quarta-feira, 30 de junho de 2010

LOUCURA.




VOCÊ SABE QUE  ESTÁ FICANDO UM MALUCO NÃO TÃO BELEZA ASSIM, NO  

SÉCULO XXI QUANDO:
  
1. Você envia e-mail ou MSN para conversar com a pessoa que trabalha na  mesa ao lado da  
     sua;
2. Você usa o celular  na garagem de casa para pedir a alguém que o ajude a desembarcar    
     as  compras;
3. Esquecendo seu celular em  casa (coisa que você não tinha há 10 anos), você fica 
    apavorado e  volta para buscá-lo;
4. Você levanta  pela manhã e quase que liga o computador antes de tomar o  café;
5. Você conhece o significado de naum,  tbm, qdo, xau, msm, dps, Cc, Cco,…;
6. Você não sabe o preço de um envelope comum; 
7. A maioria das piadas que você conhece,  você recebeu por e-mail (e ainda por cima ri 
     sozinho…); 
8. Você fala o nome da firma onde trabalha  quando atende ao telefone em sua própria casa 
    (ou até mesmo o  celular !!);
. Você digita o ‘0′ para  telefonar de sua casa;
10. Você vai ao  trabalho quando o dia ainda está clareando e volta para casa quando  já 
       escureceu de novo;
11. Quando seu  computador pára de funcionar, parece que foi seu coração que  parou;
11. Quando esquece de olhar nos olhos;

12. Você está lendo esta lista e está  concordando com a cabeça e sorrindo;
13. Você está concordando tão interessado na leitura que nem reparou que  a lista não tem o 
       número 9;
14. Você  retornou à lista para verificar se é verdade que falta o número  9 e nem viu que tem 
       dois números 11;
15. E agora você está rindo consigo mesmo
16. Você já está pensando para quem você vai enviar esta mensagem; 
17. Provavelmente agora você vai clicar no  botão ”Encaminhar”… É a vida…fazer o quê… foi 
       o  que eu fiz  também…

O QUE PENSA SOBRE??????

SAÚDE MENTAL E EMOCIONAL.




Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico. Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se.Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.
Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos.Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.
Pensar é uma coisa muito perigosa… Não, saúde mental elas não tinham… Eram lúcidas demais para isso.Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata.Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvir falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra denomina-se software, “equipamento macio”. Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades “espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos um hardware e um software.
O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software.Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam.
Não se conserta um programa com chave de fenda.Porque o software é feito de símbolos e, somente símbolos, podem entrar dentro dele.Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!
Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou… Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, “saúde mental” até o fim dos seus dias.
Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes.
A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música… Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?
Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.
Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram…

Rubem Alves, “Sobre o tempo e a eternidade”. Campinas: Speculum/Papirus. 164p.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

NO SEU RITMO.



Cada um tem seu ritmo. Cada um tem um ritmo. Cada um muda o ritmo de um jeito e vai e vem numa escala específica. Cada ritmo tem sua própria cadência e intensidade. Cada frequência (do ritmo), mesmo sendo iguais, pode produzir resultados bem diferentes. As mudanças no ritmo vem de dentro e vem de fora também. Você muda o ritmo para sintonizar melhor uma determinada circunstância. Para dar vazão ao parceiro, ao amigo.

Todavia, não devemos nos prender ao ritmo dos outros constantemente. Assim perderemos o nosso, tão valioso e acima de tudo inexorável na decisão de SER.
Quero seguir meu ritmo! Quero respeitar meu verdadeiro templo sagrado: MEU CORPO! e ele tem seus ritmos em diferentes situações. Escutar, perceber, sintonizar. Parar um pouco e sentir. Até mesmo pra dar a ele um novo ritmo de acordo com o que deseja.

Dormir quando estiver com sono e pelo tempo que desejar - vá criando condições para isso - comer quando estiver com fome e na quantidade que for suficiente - estar alerta para isso - beber a quantidade de líquido necessário para estar devidamente hidratado - fazer as necessidades fisiológicas no tempo em que surgem sem postergar - dar prioridade - conversar, namorar e interagir - priorizar seu bem-estar social.
Sua alma, seus eus, suas emoções, sua inteligência e tudo o que você é, está, através dos cordões dos desejos, profundamente ligado a esse corpo físico.

Não existe então aquela idéia de separação: Espírito, alma e corpo. Seu corpo é tão "puro" quanto sua alma! Seu corpo é um reflexo, a continuidade dela!
Quando se dá o processo denominado de morte, ele não acontece da maneira que estamos acostumados. O corpo não morre! Veja, é isso mesmo: O corpo não morre! Ele se reintegra a sua alma!
Reconheço que falar assim não muda muito o que acontece aos seus olhos, mas... Se olhar com mais atenção descobrirá diferenças muito sólidas que te levarão a um novo patamar.

Essa noção de unicidade, de que não há separações, setores, divisões, visível, invisível, físico, não-físico é deveras importante para reconquistarmos o que é nosso sempre e DAR RITMO.
Você quer muito se expressar, criar, recriar, alcançar e se desenvolver nesse mundo das formas. Essa é a nossa principal finalidade. Respeitar seu corpo e percebe-lo passa necessariamente pela noção de unicidade. Seu corpo e todo o seu mundo interior são uma coisa só. É indispensável compreender para que comece a se respeitar e a partir disso respeite o mundo e todos que nele vivem.

Há lugar para todos. Não se preocupe com o excesso de gente. Não há excesso de gente, há excesso de concentração de gente. O planeta terra é como coração de mãe, sempre cabe mais um. E ela também tem seus ritmos, fases e ciclos. Perceber os ciclos do planeta além do que já é óbvio ajuda a te reconduzir a si mesmo.
Competição, disputa, luta, brigas são coisas que lhe tiram do ritmo. Lhe tiram de você. O fazem esquecer de si, quando imagina estar lutando por seus interesses. Ter seus interesses preservados começa com a sintonia do seu ritmo, da sua cadência e pelos ajustes posteriores que se fizerem necessários.

