meus avôs eram pobres, ao ficar rico estou rejeitando minha própria família.
Crenças como essas se escondem profundamente em nossas mentes, onde tendemos a não trazê-las à luz. Enquanto não forem expressas em voz alta, nem articuladas conscientemente, elas não podem ser confrontadas nem mudadas.

É fácil de ver como uma crença limitante, corroendo sempre num nível inconsciente, pode interferir na capacidade de um individuo assumir um desafio de como criar riqueza.

O processo de Mudança de Crenças é uma série de etapas: 

Primeiro, nós expomos a crença limitante a fim de que ela seja expressa explicitamente. Depois, nós desmontamos a crença de um modo tal que é praticamente impossível para ela se reconstruir. Finalmente, nós a substituímos por uma nova crença fortalecedora. A nova crença será gerada pela própria pessoa, de modo que ela se ajuste completa e naturalmente com a visão de mundo e valores desta pessoa.
Em muitos casos, as etapas podem ser efetuadas rapidamente. Uma sessão feita de forma estruturada resolve.

O que significa desmontar uma crença? Em termos gerais, isso significa acrescentar uma nova informação ou evidência, de um modo que não é mais possível continuar a ter a crença velha. Como exemplo, considere uma pessoa que acredita que o único caminho para permanecer fiel à herança de pobreza e esforço da sua família é permanecer pobre e se esforçando. Quando a crença escondida é exposta, é possível notar que todos aqueles sacrificados e esforçados membros da família fizeram o que fizeram porque queriam dar de presente uma vida mais confortável aos seus filhos e netos. É possível dizer que ficar rico não desonra a memória deles, mas cumpre a missão deles; de fato, permanecer pobre seria uma coisa desonrosa. Também é possível dizer que a herança de família se refere ao futuro bem como ao passado, e perguntar ao participante o que ele quer para seus filhos e netos. Qual ideia funciona, irá sempre depender do indivíduo específico – mas você pode imaginar como alguns indivíduos podem reagir a estas ideias ao mudar imediatamente as suas crenças sobre riqueza. Os novos insights podem tornar literalmente impossível a volta para a velha crença.

Que tal as crenças fortalecedoras? Quais são as características de uma dessas crenças? Para responder essa pergunta, tendo estudado a estrutura das crenças que conduzem para os resultados bem-sucedidos na vida, aprendemos que certos elementos chaves devem estar presentes para guiar o comportamento na direção desejada.
Três elementos devem estar presentes – declarados ou implícitos – numa crença bem formulada sobre riqueza ou sucesso.

Estes elementos são:

1. Ela é possível.

2. Eu sou capaz.

3. Eu mereço.

"Ela é possível" - Em uma crença fortalecedora, está assumido que, dentro do mundo, ela é possível para a realização da sua meta. Pode alguém fazer o que você quer fazer? Alguém já fez isto? Se duvidar disso, pode procurar evidências entre os seus conhecidos ou ler biografias de pessoas que realizaram essa meta.

"Eu sou capaz" - Uma crença fortalecedora sugere que você tem capacidades e pode usá-las. No inicio de uma nova aventura você pode não saber o que irá ser exigido que você faça. Pode não saber se será capaz de fazer tudo. Uma crença bem formulada pode conter a ideia que se você não pode fazer algo hoje, pode aprender amanhã, ou conseguir ajuda, ou achar outra maneira de fazer isso. Tal crença irá ajudá-lo a encarar o desafio com confiança.

"Eu mereço isso"-  Você acredita que merece? Se tiver dúvidas sobre a sua autoestima, o processo de mudança de crenças pode ajudá-lo a esclarecê-las e também permite que você encontre dentro de si mesmo um novo nível de afirmação do seu valor para você mesmo e os outros.

Além de conter esses três elementos, uma crença fortalecedora deve ser uma que pareça, soe e seja considerada correta para você e unicamente você. Ela deve ser expressa num vocabulário que combine com você. Ela deve ser alinhada com suas outras crenças e valores e com o resultado que você deseja. Isso é especialmente importante em assuntos relacionados ao dinheiro, já que é muito comum haver conflitos ou sensibilidades. A crença também deve lhe proporcionar um senso de motivação.

