sábado, 20 de novembro de 2010

OS NOSSOS MUNDOS...



Tenho observado por aí um movimento muito forte pelo descobrimento, estudo e aprofundamento com relação as questões do nosso mundo interior. Aqui no blog, enfatizo bastante e realço que isso é indispensável para se viver melhor e com mais amplitude.

Tenho dito também e observo isso em outros movimentos, que não existe uma fórmula nem tampouco mágica para que esse trabalho se dê com facilidade. Não que seja difícil, mas cada um sabe aonde seu calo aperta...
Cada um deve achar a sua maneira de fazer, seja ela qual for.

Entretanto podemos e devemos dar dicas, e olhar um pouco a experiência dos outros, para uma referência inicial.
Paralelamente e de uma forma muito mais intensa e antiga, dois movimentos distintos ocorrem: O primeiro diz respeito a condenação das coisas mundanas, dos bens materiais e dos prazeres da carne. 

Só que jogando você em um abismo desconhecido, pois diz-se que deve-se rogar a um "ente externo" que provavelmente deve estar "sentado em alguma nuvem", avaliando-o diariamente e dependendo do seu julgamento, proferirá uma sentença sobre o seu destino...

O segundo condena de uma forma mais moderada as coisas "externas" e de lambuja diz que deve procurar dentro de você mesmo as soluções, parecendo ser o mais "correto" e até mais "profundo". Ensina a meditação e procura orientar de forma bastante interessante.

Só que conheço pessoas, movimentos, seitas, religiões, organizações que praticam essa forma de espiritualização, a de olhar para dentro, mas se você olhar bem, prestar a atenção, verá que falta algo. Os caras não evoluem no sentido mais amplo do termo. Viram monges, sacerdotes, discípulos dedicados e tudo mais e acaba nisso. muitas vezes evoluem um pouco, melhoram como pessoas mas não estão completos.

Não sou partidário que sempre faltará algo, apenas não recuso a possibilidade da melhora, mesmo que pareça distante ou ilusória. Se vai melhorar ou não, isso é o que menos importa. O verdadeiro valor da vida está em experimentar, em tentar, mesmo que essa tentativa pareça estar afundando mais você.

Nesse ponto, chego ao "X" da questão. O que fazer? O que NÃO fazer? Pode acreditar: Melhor que a resposta, é ter a pergunta certa. Não se preocupe com respostas, as perguntas certas (apropriadas para o momento) SÃO INFINITAMENTE MAIS IMPORTANTES!

Saber o que perguntar, mesmo que não se faça a mínima ideia da resposta é a chave!

Soltar seu corpo, suas ideias. Deixar livre, leve, sem pressões é o caminho.
Um caminho que só existe quando se caminha.

Se existem "dois mundos", precisamos viver em ambos da melhor forma possível e sem endemoninhar qualquer um deles. 
Devemos descobri-los, conhecer, experimentar e por fim, como já disse, integra-los.

Você precisa trazer seu mundo interior para fora e precisa apreciar bem o mundo externo para que ele aja dentro de você através de estímulos diversos que farão com que viaje mais por dentro de si e descubra mais coisas. 

Precisamos então nos livrar de uma vez por todas de estereótipos, tais como: Fora-dentro, externo-interno, encima-embaixo, céu-inferno, claro-escuro. Eu sei que essas referências foram criadas para embasar o trabalho inicial, e sei também que muitos ainda precisarão delas. Mas aos poucos, vá deixando isso de lado, pois o grande trabalho só aparece em sua vida quando integra tudo, quando se torna um com tudo que há!

O interno e o externo são igualmente importantes. O que ocorre é que ou as pessoas olham muito pra fora e são materialistas contumazes, ou ficam dando uma de guru, de monge e somente consideram as coisas de dentro (pelo menos na aparência disto).

O mundo externo, os estímulos externos são tão somente instrumentos para dar aquele empurrão, aquela puxada, aquele toque. Não considere mais que isso. Não dê um valor excessivo. Saiba que está lá, que mexe contigo, que às vezes o perturba, mas não passa de um instrumento de estímulo da natureza. O mundo externo é tão somente aquilo que você dá valor. Veja, é você quem dá o valor ou não. 