Na medida em que segue seu ritmo, vai ficando cada vez mais fácil se escutar, se observar e perceber o belo, o frescor e a harmonia. Assim vai podendo cada vez mais se chegar a ela e compreender que mesmo a harmonia, a sintonia e cada um dos níveis de percepção tem seu ritmo próprio. Como quando alguém diz:
"vou parar para pensar".
Não acho favorável colocar um monte de crianças dentro de uma "sala de aula" para ensiná-las as mesmas coisas, de um mesmo jeito e num mesmo ritmo. E ainda por cima com cobranças por resultados e metas que deveriam antes de tudo respeitar a individualidade de cada um.

Respeitar o seu ritmo é dar-se liberdade. Liberdade de expressão. Fazer do seu jeito ou simplesmente não fazer. Quando se ajusta assim a criatividade explode. Somente em ambientes aonde a liberdade impera é que o ser humano pode dar o melhor de si, pois ele consegue se expressar no seu ritmo. Ambientes repressivos inibem a pessoa, e mesmo aquelas que são mais desencanadas, ficam um tanto limitadas aonde se quer impor um ritmo.

Daí se deduz que os ambientes corporativos, por mais liberdade que dizem dar, nunca serão um lugar aonde a liberdade de expressão encontrará o espaço necessário. Está na natureza escravagista da humanidade. Assim como nos ambientes sociais e nas escolas aonde impera o pressuposto de que a "ordem" a "organização" são mais importantes que a liberdade de expressão dos seus membros.

Não é filosofia pura e simples. O que expresso aqui é de caráter eminentemente prático.
Ao se multiplicar (começando pelas escolas, por nossas criancinhas) o mundo seria sim um lugar bem confortável para cada um de seus habitantes independente do número que fosse, até porque, devido a liberdade, novas formas e soluções seriam criadas, facilitando as interações em todos os ambientes, principalmente na rua, que em muitos casos é vista como "terra de ninguém".
Ela é vista assim, porque o sujeito precisa de algum lugar aonde ele possa fazer o que quer, seja a bobagem que for, pra descarregar anos e anos de repressão. As ruas das grandes cidades viraram depósito das mais incríveis expressões de almas aprisionadas em si mesmas.

Todavia é preciso lembrar que ninguém irá se preocupar com o ritmo dos outros. Cada um é responsável por si e tem o dever de realizar esta tarefa com alegria, apreciação e gratidão.
Não tente seguir o ritmo dos outros. Não force ser aquilo que não é. Relaxe e entenda que se respeitar o seu ritmo pode SER, TER E FAZER o que desejar, no seu ritmo.

Precisamos nos despir de certos conceitos. O sujeito está morto, cansado, desanimado e diz assim: Puxa, queria tanto ficar em casa, fazer algo diferente hoje, mas tenho que trabalhar, senão isso ou aquilo... Ora, você deve se dar no dia a dia pequenas chances, pequenos prazeres. Se seu corpo lhe diz que está cansado, escute-o. Veja o que há por trás. Converse com ele. Pergunte e perceba o que ele lhe diz. Se está alegre, ou com tesão, satisfaça esses mimos da melhor maneira que puder. E pague o preço! Pois com certeza ele compensa!

Entenda de uma vez por todas: A natureza em geral faz assim, as pessoas que estão de bem com a vida fazem assim, os animais fazem assim. Observe! Não sou eu que estou dizendo. Apenas faço um relato do que observo nos ritmos da vida de uma forma geral.
O sol, o mar, a lua e os seres vivos tem seu ritmo. Tudo bem que em muitos casos é um ritmo que aparenta ser mecânico. Tem sua razão de ser. E esta é a vantagem do ser humano. Nós podemos ter as nossas rotinas, os nossos ciclos, mas sempre podemos encaixar novas experiências, novas possibilidades, novos lugares, novas coisas, novas pessoas sempre que desejar, tendo apenas o cuidado de perceber como fazê-lo dentro do nosso ritmo.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O PODER "SOBRE" E O PODER "DÁ"...


É muito melhor pensar em termos de poder do que de carências. Cada um de nós possui um "território psíquico de poder" que não deve ser abandonado.

Quando se sente poderoso internamente também o será do lado de fora.

Os animais marcam seu território com seus excrementos para exercitar e se auto manipular com relação a sensação que tem sobre esse "território" interno. Fazem isso de maneira natural, apesar de muitas vezes haver conflito entre eles.

Muitos homens tentam marcar seu território também, pois instintivamente necessitam dessa referência, e no impulso criativo que o cutuca a todo o instante, ele necessita estabelecer e ampliar essa sensação de poder.
Só que no afã de sentir um alívio naquilo que considera ser um impulso instintivo ele exacerba seu ímpeto e atropela a si mesmo ao atropelar os demais.As outras pessoas mostram para você que aonde termina o seu poder e começa o delas e vice-versa.

O poder da vida, do movimento, da fala, do olhar, etc. As pessoas confundem isso com poder sobre seu ambiente, ou sobre os outros, depois ficam pensando por que o "poder sobre" não funciona.

É muito positivo sentir uma sensação de poder. Não há nada de errado nisso. No entanto, há que se medir e calcular sua extensão e amplitude.

Quanto mais você colocar sua atenção no poder "da" menos precisará tentar colocar no poder "sobre". Evitará com isso, desgastes desnecessários.

Quanto mais desgastante estiver sendo alguma relação sua, melhores são os avisos de que está invertendo a colocação do seu poder na questão.

Se você quer manter uma pessoa ao seu lado dê a ela todo o sentido de liberdade. Quando entrega de bom grado a liberdade que é dela mesmo, pois ninguém tem o direito de tirar a liberdade de quem quer seja, você a reconforta e mostra que ela poderá viver ao seu lado gozando do que há de mais valioso para nós que é esse sentido de liberdade.

O poder maior de alguém se dá quando ele abre mão do poder "sobre" e vai para o poder "da"...

Se costumava agir assim, com o poder "sobre", preste atenção agora ao exercer o tão gostoso gesto de abrir mão do controle, mesmo sentindo um friozinho na barriga. Pode mesmo incomodar e até mesmo trazer um sentimento de perda que é sem dúvida, passageiro.

Experimente! Se faz com vontade tenho certeza que não quererá mais voltar. Quando devolve a liberdade aos parceiros, amigos e familiares, automaticamente ganha-se a própria liberdade e essa tem sempre gostinho de quero mais.