Enquanto você passa pelo processo Mente Rica para desenvolver essa crença, somente você pode julgar se a afirmação que está construindo está mesmo correta ou se necessita mais refinamento. A função do guia é conduzir e ajudá-lo.
Ao final desse processo, você irá descobrir uma conexão mais forte com as metas que já estão no seu coração e um novo vigor e entusiasmo para alcançá-las. É isto que nós queremos para você. O nosso próprio objetivo é usar as nossas habilidades e o nosso conhecimento de PNL para liberar o potencial humano. Prosperidade é parte desta liberação.

Hoje as pessoas estão ansiosas para viver suas vidas com mais autenticidade, mais fortalecidas. 
Nós não estamos mais dispostos a aceitar relacionamentos insatisfatórios, corpos sem saúde ou experiências desagradáveis. Ao contrario, nós desejamos vidas no mais alto nível de satisfação. Para este fim, está ao nosso alcance, desfazer as influências de crenças e de hábitos velhos ao criar novas crenças que conduzam a felicidade, prosperidade e saúde.

domingo, 14 de outubro de 2012

A POLARIZAÇÃO.




Polaridades. Opostos. Positivo e negativo. Yin e Yang. Pratos de uma balança. Lei do Pêndulo. Dualidade. 
Temas já muito tratados aqui no blog. Agora iremos aprofundar. 
Nossa vida aqui neste planeta e nesta dimensão depende muito, ainda que em caráter provisório, da questão do equilíbrio dos opostos. Vivemos dentro e para a polaridade. Somos como um pêndulo que oscila no ritmo de cada um.

Esta oscilação movimenta a energia, dá vida e a sustenta dentro das características inerentes a esta dimensão. Ela não pode ser ignorada e nem tampouco sobrepujada com qualquer artifício. Aliás, até pode, mas somente através do desequilíbrio. Esse padrão quântico deve ser muito bem conhecido, apreciado, estudado e compreendido.

A regra básica é: Você e tudo que lhe compõe só funciona baseado em dois pólos, como as tomadas a que ligamos os eletrodomésticos de casa.
Esses dois pólos, por assim dizer, devem estar em equilíbrio, fornecendo os dois a mesma base energética de recepção e transmissão. Ou seja, devem possuir a mesma capacidade de dar e receber energia para que esta circule e promova todos os movimentos necessários a vida.

Chamaremos então, apenas por uma simples questão de organização e para que possa entender melhor, o pólo positivo de "bem" e o negativo de "mal".
Sendo assim, o "bem" e o "mal" devem coexistir, pois a ausência tanto de um quanto do outro, assim como o seu enfraquecimento, causa transtornos, desequilíbrios e mal funcionamento da vida em várias escalas, desde a mais pessoal até a mais coletiva.

O que nos impede de fazer uma avaliação isenta desta questão é o fato de termos sido educados e portanto criado a fortíssima crença de que um deve "vencer" o outro. A eterna luta do "bem" contra o "mal" que acentua mais ainda a divisão e a fragmentação do mundo que vivemos e por conseguinte o seu enfraquecimento como entidade única.

Aliás, me parece - sem querer estimular teorias conspiratórias, que ao meu ver são muito mais perturbadoras em teoria do que talvez fossem na prática - que a crença coletiva na separação e a ideia de que o "bem" vive muito bem sem o "mal" são a grande farsa da humanidade.
Este conceito, que pode a princípio chocar, deve ser analisado com calma, ou então refutado de vez se não lhe cabe neste momento. Cada um tem o seu momento.

Para as pessoas que conhecem e/ou trabalham com eletricidade ou eletrônica fica mais fácil entender e aceitar esta ideia, uma vez que a base desta ciência é toda voltada ao princípio da polaridade e suas interações. Ou seja, a luz da sua casa e todos os aparelhos somente funcionam porque existem dois pólos, duas vias, a dualidade.
Não haveria a resistência natural, devido principalmente ao medo incutido, de aceitar e fazer um paralelo do elétron (negativo) com o mal e do próton (positivo) com o bem.

