sábado, 29 de setembro de 2012

O EFEITO JITTER.

                                                                          figura 1


                                                                        figura 2


Vamos agora tratar da questão das crenças e de todos os agregados energéticos que compõe o ser humano sob o ponto de vista da eletrônica. Esta explica muito bem como funciona em nossa psiquê e em nosso corpo físico, a questão dos ruídos, das distorções que tanto atrapalham um modo de vida mais em sintonia com quem somos.

Procurarei ser o mais simples e didático possível e lhe peço que qualquer dúvida me escreva perguntando. Ordens do chefe. Apesar da extensão do artigo, será simples entender, se tiver um genuíno interesse em fazer as associações e traçar paralelos em sua própria vida. E com isso, aumentar a percepção para tudo aquilo que de um jeito ou de outro te incomoda.

O "jitter" é uma espécie de ruído ou interferência. Esta palavra do inglês significa basicamente "agito". Este "agito" pode ser comparado não só ao nosso agito aqui como pessoas, mas sim ao nível de consciência enquanto me movimento, nas mais diversas experiências. De maneira mais simples ele se dá pelo movimento da onda e as suas interações com o meio por onde passa. Tal como está na figura 1. Todo movimento gera repercussões e interações. Tanto consigo mesmo, como com os meios ou os ambientes pelos quais ele passa.

Um bom exemplo é quando enfia a mão numa água parada. Dependendo do "agito", do frenesi deste movimento a água entorno forma ondas cada vez maiores ou menores. Já vi pessoas colocarem a mão na água com velocidade e não produzir quaisquer ondas. A harmonia do movimento - sem "jitters" - era tanta que não perturbou a quietude da água.
Lembrando que a desarmonia também é importante porque desloca e cutuca a consciência numa amplitude maior e nos faz perceber o que nunca antes foi percebido.

Nada a ver com a ideia de que precisa passar por isso ou por aquilo para ter méritos e conseguir algo. Esqueça essa ideia! Falo de experienciar e comungar com o movimento da vida e com o fluxo universal em seus infinitos pontos. Precisamos da expressão viva do universo - em forma de pessoas - nos mais diversos posicionamentos e se expressando com suas peculiaridades. A expressão viva do universo tem infinitos matizes afim de produzir o mais amplo contraste em nossa experiência para que haja uma realimentação do infinito fluxo da vida.

Imagine a onda - movimento da energia no circuito - neste caso quadrada - desenhada na figura 1 - num movimento ascendente pela esquerda, até chegar ao topo e se mantendo lá por um período até que desça pela direita. O ato da onda subir ou descer provoca, não só por esse movimento, mas também, como disse, pela interação com o "meio-ambiente", os ruídos vibratórios assinalados no desenho como "jitter". Esses ruídos podem oscilar paralelamente ou perpendicularmente a essa subida ou descida da onda.

O movimento da onda se equivale ao nosso movimento na vida e o "jitter" a resultante deste movimento e comparado a nós como as crenças e toda e qualquer interferência energética que "atrapalhe" o andamento desta onda.
A crença é energia. E como tal, vibra. E se vibra, expande, pois as oscilações mexem com o ar, o éter, ou seja: com qualquer meio que ela possa alcançar, dependendo da sua intensidade ou amplitude.
Um oscilação, que é o nosso movimento natural, no dia a dia, gera sub-ondas que formam uma cadeia, parecido com o efeito dominó.
Dependendo do ritmo, ou seja, da frequência da onda, assim como da sua forma, inclinação, amplitude, este ruído pode variar. Não é só o fato da onda se mover que causa o ruído, mas também o como ela se move.

Esse "como", pode provocar "jitters" de infinitas formas. Formas essas que irão "atrapalhar" o andamento e o movimento dela. Na engenharia eletrônica existem dezenas de formas de anular ou reduzir este efeito. Na vida também.

Um dos fatores de ajuste para redução do "jitter" são ajustes e adequações nos meios por onde a onda irá passar, tornado-os menos "resistentes" a ela, assim como adequando-os ao seu porte e conteúdo. Assim também é na vida. Precisamos nos adequar aos caminhos. 

Se tem 1,90m de altura não vai construir uma casa com portas e ambientes de 1,80m. Você vai até entrar, mas ficará com o pescoço entortado. Muita gente vive assim e não se adéqua. Eu quero dizer que essa adequação pode ser de múltiplas formas, desde aumentar a altura das portas, trocar de casa, refaze-la ou mudar a sua maneira de andar dentro dela. 

Enquanto se forçar viver de um modo contrário ao que deseja, mesmo que perfeitamente justificado, irá por si mesmo gerar ruídos e interferências - "jitters" - durante todo o tempo que assim permanecer. E estes vão se acumulando, pois ficam armazenados em um depósito que existe em nosso corpo físico: a barriga.

Ao se acumular, os "jitters" começam a interagir entre eles. Independente se há ou não grandes movimentos da onda, ou seja, se nós nos movimentamos com mais intenção ou não, esses "jitters" estarão  se auto impregnando e ganhando força através de qualquer um dos nossos movimentos, até mesmo os basais, tais como a respiração e  o batimento cardíaco. Que dirá dos pensamentos e sentimentos. Com esses os "jitters" enchem a pança.

Na figura 2 podemos observar que o "jitter" tem camadas. A linha vermelha, mais grossa, representa a onda na subida. Já a roseada, a azul e a verde são as camadas de "jitter" que podem ser comparadas as camadas de crenças em nossa psiquê. 
As camadas mais profundas podem ser ruídos mais intensos, mais antigos ou então reforçados dia a dia por pensamentos (movimentos) repetitivos. A camada mais externa é um pouco mais fácil de ver e até de re-sol-ver. Sendo que conseguir vê-la é fundamental.

É muito importante entender que o que nos atrapalha não é nosso inimigo e nem tampouco quer nos destruir. Eles existem tão somente devido a resultante do movimento desalinhado ou mal colocado no meio em que vivemos.
Observar os movimentos e o que eles precisam para se expressar é de fundamental importância para que o movimento ocorra sem interferências.
Os movimentos devem ser livres de qualquer ideia repressora ou reprimida. Toda a dificuldade de movimento sinaliza a falta de um ou mais pré-requisitos.

Busque a sincronicidade. As vezes tudo que fazemos está certíssimo. Os movimentos estão corretos, apenas estão fora do tempo. E aí começamos a mudar os movimentos que se tornam então inadequados ao que queremos, quando bastaria apenas prestar a atenção no momento adequado. 
Todavia nem sempre teremos a resposta exata e logo de cara para entender o que falta. Sugiro experimentar.
Entenda: "seus movimentos precisam acontecer livremente!" MAS DENTRO DO FLUXO!!! Copiou?! Conciliar a ideia de "liberdade encaixada no fluxo" que é infinito, e portanto oferece todas as opções de expressão para que se comporte sem limitações.

E como disse, para que atinja uma percepção mais refinada é necessário que varie a experimentação e troque o movimento, troque o ambiente, troque o ângulo, troque de intensidade, troque de ritmo ou tudo isso junto. Não pode se conformar com movimentos que tropeçam, que empacam ou que exigem esforço.
A dificuldade está em que nos acostumamos assim e ainda achamos ser normal e meritório. A facilidade, a fluência assustam, por mais que aparentemente a desejemos.
Nunca vou parar de repetir: a vida é fácil! A facilidade é um fator natural, normal. Todo o resto são ilusões de tampões e remendos.

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