A FORÇA QUE TEM UM OLHAR DENTRO DA "REALIDADE".



Vivemos em um mundo de probabilidades. Tudo e absolutamente tudo é possível dentro da cascata emocional que emana de dentro de nós.

A chamada "realidade" (que nada mais é que um momento provisório) é extremamente dinâmica!

A energia emanada das emoções criam mundos a todo o instante. Cria "maquetes", "ensaios", "rascunhos" e ainda traz aquilo que nos acompanha. Vivemos imersos num mundo emocional. Imagina os peixes e toda àquela água sendo todas as emoções. É assim que estamos, imersos num "mar" eletromagnético de natureza inteligente e emocional.

Nada acontece no mundo físico, das formas, sem antes haver um espelho dentro de nós. E esse "rascunho" nasce do desejo. O querer é o primeiro impulso. O desejo gera emoção e essa emoção se "apoia", se junta (ou não - bate de frente) na crença que mais se assemelha, que condiz e retrata aquilo que queremos. Se não há uma crença que dá suporte, essa emoção gerada pelo desejo fica sem chão. Ela não encontra sustentação interna para vigorar.

O sinal disso se dá pelas emoções de dúvida, preocupação, ansiedade e medo. Elas nos indicam que devemos rever nosso sistema de crenças de forma a criar esse apoio emocional ao nosso desejo. A preocupação é um alarme de que estamos com pensamentos repetitivos que vão contra àquele desejo. 

Atente-se às crenças que se opõe ao seu desejo. Não basta então encontrar dentro de você o apoio, é preciso transmutar, transformar e compreender às energias condensadas que impedem que seu desejo encontre um lugar aí dentro. É mais fácil criar novas crenças e abrir mão das antigas (transmutando-as) através das experiências. Repetição de frases, mantras e exercícios mentais tem muito pouca efetividade sobre elas.

O ato de observar e a pré disposição em viver tudo aquilo que está escondido... Delícia! Começa assim...

A tão fadada realidade nossa de cada dia se torna então um instrumento valioso de aplicação das mudanças desejadas. Com inteligência é possível a você usar tudo que se passa hoje, como uma alavanca eficaz que te lançará direto ao que almeja.

Sua "realidade" já lhe mostra as probabilidades.

Vejamos então como funciona esse mecanismo.

O cérebro pode ser chamado como a contra-parte física da mente. Por meio dele às funções da alma e do intelecto estão ligadas ao corpo. De acordo com a configuração do seu cérebro, eventos de origem não-física, assumem uma forma física válida após passar pela filtragem de que reveste sua programação cerebral atual (crenças). Ou seja você vê aquilo que forma e forma aquilo que vê!

Não precisa nenhuma reprogramação espetacular ou olhar de outro jeito, ou mesmo de um jeito específico. Basta apenas olhar e olhar e olhar.Só! O exercício de olhar por si só já reprograma.

Insista em olhar pura e simplesmente. Se a situação que olha lhe incomoda de sobremaneira, tente treinar a sua imaginação para transforma-lo num espectador de si mesmo. Assuma que é um mero assistente e contemple como se estivesse contemplando uma linda paisagem.

Você somente escolherá eventos e com isso somente verá aquilo que se baseia no que acredita, por mais que deseje outra coisa. Por causa da sua estrutura psíquica e psicológica existe dentro da composição rica de seu ser, literalmente, uma variedade infinita de "eus" prováveis. Em uma realidade ou em outra eles serão vivenciados.

Em sua existência atual, porém, você perceberá apenas as características psicológicas que acredita possuir. A personalidade então, não pode ser definida como deste ou daquele modo.

Seu corpo, seus sentidos, sua maneira de agir e reagir espelham exclusivamente suas crenças.

O você como você o concebe, representa apenas uma das infinitas possibilidades de ser disponíveis a qualquer momento. Quando digo disponíveis, não quero dar a ideia de uma facilidade de acesso e sim de uma possibilidade que varia de pessoa pra pessoa.

Sua percepção forma seu mundo. Se mudar essa percepção o mundo muda. Mas se estamos falando de um mesmo mundo para todos, como ele pode assumir infinitas formas, se, em tese, é um único mundo?

O olhar forma. O olhar modifica. O olhar rega com a energia da intenção. 

Você já olhou ou foi olhado de forma intencional por alguém? Pense sobre isso. O que sente ao ser olhado por um homem ou uma mulher que transmite desejo sexual por você, por exemplo? Consegue perceber a energia deste olhar? Agora pense em um olhar de criança, bem novinha. O que sente? Esses exemplos lhe geram atração, repulsa, alegria, desconfiança? Tenho certeza que algum sentimento eles provocam.

Você já ficou encarando alguém mal humorado? A resposta não vem na lata? Conseguiu perceber  a força que tem um olhar? É obvio que nos exemplos citados houve uma permissão do ente observado, pois você pode, até certo ponto, se blindar de certos olhares.

Já ouviu a expressão: "Os olhos são as janelas da alma" Baseado no olhar, que olha através das suas crenças, você forma o mundo que vive.

O que modifica isso não é bem o jeito de olhar como muitos apregoam e sim a intenção de olhar e ver! Veja, isso é muito importante! Querer é parte do poder. Querer olhar é o poder! Uma diferença sutil que modifica tudo!

O olhar é contato, interação e com isso gera possibilidades.

Quando acordo de manhã e abro meus olhos, meu dia se enche de infinitas possibilidades. Sim, há uma rotina, deveres e tudo mais. Mas as possibilidades estão lá, latentes. Você pode não ir trabalhar, não levantar da cama, ou levantar e quebrar alguma parte do seu corpo. Pode receber um telefonema bom ou ruim e essa notícia pode virar de cabeça para baixo o seu dia. Pode também conferir o bilhete da loteria e descobrir que ficou milionário.Tudo pode ser.

Se é assim e se posso olhar de verdade, com intenção para a vida que tenho e fazer dela o que quiser, porque, quando olho só vejo o que não quero ou o que não gosto muito e me prendo a isso???

Seu olhar está estático. 