O mal, por si só não é ruim e o bem, também por si só, não é totalmente bom. Há uma relatividade muito forte, que vai determinar o tom, a graduação, dentro do movimento de carga, qual o peso da energia naquele contexto, que por mais pesada que seja, NUNCA poderá ser considerada como uma coisa absoluta.

Sabemos muito bem que todo o excesso é prejudicial. Dessa forma tanto o excesso de "bem" quanto de "mal" desequilibram, fazem funcionar mal e/ou chegam por fim, a paralisar totalmente o funcionamento.
Dependemos do "bem" e do "mal". Os dois são indispensáveis a vida e a sua inteira harmonia.

Esse equilíbrio energético não necessariamente se dá, por exemplo, no caso da pessoa, tornando-a bipolar. Não se trata de ser um assassino a noite e um papai noel de dia, e aí tudo certo. 
A síntese está em ter e considerar a raiva, o medo, a ira, o desprezo, assim como a boa vontade, a alegria, a coragem a atenção numa dose que seja sentida por você como uma dose equilibrada, mas que nada tem a ver com a dose dos outros.

Esse ponto de equilíbrio é relativo, mas ele pode também e com muito cuidado ser avaliado por terceiros.
Rir e chorar sempre, mas não o tempo todo. A verdadeira alegria não necessariamente é expressada em gritos ou estardalhaços. Eu posso estar extremamente alegre sem dar um só riso ou muito triste sem chorar, sem que com isso eu esteja reprimindo algo.

Muitas vezes precisaremos gritar, gargalhar, chorar intensamente, não porque a energia lhe exija isso e sim - muito comum - pelo fato de termos muito disso acumulado, por vezes, anos a fio. O acumulo, devido a repressão, é que provoca rompantes. A alegria, a tristeza serena, fruto do momento, se expressam com uma certa leveza e muitas vezes dentro de um absoluto silêncio, sem que isso seja também uma regra, pois como digo sempre, cada um é cada um.

A questão é: se está barrigudo, ou com outros tipos de deformações no corpo, está em desequilíbrio devido ao excesso de polarização, ou seja: está armazenando mais uma determinada polaridade de emoção em detrimento de outras que não a permitiriam ficar ali presa. 
Se é só raiva, raiva e raiva, seu corpo vai polarizando dessa maneira e começa então haver um acumulo que se torna visível no físico.

Seu corpo armazena tudo que você é, e lhe informa disso constantemente. Estas emoções estão reprimidas e guardadas nesta parte do corpo e podem emergir a qualquer momento em situações que muitas vezes nada tem a ver com aquela emoção, e de forma exagerada.
Seu corpo suporta até um determinado nível. Depois daí surgem as dores, formigamentos, inchaços e por fim a doença em si.

Por outro lado não adianta ir lá e tentar descarregar tudo, seja gritando, batendo, fazendo atividades físicas, porque essa descarga ocorrerá de forma gradual, uma vez que o acumulo, geralmente vem de longa data.
Se fossemos lá e dessemos um belo, demorado e bom grito e a energia se dissipasse instantâneamente, como às vezes parece acontecer, o órgão deformado voltaria ao seu estado natural instantâneamente, coisa que não seria adequada, uma vez que precisamos armazenar energia até por uma questão de sobrevivência. E se as coisas funcionassem assim, ficaríamos em outras situações, muito vulneráveis.

Seu corpo tem uma espécie de "banco de memória", que serve para armazenar de forma equilibrada assim como também com excessos.
Esse armazenamento natural faz parte da arquitetura dele. Somente o excesso de polarização deforma, provocando com o tempo retenções que atrapalham e paralisam o bom funcionamento.

Seu corpo é perfeito. Uma máquina fantástica e muto bem projetada. 
Mas ela depende que as energias que circulam possam circular com a correta polaridade. Ou seja: o "bem" e o "mal" devem estar presentes de forma IGUAL, EQUIVALENTE, se não inicia-se um processo de acumulo e retenção que o prejudicam bastante. 

Assim também é para tudo na vida. Há que se observar.

sábado, 29 de setembro de 2012

O EFEITO JITTER.