O caminho do meio é a resposta. Nem demais e nem de menos. Tudo que existe está ligado, conectado e é por isso uma coisa só, apesar de parecerem ser distintos. 
Eu compreendo ser difícil entender isso, pois se vê algo lá, nunca vai achar, pelo menos através dos cinco sentidos, que são uma coisa só. É preciso SENTIR.

Portanto, muito cuidado com essas separações que fazem por aí. Lembre-se, seu mundo externo e interno são uma coisa só. E você, também é, para com todas as formas de expressão e de vida que habitam não só esse planeta chamado de Terra, mas todo o universo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PARA VOCÊ SER VOCÊ MESMO...



Vivemos em uma sociedade, e como tal, existem regras ou o que costumamos chamar de bom senso, para que possamos viver em harmonia com os demais.
O meu direito termina quando começa o seu e vice-versa.

Todavia é preciso que fique bem claro que nunca devemos nos anular em prol de qualquer tentativa de estabelecer esta harmonia. Eu reconheço ser fácil falar, e em alguns casos, difícil conciliar.

Harmonia não é uma condição que se estabelece a força ou em nome de algum interesse particular.
Harmonia nasce. Simples assim. Ela chega sem tensão, sem imposição e não é, em hipótese alguma aplicável, como por exemplo, quando os homens fazem ao ditar leis e regras. Ela chega como um reflexo de você mesmo.

Se quer viver em harmonia mas enfrenta conflitos, algo precisa ser feito, mas não um simples movimento, não uma singular retirada ou uma tentativa de chantagem. É preciso antes de tudo saber o que se quer e se a tranquilidade que busca não é simplesmente o medo de perder o controle querendo dominar o outro e as circunstâncias. Isto nunca lhe trará harmonia e sim um forte e inesgotável inferno.

Tudo na vida é um aprendizado. Viver em Harmonia sem se anular, consiste num grandioso aprendizado sobre como andar no caminho do meio.

Quando viemos ao mundo, se notar, somos nós mesmos e sacrificamos até um pouco a harmonia do lar em nome de uma necessidade. Choramos escancaradamente a qualquer hora do dia e da noite em busca de saciar nossas necessidades ou retirar algum incomodo, que pode ser apenas a busca de uma companhia, de um carinho às 3 da manhã...

Não é só uma questão de instinto. Quero lhe chamar a atenção para a situação como um todo. Existe uma pertubação aos pais que dormem e tudo o mais e se esse hábito for insistente pode até gerar um stress, mas mesmo com tudo isso, ele não desarmoniza o ambiente, uma vez que rola uma sintonia sutil e um grande amor, da mãe.

Mas não é só por esse motivo que a desarmonia não vem. E sim, e isso quero aqui frisar com bastante intensidade: Por ser um desejo legítimo da criança.

Transpassando a nossa realidade de hoje, quero lhe dizer que a melhor forma de criar harmonia em um ambiente, que está sujeito a uma série de conflitos, é saber bem o que se quer, e em seguida, colocar esse desejo, com uma firme intenção para o mundo, de forma sincera e espontânea.

Você cria harmonia nesse instante, uma vez que assume seu papel na escala criacional do universo!

Se esse desejo bate de frente com outros interesses, tenha a certeza que o universo irá arranjar um jeito de deslocar você para aonde seu desejo encontre a devida acolhida.

E, aos poucos vamos crescendo, e por sermos "grandinhos" já não temos o mesmo privilégio de antes e nesse caso, ocorre o que chamamos de primeiros conflitos, pois já recebemos a influência da diversidade, do contraste do mundo exterior que ativa dentro de nós, o motor dos desejos.

Já não são mais desejos básicos, como comer, dormir e se lavar. Nosso ímpeto descobridor está funcionando a plena carga e passamos a querer o mundo...
Nesse ponto começa a ocorrer a morte interna propriamente dita, pois existirá um conflito que precisa ser conciliado pelos pais e não o é, porque os deles também não foram solucionados.

E é aí que o universo "convida" você a se tornar mais e mais independente, a assumir seu papel de pequeno indivíduo e já ir treinando a arte de SER.

Há uma chuva torrencial de "nãos", e é onde a criança começa a aprender de maneira árdua sobre os "limites" do mundo em que vive. Mesmo, na teoria, não havendo limite algum...