Ele não acompanha a dinâmica da vida. A vida se movimenta em ritmo frenético, sem parar. Preciso movimentar meu olhar.

Quando assiste a uma partida de futebol, no estádio, você precisa mexer seu olhar, senão perde certos lances. Se ficar com o olhar parado não verá o jogo direito, apesar de ver alguma coisa, não verá tudo.

Esse é um pequeno exemplo para ilustrar o que quero dizer, pense nisso. A vida é muito mais que uma partida de futebol, mas você pode comparar esse exemplo com a forma com que vê sua vida.

Se com o olhar já reconhece as possibilidades terá dado um passo. Significa que suas crenças permitem que elas se realizem. Existe então o tal apoio que mencionei antes. Se não reconhece, continue olhando. Não desista! Olhe com vontade e com tesão! Mexa seu olhar 360 graus e continue mexendo sem parar, pois mesmo que tenha visto algo, sempre há algo mais.

Não se atire logo que ver algo que lhe interessa. Contenha-se e olhe um pouco mais. Admire e aprecie, apreciar é a chave! Depois de alguns dias, tente abstrair. Recolha seu olhar e aja como se não estivesse olhando mais nada a sua volta.

Faça esse contraponto de forma a gerar um espaço necessário ao discernimento. Pense em como se sente sem olhar. Tente se lembrar de antes quando não olhava com atenção para os detalhes da sua vida. Procure estender o máximo que puder esta condição.

Dessa forma irá perceber que muitas de suas características e qualidades latentes finalmente encontram um ambiente propício para se manifestar. E ao se manifestar automaticamente muda e amplia o elenco de prováveis eventos, todos prontos para serem vividos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

PARE DE EDUCAR..



Educação. Uma palavra que soa bonito na boca e aos ouvidos de muitos. Fala-se por aí ser a tábua da salvação, o amuleto que abre portas e a receita de tudo. Comparam-se com países ditos "mais educados" como se lá fosse mesmo o paraíso.

Será que alguém para um pouco ao menos, para refletir sobre o que é ou o que deveria ser a verdadeira educação?
Não gosto de formular receitas e nem de ser o sabe tudo. Todavia, é quase impossível fazer determinadas colocações sem parecer estar fazendo exatamente isso. Vamos lá então.

Fala-se muito em educar baseado em princípios que estão aí há muito tempo, salvo pequenas alterações, mas que são modelos, na minha opinião, que emburram ao invés de ensinar.E quando digo emburrar, é mais que conhecimento puro e simples. Emburrar pode significar travar, roubar a espontaneidade, cria vergonhas e culpas na cabeça das crianças.

O ser humano nasce sábio por natureza. Ele vem com o conhecimento. Está dotado de todas as características necessárias ao bem viver, necessitando apenas de ser estimulado.

Esse estímulo deve se dar não só de maneira direta e objetiva, mas também criando-se ambientes, situações e circunstâncias que abram um "espaço" para que a semente viva dentro de cada um de nós germine e cresça para exercitar seu digno direito de criar.

Isso sim é educar!

A educação nos moldes que se encontra dificulta a todos nós nos tornarmos quem realmente somos. Ela está baseada no princípio de que os mais velhos sabem tudo e podem e devem "ensinar" aos mais novos todos os "conceitos aprendidos" empurrando-os goela abaixo.

E muitas coisas quase surreais, que você nunca vai usar e que te entulha a mente com o claro, porém submerso, objetivo de travar sua criatividade e pró atividade, uma vez que levará um bom tempo tentando digerir e se enquadrar nos conceitos colocados, sob pena de ficar "reprovado"...

Essa nossa educação parte da premissa que somos todos iguais, que somos uma manada e se muni de uma autoridade e ao mesmo tempo se perde nela. Cada um de nós deveria ser educado respeitando-se a individualidade e a particularidade.

Esse modelo desrespeita a criatividade e a pró-atividade inerente a cada um de nós. Somos moldados como massa de modelar e ninguém tem a coragem de perguntar o que queremos, o que esperamos.

Ainda bem que vemos por aí alguns exemplos de pessoas que superam isso por sua conta, demonstrando assim uma coragem que cria em muitos corações um estímulo de que nem tudo está perdido. Entretanto, trata-se de uma minoria.

Como disse antes, a verdadeira educação se dá unicamente pela orientação e a condução dos pequeninos por uma jornada aonde deixa-se o mais livre que puder e ao mesmo tempo cria-se uma série de estímulos variáveis de acordo com cada caso, no sentido de fazer brotar de dentro o conhecimento. 

O conhecimento não vem de fora, ele vem de dentro através das interações nesse mundo físico. O que vem de fora é a informação que nem sempre corresponde ao que é na realidade. 

As trocas, o relacionamento, a experimentação trazem a educação necessária a qualquer ser humano e essa deveria ser a premissa básica de qualquer escola.

Ninguém ensina nada a ninguém. É sempre uma troca!

O máximo que podemos fazer é acompanhar e dar uma ajudinha aqui e outra ali.
Essa tradição de ensino precisa urgentemente ser mudada. Chega de querer empurrar nos outros aquilo que achamos ser o conhecimento ou o que seria útil. 

Limitemo-nos a criar o ambiente propício e deixar que nossas crianças aprendam por elas mesmas. Nós aqui apenas apontamos e elas decidem se querem seguir esse caminho.

Tudo isso passa inevitavelmente pelo medo que temos de sair do controle. Achamos que temos que domesticar nossas crianças como se elas fossem animais selvagens. E pior: Tudo se passa num ambiente muito "meritório", sem que ninguém tenha a coragem de dizer algo contra.

Quem terá coragem de dizer que uma mãe, nas melhores das intenções, ou mesmo  inconsciente, que joga seu filho nesse labirinto escolar e o faz perder o que tem de melhor quando nasce: A alegria, a espontaneidade e a criatividade.

Um exemplo emblemático é o de Albert Einstein, que foi chamado de idiota e estúpido por seus professores da época e que ainda diziam que ele não conseguiria nada na vida. Tudo porque ele questionava e se recusava a aprender daquela forma e tirava notas baixas. Esse mesmo homem se tornou um dos maiores cientistas do século 20, tudo por que se rebelou de uma maneira silenciosa e fez tudo aquilo que tento propor aqui.