                                                                          figura 1


                                                                        figura 2


Vamos agora tratar da questão das crenças e de todos os agregados energéticos que compõe o ser humano sob o ponto de vista da eletrônica. Esta explica muito bem como funciona em nossa psiquê e em nosso corpo físico, a questão dos ruídos, das distorções que tanto atrapalham um modo de vida mais em sintonia com quem somos.

Procurarei ser o mais simples e didático possível e lhe peço que qualquer dúvida me escreva perguntando. Ordens do chefe. Apesar da extensão do artigo, será simples entender, se tiver um genuíno interesse em fazer as associações e traçar paralelos em sua própria vida. E com isso, aumentar a percepção para tudo aquilo que de um jeito ou de outro te incomoda.

O "jitter" é uma espécie de ruído ou interferência. Esta palavra do inglês significa basicamente "agito". Este "agito" pode ser comparado não só ao nosso agito aqui como pessoas, mas sim ao nível de consciência enquanto me movimento, nas mais diversas experiências. De maneira mais simples ele se dá pelo movimento da onda e as suas interações com o meio por onde passa. Tal como está na figura 1. Todo movimento gera repercussões e interações. Tanto consigo mesmo, como com os meios ou os ambientes pelos quais ele passa.

Um bom exemplo é quando enfia a mão numa água parada. Dependendo do "agito", do frenesi deste movimento a água entorno forma ondas cada vez maiores ou menores. Já vi pessoas colocarem a mão na água com velocidade e não produzir quaisquer ondas. A harmonia do movimento - sem "jitters" - era tanta que não perturbou a quietude da água.
Lembrando que a desarmonia também é importante porque desloca e cutuca a consciência numa amplitude maior e nos faz perceber o que nunca antes foi percebido.

Nada a ver com a ideia de que precisa passar por isso ou por aquilo para ter méritos e conseguir algo. Esqueça essa ideia! Falo de experienciar e comungar com o movimento da vida e com o fluxo universal em seus infinitos pontos. Precisamos da expressão viva do universo - em forma de pessoas - nos mais diversos posicionamentos e se expressando com suas peculiaridades. A expressão viva do universo tem infinitos matizes afim de produzir o mais amplo contraste em nossa experiência para que haja uma realimentação do infinito fluxo da vida.

Imagine a onda - movimento da energia no circuito - neste caso quadrada - desenhada na figura 1 - num movimento ascendente pela esquerda, até chegar ao topo e se mantendo lá por um período até que desça pela direita. O ato da onda subir ou descer provoca, não só por esse movimento, mas também, como disse, pela interação com o "meio-ambiente", os ruídos vibratórios assinalados no desenho como "jitter". Esses ruídos podem oscilar paralelamente ou perpendicularmente a essa subida ou descida da onda.

O movimento da onda se equivale ao nosso movimento na vida e o "jitter" a resultante deste movimento e comparado a nós como as crenças e toda e qualquer interferência energética que "atrapalhe" o andamento desta onda.
A crença é energia. E como tal, vibra. E se vibra, expande, pois as oscilações mexem com o ar, o éter, ou seja: com qualquer meio que ela possa alcançar, dependendo da sua intensidade ou amplitude.
Um oscilação, que é o nosso movimento natural, no dia a dia, gera sub-ondas que formam uma cadeia, parecido com o efeito dominó.
Dependendo do ritmo, ou seja, da frequência da onda, assim como da sua forma, inclinação, amplitude, este ruído pode variar. Não é só o fato da onda se mover que causa o ruído, mas também o como ela se move.

Esse "como", pode provocar "jitters" de infinitas formas. Formas essas que irão "atrapalhar" o andamento e o movimento dela. Na engenharia eletrônica existem dezenas de formas de anular ou reduzir este efeito. Na vida também.

Um dos fatores de ajuste para redução do "jitter" são ajustes e adequações nos meios por onde a onda irá passar, tornado-os menos "resistentes" a ela, assim como adequando-os ao seu porte e conteúdo. Assim também é na vida. Precisamos nos adequar aos caminhos. 

Se tem 1,90m de altura não vai construir uma casa com portas e ambientes de 1,80m. Você vai até entrar, mas ficará com o pescoço entortado. Muita gente vive assim e não se adéqua. Eu quero dizer que essa adequação pode ser de múltiplas formas, desde aumentar a altura das portas, trocar de casa, refaze-la ou mudar a sua maneira de andar dentro dela. 

