quarta-feira, 5 de outubro de 2011

UMA HISTÓRIA SOBRE DINHEIRO.

Tenho algumas coisas importantes pra compartilhar hoje
a respeito de dinheiro.

Assunto sério, e que merece
uma dissecada do ponto de vista psicológico.

Leia até o final.
Eu vou falar algumas coisas aqui que parecem óbvias,
mas que não são tão óbvias assim.

A não ser que você tenha uma conta bancária bem GORDA,
não deixe de ler o que está aqui.

Tem gente que se sente mal só de ler essa palavra: dinheiro.

Outras pessoas se sentem ameaçadas.
Outras pessoas, tristes e melancólicas.
Outras se animam até demais,
esperançosas pelo resultado da próxima loteria.

E umas pouquíssimas se sentem neutras.

Muita gente que se auto-denomina especialista em dinheiro e prosperidade
costuma falar que as pessoas não conseguem guardar dinheiro porque
seu inconsciente não quer que elas enriqueçam.

Ok. Concordo com esse ponto.

Só não concordo com o embasamento típico.

Segue...

A maior parte dos especialistas argumentam que
se você absorve dos seus pais uma noção de que
"ser rico é ser invejado", então o
seu subconsciente não vai lhe permitir
guardar o suficiente ou produzir o suficiente
para que você seja rico um dia...

... Porque você não quer ser invejado.

Bem... Eu não gosto dessa posição.

Na verdade, acho que é o oposto.

Qual é o preço da inveja?

Acho esse papo anti-inveja muito louvável,
e acho que realmente aconteça em alguns casos.

Mas acredito que algo mais simples do que isso
aconteça com muito mais frequência.

Sério... Inveja acontece.
Pessoas são invejadas, pobres ou ricas.

Alguém, cedo ou tarde, vai invejar você.

Você prefere ser invejado
com uma conta bancária cheia ou vazia?

(Eu posso apostar que a maior parte das pessoas vão rir dessa pergunta,
pois preferem ser invejadas de lá de dentro de um Iate de luxo rsrsrsr)

Inveja é inveja, não interessa a condição social
do invejado e do invejador (risos).

Tem pobre invejando rico.
Rico invejando pobre.
Amigo invejando amigo.
Parente invejando parente.
Até pais invejando filhos e
filhos invejando pais.

Agora, esse papo não é sobre inveja.
(eu até tenho as minhas maneiras de lidar com isso,
espero compartilhar algumas coisas no futuro).

É o seguinte...

Muitas pessoas querem ser ricas financeiramente
porque acreditam que a riqueza vai permitir a elas
comprarem o que quiserem.

Pra muitas dessas pessoas,
comprar o que quiser significa ter liberdade.

Significa não ser escravo de circunstâncias ou pessoas.

Daí, ocorre um efeito interessante...

Obviamente, quando você tem a chance
de comprar algo que lhe permita afirmar a si mesmo
que você tem liberdade, então você vai comprar aquilo.

E sua conta vai ter menos dinheiro do que antes.
E o ciclo vai continuar. Perpetuamente.

O seu inconsciente quer que você
faça escolhas que te permita se sentir livre.

Isso é MUITO MAIS FORTE do que
articulações sobre inveja.

É espantoso como a nossa mente funciona.

Se ser rico for mesmo comprar o que quiser
para se ter a sensação de liberdade,
então você estará sempre com a conta vazia,
porque liberdade está associada ao ato da compra.

Na busca pela liberdade,
milhões de pessoas (possivelmente bilhões)
compram compulsivamente.

Na busca pela sensação de poder e riqueza,
a maioria das pessoas compram
o que não querem com o dinheiro que elas não têm.

O banco soluciona o problema do "dinheiro que elas não têm"
com a bela invenção dos empréstimos.

"Usura" é o nome desse jogo que os bancos jogam,
e ele também tem um limite.

Foi mais ou menos essa a definição de riqueza
que levou os Estados Unidos à sua situação atual.

Péssima situação, com risco de calote global.

O sonho de liberdade americano é
comprar escancaradamente.

E muitos outros países sofrem desse mesmo dogma.

(Isso é praticamente uma entidade santa no inconsciente coletivo...)

O mundo está um perigo,
e esse é um padrão que precisa ser quebrado.

Ser rico não é ter dinheiro para comprar qualquer coisa.
E poder comprar qualquer coisa não significa ser livre.

Nem de longe.

Ou pelo menos, não pode ser assim.

Porque, se for, o seu inconsciente vai estimular
o ato da compra incessantemente, pra que você experiencie
injeções de "sensação de liberdade", que resultará em
viver de fato uma vida de dívidas financeiras.

E consequentemente, aprisionamento REAL.

Essa construção intelectual de liberdade através do ato da compra
é um argumento retórico (manipulativo), criado por políticos americanos
na época das Grandes Guerras Mundiais.

O rico tem dinheiro para comprar qualquer coisa? Sim.

O rico é rico porque quer comprar qualquer coisa? Não.

São coisas diferentes. E a diferença é GRITANTE.

As implicações comportamentais
de idéias mal avaliadas são gigantescas.

Você pode, basicamente,
se enfiar em um buraco por conta
das definições que você mais ama.

E o amor às coisas erradas leva à decadência.

Rodrigo Santiago - Life Coach.
Minha pergunta pra você, hoje, é a seguinte...

O que riqueza precisa significar pra você,
para que estimule espontaneamente um comportamento
que te livre da prisão do crédito?
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