Se às nossas escolas tivessem um direcionamento correto, estaríamos a todo instante injetando em nossa sociedade um sem número de grandes cientistas, artistas, engenheiros, escritores, médicos e pessoas com uma capacidade extraordinária nas diversas áreas, muito além do que temos hoje.Nossa sociedade seria realmente próspera e cresceria de maneira vertiginosa alcançando patamares nunca vistos.

E quem são os que temem isso? 

Falar em nomes não cabe. Nosso "sistema" é tão bem engendrado que não existe propriamente um líder nos moldes que conhecemos numa empresa ou em outro tipo de organização. As pessoas que são vítimas inconscientes dele são na prática seus verdadeiros "guardiões", vivendo e tendo comportamentos repetitivos e muito pouco questionadores da natureza do que explico aqui, incentivando e mantendo o "sistema", digamos, em ordem...

As pessoas vivem uma vida medíocre, limitada, cheia de dificuldades e ainda "matam", se for preciso, quem ousar fazer certos questionamentos ou mudar um pouco, pelo menos, este horroroso estado de coisas.

A questão central chama-se: "controle"...

Um número grande de pessoas podendo expressar a plenitude do seu ser estariam sob o controle de alguém?
Nos assusta a tola ideia de que o bolo não é tão grande assim para dividir para todos?

Ou então uma outra pior: que alguns nasceram mesmo para serem serviçais e estarem numa condição inferior e que tem a mentalidade pobre e nada podemos fazer...

Isso é um verdadeiro crime contra milhões de seres humanos que poderiam estar numa condição melhor, por sua própria conta, e exercendo seu poder de criação, contribuiriam decisivamente no aumento do bolo!

Precisamos dar ênfase a um processo educacional que privilegie a liberdade e a individualidade e saia de uma vez por todas desse terrível hábito de enfiar goela abaixo das nossas crianças um monte de entulhos que na maioria dos casos só atrapalham a jornada criativa e a inovação.

Mas como?! com professores adultos e já devidamente enquadrados?! Com os pais que também nutrem uma mesma mentalidade?! Será que estes mesmos professores, acostumados a "domar" os leõezinhos em sala de aula, aceitariam tranquilamente uma postura mais passiva, de mais observação e acompanhamento do que a postura ditatorial impregnada em suas mentalidades?!

Seria um trabalho magnífico mudar tudo isso. Quem sabe aos poucos, com exemplos de escolas como as pedagogia Waldorf, de Rudolf Steiner , dentre outros.    

sexta-feira, 18 de junho de 2010

QUEM SOMOS NÓS?






Olá, saudações das melhores!

Não sou muito de indicar livros e dvds, pois quando você indica, é sinal de que achou bom, interessante ou seja lá o que for, parecerá que você defende essa ou aquela ideia. 
Não defendo ideias aqui, apenas apresento minha maneira de ver a vida para que você, através da forma como vê a vida, faça comigo um entrelace de ideias e através desta conjugação consiga seguir um caminho diferente, caso esteja insatisfeito com o seu. Se não estiver, talvez possa arejar sua mente com novas ideias.

Não prego fórmulas de auto-ajuda pura e simples, sei que este blog parece assim, mas  estou convicto que ninguém ajuda ninguém. Somente você pode ajudar a si mesmo. O máximo que se obtém do outro é uma inspiração, uma dica, um apoio, um desabafo e outros tipos de troca que nada tem haver com o trabalho em si, com a solução que é individual. Se quer melhorar a sua vida tenha em mente sempre que somente você pode efetivamente realizar essa tarefa.

Gostaria de comentar aqui, como falei no post anterior, sobre um dvd também muito interessante e deixar claro o que exatamente eu acho interessante. Coletei na internet uma crítica bem forte sobre esse dvd tema deste post e mais adiante uma sinopse em outro site e vou inserir meus comentários em letras com outra fôrma. Desejo criar um contraponto para alargar nossa compreensão, motivo esse, por sinal o único, pelo qual eu indico.

Hoje em dia temos a disposição uma infinidade de livros, revistas, cds, dvds, blogs e etc falando sobre todo o tipo de auto-ajuda e filosofias que na minha opinião são muito importantes apesar de muitas vezes causarem confusão.
Veja, a princípio você não precisa de nada disso. Você trás aí dentro, no eu interior, no espírito, na alma e consequentemente no corpo, nas células e nos átomos que o compõe, todo o conhecimento necessário para uma vida absolutamente feliz.
Felicidade é muito relativo e já dizia o filósofo Mário Sérgio Portela, o que mais valoriza e trás o desejo de felicidade é justamente a falta dela.

Ou quem sabe, deixaríamos de desejar a felicidade caso a vivamos constantemente.
Por isso me encanto a cada dia com a diversidade do mundo que vivemos.
Cada um pode e deve ser feliz a seu modo, do seu jeito com aquilo que lhe apraz e ponto.

Vamos ao contraponto da crítica ao dvd:

What the bleep do we know? (Quem somos nós?) é um filme sobre física quântica. A visão de mundo e de ciência sendo apresentada lembra bastante a tendência da revista Superinteressante: “a ciência da felicidade”. Uma mistura bizarra (bizarro é aquilo que desconhecemos? Que achamos estranho ou esquisito por que foge de determinados padrões? Mas que padrões são esses? Desenvolvidos livremente através da observação e pesquisa ou impostos por uma outra "corrente"???) de curiosidades científicas superficiais com auto-ajuda. É na prática a ramificação cientificista da auto-ajuda, e em essência continua promovendo a mesma coisa: “Não se preocupe com as causas globais(o que seriam "causas globais" se neste mundo que vivemos, o homem, através dos seus atos determina os rumos?), elimine os efeitos(não seriam as causas?) pessoais e seja feliz”. A onda agora é embarcar em “novos paradigmas”(por que? Os velhos estão servindo? Se estiverem, fique com eles!). Este novo paradigma realmente quebra os conceitos-chave do velho ou é apenas uma extensão dele? O velho paradigma é representado pelo mecanicismo, pelo determinismo e pelo cartesianismo. O novo paradigma é influenciado pela era da informação e dos computadores, criticando a era industrial ( bem típico de quem quer classificar tudo, arrumar em prateleiras e dizer: Aqui estão as idéias "A" e lá as Idéias "B". Viajou, veja o dvd e verá que ele não fala em computadores e sim em OLHAR PARA DENTRO DE SI, este sim é o novo "paradigma". Ele mostra que você pode olhar a vida de uma forma diferente, fora de padrões, apesar de parecer estar criando um novo). O universo não pode mais ser visto como uma máquina comum (máquina? Comum? O universo jamais irá se "encaixar" em qualquer "conceito racional", ele está além disso, além de classificações, ele passa longe do crivo intelectual.), mas sim como um grande computador, feito de bits e bytes. Uma máquina avançada, mais complexa, com novas regras que “unificam” todos os seres. Somos todos um só ( sim, somos todos um, mas não a mesma coisa, somos bombardeados pela diversidade, afim de expandir a "elasticidade" emocional. Somos seres únicos conectados pela unidade.). Elevam o grau do reducionismo (Nunca seremos reduzidos por conceitos, a não ser que queiramos assim) ao extremo. Não é o computador apenas o próximo passo lógico do relógio? Este novo paradigma é na verdade uma grande vitória do dogmatismo científico. É tudo que ele critica elevado ao quadrado. 

Algumas regras mudam, mas a essência continua a mesma. É uma mudança necessária para a que a natureza seja melhor “explicada” termos de matemática. Ou seja, para que a natureza seja ainda mais humanizada, com a desculpa de que assim estaríamos entendendo-a melhor e ao mesmo tempo entendendo a nós mesmos... Outra hipótese, que pode ser descartada por um amante das ciências, é que estamos apenas dando um passo além na conformação a realidade natural a um ideal mental e artificial, enquanto os interesses econômicos e políticos por trás disso são completamente ignorados.

(Tudo que vira modismo pode sim ter algum tipo de interesse, mas a partir do momento que você olha para o que foi dito, verá que por trás, está a grande e almejada liberdade, e isso sim, preocupa os críticos e até aqueles que não são, pois o que farei se for livre? Sempre vivi dentro de um sistema e me sinto seguro assim. O que o sistema fará se todos forem livres??? O desconhecido, mesmo que embasado em uma nova ciência me preocupa muito pois sempre tive as "respostas" que precisei na enciclopédia britânica ou no jornal da tv e gosto de ser enganado... Ele se esquece que não é o destino que importa e sim a viagem... )

As implicações do novo paradigma são aparentemente maravilhosas para a vida humana, mas assim também parecia às pessoas quando paradigma anterior surgiu. Levou anos para perceber as reais e desastrosas conseqüências do mecanicismo. Toda a visão de mundo foi moldada em torno da maravilha tecnológica da época: o relógio. As leis da física eram um incrível mistério, mexiam com a imaginação das pessoas. Elas ainda têm as mesmas expectativas em relação à física que tinham na época de Newton: esperam que ela salve o mundo, ou pelo menos tornem suas vidas melhores. O novo paradigma é tão cientificista quanto o antigo, com o computador e o holograma como as novas maravilhas tecnológicas ao redor das quais a nova visão de mundo se molda. Com que bases eu faço essa acusação? Supostamente é preciso uma ciência mais “avançada” para criticar a ciência anterior. A “ciência”, se é que merece esse nome, está presa num ciclo de feedback positivo da qual jamais poderá se libertar, enquanto não deixar de lado seu papel de “salvadora” e “detentora da verdade”.

(São processos. Durante uma viagem, por melhor que seja, podem surgir imprevistos, novos desejos, mudança de rumo ou até mesmo uma coisa nova e interessante que surja pelo caminho, que faça com que sigamos um novo rumo, e depois um outro novo rumo e assim por diante. Nem por isso a viagem deixará de ser boa e válida no que ela se propõe. Se na opinião dele tudo isso está errado ou é mais do mesmo, numa nova roupagem, então que ele não se atenha apenas a criticar, apresente uma "solução"!)

A relação com a religião também é basicamente a mesma, mas agora se baseia mais na mística oriental que na mística cristã européia. Não se afasta muito dos textos de teológicos medievais que tentavam provar um “deus racional”, e tinham incríveis fundamentações matemáticas. A crítica à religião não deixa de ser religiosa e até mesmo um tanto intolerante, colocando a culpa dos males do mundo nas outras religiões, e tentando substituí-las por uma religião científica, como se fosse a única válida apenas por ser “científica”. Mas esta religião não tem nada de novo, é a velha religião salvacionista com novos termos, na velha tentativa de unir os homens em torno do mesmo conceito de deus. Este conceito de deus não deixa de ser artificial. Mais especificamente, não deixa de servir aos interesses da cultura dominante.

( sim, qualquer "conceito", até mesmo esse que você coloca aqui pode ser "artificial". Agora independente disso o que mais me chama a atenção é que você desqualifica um "conceito" com outro "conceito" e assim será sempre, pois tudo que dizemos e escrevemos não passa de conceitos, por mais que pareçam fazer parte da realidade e por mais que você consiga provar.)


Uma das mudanças do novo paradigma é a influência do observador. O objetivo da ciência sempre foi determinar uma verdade independente de qualquer observador, ou seja, uma regra. Isso permitia afirmar a superioridade da mente humana em relação ao mundo material. Agora a própria realidade depende do observador. O observador não está mais separado do fenômeno, a realidade depende dele para existir. O funcionamento do mundo é basicamente explicado pelo funcionamento da mente. Este é o antropocentrismo levado ao extremo. É neste sentido que este novo paradigma é apenas um passo além na mesma direção. É um grande projeto de transformar a vida em algo artificial, matemático, simbólico, destituído de valor próprio. De retirar da experiência “sagrada” todo valor intrínseco e substituir por valores humanos, culturais e utilitários. Ao mesmo tempo de dar alívio e conforto ao sofrimento de viver num mundo sem sentido próprio, prometendo juventude, felicidade, saúde, harmonia, etc. As velhas promessas de “evolução” ou “iluminação” do homem através de um autoconhecimento linear. Fica implícito nesta promessa o aumento da dependência tecnológica e a ideia de que a racionalidade humana é o objetivo central da evolução do universo.