Enquanto se forçar viver de um modo contrário ao que deseja, mesmo que perfeitamente justificado, irá por si mesmo gerar ruídos e interferências - "jitters" - durante todo o tempo que assim permanecer. E estes vão se acumulando, pois ficam armazenados em um depósito que existe em nosso corpo físico: a barriga.

Ao se acumular, os "jitters" começam a interagir entre eles. Independente se há ou não grandes movimentos da onda, ou seja, se nós nos movimentamos com mais intenção ou não, esses "jitters" estarão  se auto impregnando e ganhando força através de qualquer um dos nossos movimentos, até mesmo os basais, tais como a respiração e  o batimento cardíaco. Que dirá dos pensamentos e sentimentos. Com esses os "jitters" enchem a pança.

Na figura 2 podemos observar que o "jitter" tem camadas. A linha vermelha, mais grossa, representa a onda na subida. Já a roseada, a azul e a verde são as camadas de "jitter" que podem ser comparadas as camadas de crenças em nossa psiquê. 
As camadas mais profundas podem ser ruídos mais intensos, mais antigos ou então reforçados dia a dia por pensamentos (movimentos) repetitivos. A camada mais externa é um pouco mais fácil de ver e até de re-sol-ver. Sendo que conseguir vê-la é fundamental.

É muito importante entender que o que nos atrapalha não é nosso inimigo e nem tampouco quer nos destruir. Eles existem tão somente devido a resultante do movimento desalinhado ou mal colocado no meio em que vivemos.
Observar os movimentos e o que eles precisam para se expressar é de fundamental importância para que o movimento ocorra sem interferências.
Os movimentos devem ser livres de qualquer ideia repressora ou reprimida. Toda a dificuldade de movimento sinaliza a falta de um ou mais pré-requisitos.

Busque a sincronicidade. As vezes tudo que fazemos está certíssimo. Os movimentos estão corretos, apenas estão fora do tempo. E aí começamos a mudar os movimentos que se tornam então inadequados ao que queremos, quando bastaria apenas prestar a atenção no momento adequado. 
Todavia nem sempre teremos a resposta exata e logo de cara para entender o que falta. Sugiro experimentar.
Entenda: "seus movimentos precisam acontecer livremente!" MAS DENTRO DO FLUXO!!! Copiou?! Conciliar a ideia de "liberdade encaixada no fluxo" que é infinito, e portanto oferece todas as opções de expressão para que se comporte sem limitações.

E como disse, para que atinja uma percepção mais refinada é necessário que varie a experimentação e troque o movimento, troque o ambiente, troque o ângulo, troque de intensidade, troque de ritmo ou tudo isso junto. Não pode se conformar com movimentos que tropeçam, que empacam ou que exigem esforço.
A dificuldade está em que nos acostumamos assim e ainda achamos ser normal e meritório. A facilidade, a fluência assustam, por mais que aparentemente a desejemos.
Nunca vou parar de repetir: a vida é fácil! A facilidade é um fator natural, normal. Todo o resto são ilusões de tampões e remendos.

domingo, 23 de setembro de 2012

MUITO ALÉM DAQUILO QUE ACHAMOS.



A vida para muitos é complicada, difícil e sem explicações que satisfaçam. Vivemos num "loop" infinito, presos aos mesmos pensamentos e as repetições automáticas de sempre. Mesmo aqueles que são um pouco mais arrojados, vez por outra são "pegos" no disco arranhado da repetição.

A repetição por si só não é um mal se for escolhida espontaneamente. Não há um mal intrínseco a nada. O que há é o que nos tole a liberdade, que nos limita e impede uma experiência mais ampla.

Herdamos dos ancestrais mais longínquos uma exacerbação do instinto de sobrevivência. Este instinto básico e muito forte que pode nos levar a tomar decisões muito irracionais em nome de uma pseudo segurança, pseudo proteção de um perigo na maioria das vezes inexistente ou imaginário.