Este é, sem dúvida, na minha opinião, o maior de todos os desafios humanos. Talvez porque dele se sucedam todos os outros que tornam a vida aparentemente mais "difícil" do que é de fato.

Mas muitos dirão: É preciso impor limites, se não sai do "controle"...
Concordo com a ideia, mas não com sua aplicação. Nunca devemos impor limites a quem quer que seja!

Cada um tem sua jornada própria, sua "missão" aqui e por desconhecermos detalhes desta, não devemos limitar aquela pessoa, pois isso pode representar o fracasso total naquilo que ela veio pré-disposta a fazer, quando aqui deu entrada.

O que devemos fazer é DIRECIONAR com um mínimo de interferência! Sim, fácil falar, mas possível de fazer! A criança quando é pequena não tem noção de perigo, porque ela veio com uma programação de que poderia SER, TER E FAZER tudo que quisesse aqui. E assim ela age. Mas sabemos que os perigos existem, e é nosso dever como mais "velhos" aqui, apenas orientar, ou seja: DIRECIONAR, procurando não interferir na vida e na programação mental daquela pessoinha, que mais tarde poderá ser um homem a mais a fazer diferença no mundo.

A pior coisa que pode dizer a um ser lindo como este é coisas do tipo: Fica quieto, vai dormir, tá de castigo, cala a boca, você é burro, não servirá pra nada e etc.

Quando você direciona, a coisa não sai do controle. Veja qual é a situação: Os pequeninos chegam aqui e dão de cara com uma diversidade incrível. A variedade é tanta que eles ficam querendo quase tudo e é lógico que não estamos aqui para dar. Mas também não estamos aqui para matar neles o que tem de mais legítimo.

Primeira coisa: Ensine-os a saber o que querem. Converse, questione e ensine-os a questionar o que desejam. Deixe claro que precisam ter certeza, mas sem se prender aquilo que desejam, e sempre sem apegos. Ensine que saber perguntar é mais importante que saber responder. Saia um pouco desse vício programado de fazer os pequenos quererem saber das respostas e responder a tudo. A pergunta certa, por si só, é o melhor de tudo! Mesmo que não haja resposta. A pergunta apropriada, permanente e direcionada, com integral confiança é a chave para vencer todos os desafios que a vida aparentemente no impõe.  No início pode ser difícil, mas logo logo verá que os pequenos são espertos e pegam com facilidade.

Segunda coisa: Diga-lhes que podem SER, FAZER e TER (nesta ordem) o que quiserem, contanto que seja sem tensão, pressão e competição. O intuito é ensinar ordem, organização e não limitação.

Terceira coisa: Ensine-lhes a apreciar o que conquistaram e agradecer por isso sempre. Esse apreciar vai além de uma simples admiração. Ele tem tudo a ver com explorar, observar e criar novas possibilidades com a conquista que obtiveram. Se é um brinquedo, chame a atenção deles para novos usos, não estipulados no manual.

Quarta coisa: Comece a treiná-los a repetir todo esse processo sozinhos, por conta própria, todavia sendo sempre monitorados, para que você possa direcioná-los a realizações construtivas.

Dessa forma tenho certeza, criaremos não só grandes homens, mas sim verdadeiros Deuses que terão a capacidade de melhorar o mundo num ritmo muito mais rápido e amplo. 

Sendo assim, cada um de nós poderá habitar nesse mundo sendo tudo que quiser sem entrar absolutamente em conflito com quem quer que seja.
Sendo assim a vida se torna aquilo que de fato ela é...
... Uma delícia!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

MOVIMENTO PERPÉTUO...



A Vida, manifestada em todas as suas atividades, é Deus em Ação e é unicamente pela falta de conhecimento na forma de ajustar o pensamento e sentimento que a humanidade está constantemente interrompendo a pura fluência dessa Perfeita Essência de Vida que, não fosse isso, expressaria naturalmente sua Perfeição em toda parte.  
A Vida é um constante fluir. Parece um rio. Parece as ondas do mar que fluem constantemente apesar de algumas vezes, alterar a intensidade  e o ritmo.

Tudo que precisa fazer é prestar atenção e sintonizar. Mas esse é um estímulo externo que está ali unicamente para, como o próprio nome já diz, estimular você. Sendo assim, essa sintonia se dará de dentro para fora.