( Este sem dúvida é a parte mais interessante do dvd. A influencia do observador no processo. Ao observar você muda a realidade. Esse experimento mostrado no dvd foi repetido centenas de vezes por diversos cientistas do mundo inteiro e comprovou-se que ao observar o movimento das partículas eletrônicas elas mudavam o seu comportamento. Podemos fazer uma correlação também com fatos da vida, por exemplo com relação aos juízes em geral e até mesmo os de futebol, quando tomam decisões baseados no que viram e mudam o rumo de uma partida. Sem entrar nos méritos disso, cada um verá de um jeito e esse jeito de ver muda tudo, apesar de estarmos falando exatamente da mesma coisa, essa mesma coisa toma forma, sentido e significado de acordo com a maneira de ver de cada um. O ato de ver e sua forma muda assim como a mudança muda a forma de ver num ciclo constante. Mesmo assim, esse crítico deixa escapar que não há dependência alguma tecnológica uma vez que o dvd se refere ao movimento de partículas atômicas (elétrons, prótons e nêutrons), que fazem parte de tudo que conhecemos sem exceção. Mesmo que não existissem computadores, os átomos estariam aí e teriam o comportamento relatado pelo dvd).

O filme tenta infiltrar o seguinte meme na cabeça do espectador: a realidade é maleável, basta pensar positivo e tudo pode acontecer! Junto com esse meme é propagada a ideia de que nós somos o novo critério da nossa própria evolução, não precisamos mais nos adaptar ao meio. Também conhecido pelo dogma: não mais evoluímos, apenas progredimos. É como dizer: “Esqueça o equilíbrio do ecossistema, nós adaptamos o meio a nós! Podemos mudar o que quisermos em nós mesmos, podemos ser nossos próprios artífices e levar em consideração apenas nossos próprios desejos e necessidades”. Afirmar que nós somos deuses é apenas o próximo passo lógico de afirmar que somos os favoritos de deus. Justifica o fato de subjugarmos o mundo, e é exatamente o que os dominadores esperam e querem ouvir: uma justificativa científica nova e atraente para suas ações irresponsáveis. Mas para a maioria das pessoas, é apenas um filme inocente que só quer o nosso “bem”, nos deixando mais tranqüilos e harmonizados enquanto nos entregamos voluntariamente à miséria e a degradação social. Como as pessoas respeitam a autoridade dos filmes e dos doutores estadunidenses, a tendência é que esse tipo auto-ajuda apenas aumente, infelizmente.

(Nota-se que o relato é tendencioso (e chega as raias de um discurso político). Traz um preconceito com quem organizou as idéias, mas há que se lembrar que as experiências realizadas, não o foram somente nos EUA, e sim em diversos países do mundo e também no Brasil. Mais do que afirmar que é certo ou errado, este dvd é um convite a experiência, a experimentação. Se de cara o elimina, por achá-lo estranho ou bizarro, perde a oportunidade de vivenciar algo diferente e de exercitar seu livre poder de pensar. Se duvida, teste, observe, procure, mexa-se e investigue. Ou será que ele acha que tudo se resolverá pelo equilíbrio de ecossistema?Se formos mesmo considerados deuses por esta nova teoria, isso em nada acrescenta no ímpeto destruidor de alguns, pois depende se você se sente um deus por vaidade ou se por conexão.)


A seguir vamos comentar a sinopse de um outro blog:

Sinopse: Amanda, a protagonista, é interpretada por Marlee Matlin, que se vê numa fantástica experiência ao estilo de 'Alice no País das Maravilhas', quando sua vida cotidiana, tão carente de inspiração, literalmente começa a desenredar-se, revelando o mundo incerto de valores ocultos, encobertos por uma realidade alarmante, que a maioria de nós considera normal.Amanda é literalmente lançada em direção a um redemoinho de acontecimentos caóticos, enquanto os personagens que encontra durante esta odisséia revelam um conhecimento mais profundo e oculto, que ela jamais percebera querer saber. Assim como toda heroína, Amanda é mergulhada numa crise, passando a questionar as premissas fundamentais de sua vida - e percebe que a realidade na qual sempre acreditou, principalmente em relação aos homens, os relacionamentos com outras pessoas, ou, ainda, a maneira como seus sentimentos afetam seu trabalho, não faz parte, de fato, da vida real!!À medida que Amanda aprende a relaxar vivendo essa experiência, ela se torna capaz de dominar seus temores, adquire sabedoria e conquista a chave dos segredos de todas as idades, tudo isso, de uma forma muito divertida. A partir daí, ela já não é mais uma vítima das circunstâncias, mas está a caminho de ser a grande força criativa de sua própria vida, que, por sinal, jamais voltará a ser a mesma.

Nosso comentário:

Sim! Jamais seremos os mesmos depois de uma viagem. Até que ponto as teorias são reais ou fruto da imaginação ou mesmo de certos interesses, não vem ao caso, pois se você observar com atenção, jamais será "vítima" da ilusão, mesmo estando em um mundo de "ilusões".
Não se trata de subir ou descer, e sim de viver! Não estamos em competição, apesar de as vezes parecer. Ao viver você aprende. Se o que aprende é certo ou errado, não importa, pois essa vivência por si só o terá deixado mais maduro e com a compreensão extendida, expandida e assim posso dizer que valeu a pena.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O PODER DO MITO.