Esse instinto somado a evolução dos pensamentos e a maneira de ver a vida de forma mais "inteligente" - através da sofisticação das disputas de poder e do desejo de segurança - ao longo das gerações, foi recrudescendo em cada um de nós a sensação de que era preciso lutar, se proteger e disputar um lugar ao sol, aonde cadeiras numeradas eram em número limitado e muitos de nós poderiam ficar de fora.

Essa ideia não foi somente ensinada e passada de maneira tão direta de geração em geração. Foi passada de uma forma muito mais poderosa e subliminar, até mesmo do que poderia ser dentro do seio familiar. Essa ideia foi se espalhando de várias formas, não só na família, sociedade e costumes, mas também na forma de falar e de como tratamos as pessoas, mesmo quando estamos calmos e educados.

Dentre as inúmeras distorções produzidas e perpetuadas está aquela muito bem mostrada em livros e em grupos que tratam, lidam ou praticam. Trata-se do Sado-masoquismo. Este tem várias modalidades, níveis e não está, ao contrário do que muitos pensam, associado somente ao sexo.
O sadismo (prazer na dor alheia) assim como o masoquismo (prazer na própria dor) e a combinação deles está muito presente em nosso dia a dia e não só nas relações, mas principalmente em nós. Na relação que temos conosco.

E o mais incrível é que nos acostumamos a ele a tal ponto que nem o enxergamos mais. Fazemos auto-penitências diárias e uma vez ou outra quando falamos sobre isso, tratamos logo, como de costume, lançar a culpa em qualquer ser ou objeto existente no planeta e até mesmo em coisas invisíveis aos olhos ditos normais.

Compreendo que a primeira reação de quem ler estas linhas será de descrença, dúvida e até mesmo sarcasmo. Eu diria que na mesma medida que estiver o seu sarcasmo, lá estará o nível do seu masoquismo.
Como sempre, sem a sua observação desprovida de pré-conceitos, desprovida de um novo olhar, será impossível qualquer avanço.

E o que vai acontecer é que a vida seguirá em frente do mesmo jeito ou com pouquíssimas mudanças, sendo que estas serão a base de sacrifícios e esforços completamente desnecessários. 
O ponto nevrálgico está justamente no fato de que ninguém deseja sofrer e que esta ideia é difícil de ser aceita não só a nível intelectual, mas principalmente pelo fato dela já estar tão enraizada em nossos costumes que temos certeza absoluta de que é normal a vida ser assim, do jeito que tem sido para a maioria. Só que não é! Trata-se de um forte condicionamento, que só pode ser mudado a partir do momento em que a ficha cair.

Existem diversas armadilhas psicológicas que mantém este condicionamento em pleno funcionamento. Dentre elas está o fato de - por terem sofrido - as pessoas entrem numa situação de protesto contra a vida, Deus, o Universo ou até mesmo contra outras pessoas, se achando injustiçadas ou por não terem suas preces ou pedidos atendidos. Ao fazer esse movimento de súplica, de pena de si mesmas, aos poucos o corpo se adapta e começa a buscar frestas de pequenos prazeres. Nossa base aqui é o prazer. Se a pessoa se submete a longos períodos de dor, nosso corpo, através do instinto de sobrevivência, procura prazer neste ato, como forma de sobreviver, pois ele não consegue viver muito tempo sem prazer.
Existe um prazer cínico em reclamar e choramingar. Observe! 

O prazer é gênero de primeira necessidade, assim como o ar, água e a comida.
E de alguma forma nós encontramos. Se tem dúvidas, procure e converse com pessoas que praticam sado-masoquismo a nível sexual, pois fica muito mais fácil de ver quando uma pessoa tem orgasmos - até múltiplos - ao ser ferida ou ferir física e/ou psicologicamente. Comprovando tranquilamente o que digo.

Outros já insistem na dor como forma de chantagem emocional para os pais, amigos, parceiros. Uma tática de cobrança que gera prazer, principalmente quando percebemos que afetou o outro de alguma forma.
E esse prazer, ainda que pequeno, mantém a roda da repetição girando, como se tivéssemos nos acostumado com migalhas. 
Nesta visão distorcida, as migalhas parecem muito. E tudo que merecemos...