É como se você tivesse que treinar ser o mar, o rio, o vento e tudo o mais, como fazíamos quando éramos crianças... Lembra?
Essas brincadeiras de ser isso ou aquilo, são um excelente elemento motivador, do nascimento de tudo aquilo que é!

O nascimento do corpo físico se dá através da explosiva conexão que há entre dois seres e por conseguinte do seu ser interno e o resultado dessa explosão da conexão de seus pais.

Quando o corpo vem efetivamente ao mundo das formas, é preciso que se suceda uma segunda explosão, para que seu ser interno nasça em seu próprio corpo.
Ele também deseja atuar, falar, interagir no mundo físico. Se não há essa explosão, ele continuará dentro de você, mas em estado de gestação.

Ele nascerá, a partir da "fecundação" que há, proveniente dos estímulos externos, que se forem devidamente acolhidos e sintonizados dentro de ti, provocarão a explosão a qual me refiro e logo em seguida todo o processo deslancha.

Assim como seus pais se movimentaram, buscaram e realizaram o ato que deu início a gravidez e logo após o seu nascimento, é preciso que você busque e se movimente, mesmo sentado em uma confortável poltrona.

Feche os olhos e tente sintonizar essa energia. Comece pela pulsação, respiração, movimento do sangue e tantos outros coligados a pulsação. Perceba isso. sinta. Regozije-se. Plante a semente. Aos poucos, aprofunde e procure perceber os ventos dentro de você. Sim, isso mesmo, os ventos, a brisa. Vá com calma, sem pressa, sem stress.

Todo esse processo se dá sem tensão. Se houver tensão de qualquer espécie, retroceda ao início. Esse processo é puro relax.
Quando você sintoniza, não há esforço. Não há trabalho. É puro prazer! Você flui e só.

Precisamos urgentemente retirar de nossas mentes esse sentido prejudicial que temos sobre esforço e trabalho.
As coisas que deseja não precisam vir de um grande esforço para se legitimarem. Na verdade já é seu, pois cria, antes de tudo dentro de você. 

O que quer, nasce de uma energia - sentimento - e essa, vai ganhando forma dentro de você até que se materializa nesse nosso amado mundo tridimensional.
Tenha sempre a certeza de que a tendência natural da vida é paz, amor, beleza, harmonia, opulência.

Ela segue seu rumo, sem aparentemente se importar com quem está embarcado. Ela aponta para perfeição e de uma certa forma, "força" um pouco nesta direção.
Ainda sim ela aguarda um comando. Ela flui, mas espera ser pilotada por quem assim o desejar. Se não quer, irá assim mesmo, mas um tanto quanto sem rumo e ao sabor dos "ventos"...

Inicialmente, feche os olhos e foque sua atenção nos movimentos internos. Após percebê-los, siga sintonizando com os externos.

Ao final, tente perceber o eco que há. Veja que os movimentos de fora encontram harmonia ou desarmonia nos movimentos de dentro. Estabeleça esse contato, procure relação com as coisas que percebe dentro de ti e as que percebe fora.

Conseguir perceber isso é um passo em tanto!

Evite julgamentos. Deixe as avaliações para depois. Apenas sinta. Sentir é viver.  

domingo, 7 de novembro de 2010

O QUE SÃO OS FATOS?



Já disse aqui em diversas oportunidades que não há porquê se preocupar com as coisas, com os problemas e dificuldades. Trata-se de um vício adquirido ao longo da vida. De tanto ver pessoas preocupadas, achamos ser isto "normal" e portanto sem nenhuma avaliação mais apurada sobre os malefícios deste hábito, como disse, adquirido, sendo assim, que originalmente não nos pertencia.

Não estou desdizendo nenhuma colocação minha. Apenas sugerindo que aproveite tudo que ocorre em sua vida, até mesmo os fatos mais banais e sem um aparente significado.
Não é que vá ficar o tempo todo neurótico, pensando no porque daquele cocô de pombo no seu ombro...

Como em tudo que escrevo, a raiz está na busca pelo meio termo.
Você terá nos fatos e no consequente sentimento gerado, o "feedback" necessário para se situar, para saber como anda o seu rumo, a sua frequência vibratória.

E nisso está toda a maestria de se viver bem. Como posso olhar a manifestação do momento, sem me prender a ela, mas considerando-a como um indicativo importante, e ao mesmo tempo efêmero?