  • Uma inebriante entrevista com Joseph Campbell, conduzida pelo jornalista Bill Moyers na aclamada série da PBS nos EUA, transmitida para o mundo inteiro e aqui no Brasil pela TV Cultura. A entrevista é dividida em 6 temas:
  • 1. A Saga do Herói
  • Muito antes dos cavaleiros medievais se encarregarem de matar dragões, os contos de aventuras heróicas já faziam parte de todas as culturas mundiais. Campbell nos desafia a ver a presença de uma jornada heróica em nossas vidas.
    2. .A Mensagem do Mito
    Campbell compara a história da criação de Gênesis com as histórias de criação no mundo. Por causa das constantes mudanças mundiais, a religião deve ser transformada e novas mitologias devem ser criadas. Hoje em dia, as pessoas se apegam a mitos que não lhes têm serventia alguma.
    3. Os Primeiros contadores de Histórias
    Campbell discute a importância de aceitar a morte como um renascimento, como no mito do búfalo e a história de Cristo, o ritual de passagem nas sociedades primitivas, o papel dos Xamãs místicos, e o declínio do ritual na sociedade atual.
    4. Sacrifício e Felicidade
    Campbell discute o papel do sacrifício no mito, que simboliza a necessidade do renascimento. Ele enfatiza a necessidade de cada um encontrar o seu lugar sagrado neste mundo tecnológico e acelerado.
    5. O amor e a Deusa
    Campbell fala sobre o amor romântico, começando pelos trovadores do século 12. Ele questiona a imagem da mulher, como deusa, virgem, a Mãe Terra.
    6. Máscara da Eternidade
    Campbell proporciona visões interessantes sobre os conceitos de Deus, religião e eternidade, como foram revelados nos ensinamentos cristãos e nas crenças dos budistas, dos índios Navajo, Schopenhauer, Jung e outros.
  • terça-feira, 15 de junho de 2010

    OS SONHOS - PARTE 2




    Continuando nossas preleções sobre sonhos, iremos aqui adicionar novas informações que julgo serem de extrema importância em nossa jornada.

    De início gostaria que ficasse claro para você que a sua vida não se divide em duas como pode parecer. A vida é uma só, seja dormindo ou acordado. O que e como você vive quando está acordado reflete em seus sonhos assim como o que vive quando sonha irá sim influenciar seus momentos quando estiver acordado. Mesmo que não se lembre do que sonhou.

    As duas maiores dificuldades de grande parte das pessoas refere-se a lembrar com razoável nitidez e entender o significado ou dar sentido ao que foi sonhado. Essas dificuldades podem ser facilmente resolvidas mediante um pouco de atenção e dedicação ao tema em questão.

    Existe um preconceito e muito medo com relação aos nossos sonhos.Esses fatores se originam na crença estabelecida por certas correntes religiosas e também por um determinado grupo de "psicólogos" sobre o nosso subconsciente.Eles pensam que o nosso mundo interior nada mais é do que um "calabouço" obscuro, desconhecido e perigoso. Sendo assim, devemos nos manter a uma certa "distância" do "perigo" iminente.

    Tudo isso não passa de uma grande bobagem!

    Fomos acostumados a olhar somente para fora e com isso achar que tudo vem de fora. É lógico que a vida exterior além de ser muito importante, é um grande "laboratório" aonde poderemos treinar, testar e aprender sobre nossas infinitas capacidades.

    E para que isso ocorra dentro do nosso controle é preciso que coloquemos a mesma atenção em nossa vida interior. E uma das facetas mais importantes dela se refere ao mundo dos sonhos.

    A primeira providência a ser tomada, diz respeito a um ajuste em nosso período de sono.

    A quantidade de horas que cada um precisa varia e deve ser testada a fim de se chegar a uma conta que seja satisfatória. 

    Todavia chamo à sua atenção para que esse período seja dividido em duas partes. A noite uma faixa de seis horas, podendo variar (mas não muito mais), de acordo com sua necessidade particular.O ideal seriam quatro horas. À tarde ou no final dela, um período que pode variar de meia a duas horas(máximo) de acordo também com suas possibilidades.

    Com isso, evita-se um período muito prolongado de desconexão com o corpo e um efeito que chamamos de amortecimento da consciência. Além de um período também demasiado sem se alimentar.

    Esse efeito de amortecimento da consciência pode ser comparado ao estado que ficamos quando dormimos por exemplo dez horas seguidas e acordamos, mas permanecemos numa letargia, ou seja, como se estivéssemos dopados. Na verdade é como se dopássemos mesmo a nossa consciência, devido ao excesso de tempo "longe" do corpo, e ela nesse estado reduz nosso potencial criativo.

    Em outras palavras, viveremos em marcha lenta.

    Ao fazermos esse ajuste promovemos uma maior continuidade de nosso estado de atenção que deve ser reforçado com uma mudança de atitude durante o dia, ao prestarmos mais a atenção aos detalhes do nosso dia a dia.
    Precisamos nos acostumar a apreciar com mais intensidade o mundo que vivemos e com isso desenvolver todo o nosso potencial de olhar e perceber tudo que se passa a nossa volta. Mais adiante e com a dedicação essa sensibilidade se expande para além das nossas fronteiras, chegando assim ao nosso mundo interior.

    Pouco a pouco essa continuidade da consciência irá se refletir no período de sono, trazendo até nós lembranças mais nítidas dos sonhos. Essas lembranças nos trarão perguntas e respostas que enriquecerão nossa vida como um todo.E aí, como disse no post anterior, você começa a conversar com quem realmente é!

    A questão da interpretação das mensagens, de você entender a linguagem simbólica do seu universo interior é mais ou menos como aprender um novo idioma.
    Ao desenvolver sua capacidade de olhar para os símbolos pouco a pouco irá se ambientar e seu significado virá até você em forma de sentimento, não na forma racional.

    Suas vivências no mundo dos sonhos se dá num ambiente aonde prevalece a emoção. Tudo ali é emocional e deve ser vivido assim. Ninguém aprende um novo idioma sem a emoção.Portanto, evite interpretações racionais, deixe o intelecto um pouco de lado.

    Por isso não me canso de repetir que não há como alguém de fora interpretar seus sonhos de maneira precisa. Ele pode até dar um chutes, até porque muitas crenças são comuns a muitos e o inconsciente coletivo tende, através da lei da entropia, a nivelar a todos que se omitem, para baixo.

    O movimento evolutivo embute por si só a necessidade da intenção. É como o nascimento que necessita de uma agressividade natural para dar vida. E mesmo o amor, sem essa agressividade, não consegue se expressar.

    Não se conforme, decida desde já descobrir quais são as mensagens e o que elas significam para você. Esse bate papo com o seu interior, que num primeiro momento se dá através dos sonhos é uma ferramenta indispensável para se rasgar o véu que te separa de uma vida melhor e de infinitas possibilidades.

    Esqueça às fórmulas. Faça do seu jeito!