Um engano colossal. Talvez o maior de todos, uma vez que provoca tantos outros em sequência.
Essa escuridão também é mantida por lhe dar um falso senso de identidade. O hábito e a repetição criam um ambiente que por pior que seja, nos parece um tanto familiar e seguro.
Não sabemos o que há lá fora. Na dúvida, melhor não arriscar, pois teríamos o trabalho de achar em uma nova situação uma nova fresta aonde poderíamos com muita dificuldade respirar um pouco de prazer.

Num relacionamento aonde sempre existem jogos de poder e com isso um vício em discutir sem parar sobre qualquer coisa, até as mais banais, sentimos o grande desgaste que há. É urgente perceber e experimentar não desejar ter razão e passar a validar o outro. 
Suspender imediatamente as acusações de qualquer tipo e se focar nas necessidades do outro assim como nas suas.
É preciso estar atento, treinar e persistir.

Desenvolver uma linguagem mais amorosa e escapar da prisão do medo, das disputas e competições.
Sempre que tiver um impulso de atacar, acusar, apontar "erros" e "falhas" dos outros, transmute imediatamente este impulso em pergunta: "Qual é a sua necessidade?" "O que quer?" para o outro. E pra você mesmo: "Isso que vou dizer atende minhas necessidades?" "Serve aos meus propósitos?" "Facilita ou dificulta o que desejo?"
Se conseguir perceber como isso abrirá portas na sua vida, como facilitará seu trânsito nos relacionamentos, trazendo mais harmonia e satisfação, não pensará duas vezes e começará a praticar imediatamente.

Logo sentirá um novo tipo de prazer. Um prazer diferente daquele obtido através da opressão, seja de você mesmo ou dos outros. Na verdade o Sadismo e o masoquismo são inseparáveis. Quando machuca alguém, machuca a si mesmo.
Este "novo" prazer começará a fazer girar uma nova roda de prazeres contínuos e abundantes. Ao percebê-lo e perceber as diferenças desse com o anterior, baseado na luta, sentirá um êxtase e uma surpresa incrível e gostosa.

De tanto ouvir "nãos" a vida toda, devemos treinar nos acostumar com o "sim". Poderá perceber que quando as pessoas e a vida em geral começam a lhe dizer "sim!", causa um estranhamento misturado com alegria e surpresa. Acostume-se a isso, pois assim que a vida é! Ela sempre nos diz sim. Este universo é de inclusão. Sim é um termo que inclui, que permite.
Mas depois de uma vida inteira de nãos, pode levar algum tempo. Cuidado com a autossabotagem.

A linguagem da inclusão, do sim, é uma linguagem que inclui a todos. 
Sua prática diária facilita o aprendizado de encaixar e conciliar necessidades aparentemente conflitantes.
Lembre-se de que o nosso maior prazer é sem dúvida proporcionar prazer aos outros. Essa minha afirmação está baseada não só nas minhas experiências, mas também em inúmeras enquetes ao redor do mundo. Perguntou-se a um grande número de pessoas o que lhe era mais prazeroso, e a resposta foi unânime: Proporcionar prazer e atender às necessidades de quem gostamos e até mesmo de desconhecidos.

É preciso observar também, com muito cuidado, quanto a objetividade das respostas que der a si mesmo e aos outros, assim como as deles quanto as necessidades. 
Respostas como: "quero que me ame", "cuida de mim", " me liga quando puder", "adivinha o que eu quero?", "você já deveria saber", "tu não me conhece?" são genéricas e só facilitam o agravamento da situação.
Prefira e insista sempre em deixar claro para você e seus interlocutores e parceiros quais são as necessidades, desejos e vontades.

O ato de prestar atenção de forma objetiva nas suas necessidades e nas dos outros "turbina" o desenvolvimento da consciência. Clareia a percepção e acaba de vez com os conflitos.
É claro que se iniciar este caminho agora, muitas pessoas do seu círculo, neste início, poderão ainda não lhe acompanhar. É preciso paciência. 
Toda a vez que for atacado, acusado, pergunte ao seu interlocutor: qual é a sua necessidade? Pergunte de maneira sincera o que deseja. Assim você convoca essas pessoas a entrarem nesta nova energia, neste novo círculo aonde o verdadeiro prazer acontece e permanece.