Preciso olhar para ela em atitude de observador. Não posso me deixar levar, devo considerar...
Mas se a levo em conta nas minhas análises, corro o risco de abalar minha fé, que deve ser forte e inabalável para que eu consiga atravessar o rio que me separa da vida que quero.

A sua vida atual, por melhor que seja, servirá sempre como uma mera referência e ainda sim sujeita a interpretações distorcidas.

E se vivo sem me importar, como poderei melhorar aquilo que desejo? Preciso me importar, sem me prender. Preciso olhar sem me chocar. Preciso ver como quem olha um filho que acabou de fazer cocô nas fraldas.

Nada, nunca será tão bom que não possa ficar melhor. Idem ao seu oposto. Essa colher medida da aparente eterna insatisfação, faz progredir o mundo em que vivemos a passos largos. Ela pode parecer ser um inconveniente, mas somente aos corações despercebidos e que encontram-se recheados pelo medo.

O mundo das manifestações serve como uma referência ilusória, não pela ilusão em si, e sim pela sua fugacidade. Sua mutação constante dá um matiz de ilusão, mas não se trata disso, e sim de um grande e cadenciado movimento sincronizado com a mais absoluta das emoções. 

A energia emocional impulsiona todo esse movimento e quanto mais rápido ele for mais ilusório, ou quem sabe até invisível ele será.
Isso também tem a ver com o fato de centrarmos muito a nossa percepção no sentido da visão.

Experimente dirigir um carro e prestar a atenção em tudo que se passa a sua volta. Não conseguirá fazer isso de forma muito ampla e nem por um tempo muito longo. Agora, ao parar no semáforo, feche os olhos. Ouça. Sinta o seu redor. Perceba os cheiros - mesmo que sejam só os da fumaça - use seus outros sentidos. 

Tenho certeza que verá muito mais. Se  abrir os olhos e mantiver os outros sentidos em atenção, irá ampliar mais ainda essa percepção. É fato.

Os fatos sempre vão te dizer como está levando sua vida. Ninguém mais pode fazê-lo com tamanha contundência.
E se não aprender a observa-los como quem olha um resultado passageiro, efêmero, terá caído numa grande armadilha. 

Em um mundo cheio de novidades, variedades e lançamentos, somos constantemente bombardeados pelo nascimento de mais e mais desejos que nos impelem a ir buscar o que queremos, sob pena de morrermos sufocados, não só pela lavagem cerebral da mídia atual, mas sim e principalmente pelo legítimo e insubstituível processo de olhar - desejar - esperar - conquistar, que move todas as engrenagens desse movimento perpétuo.

Entendem como é importante conciliar o que se vê com o que se é? Se achar que é, apenas aquilo que vê, terá se transformado no ser mais medíocre da face da terra.

Muitos me perguntam se a fé não pode ser um engenhoso mecanismo de auto ilusão. Ora não há como responder isso com precisão, pois a experiência de cada um é unica. O que posso sugerir é que experimente, que teste. Mas não adianta querer testar uma fé cheia de dúvidas. Fé com dúvidas não é fé. É qualquer outra coisa, menos fé.

Os discípulos precisam entender que existe um questionamento legítimo daquele que busca encontrar a sua verdade. Mas um monte de outros que só servem para neutralizar qualquer possibilidade de êxito nas jornadas de experimentações, as quais, todo o ser vivente, deveria, e mais: tem a obrigação de vivenciar.

A vida sem investigação é uma vida morta. Cômoda, insossa, tediosa e sem graça.
Conheço algumas pessoas que vivem assim e sentem a tal ansiedade, inquietação e outros nomes que não devo dizer aqui. Isso se dá porque a vida delas está mesmo muito sem graça. E a coisa toma uma intensidade tal, que muitas vezes, torna-se necessário o uso de medicamentos de tarja preta.

Essa é mais uma das situações em que a vida clama, grita e chora, para que se viva de modo mais investigativo, curioso e ávido por conhecer, pelo saber, mesmo dentro de um sistema que opera em uma mutação permanente.

Levante a bunda da cadeira e siga. Não se preocupe com o rumo, ele vem. O caminho só existe quando se caminha!

Eu quero sempre viver assim: Tragando e sendo tragado pelos caminhos e descaminhos da vida.