Integração com tudo que existe e a individualidade. Como conciliar? Se parece que sou um ser separado do restante, como me sentir integrado e interagir com tudo que há?
O universo traz-nos todos os dias resquícios e lampejos dessa possibilidade através da existência da família. A conexão ou mesmo a aparente falta dela nas relações afetivas e familiares, nos dá uma pequena amostra do que poderíamos fazer em termos de conexão com as outras pessoas e a natureza de uma forma geral.
Se tenho uma conexão diferenciada com algumas pessoas cuja intensidade pode variar e muito, significa que posso então, se quiser ou mesmo precisar, estabelecer novos vínculos com qualquer outro tipo de manifestação e em qualquer lugar dentro e fora desse mundo.
Telepatia, empatia, conexão, percepção extra-sensorial, acontecem a cada instante. Mesmo sem percebermos.
Os estímulos externos fundamentam relações muitas vezes mais intensas que a que temos com nossos pais, por exemplo, nos dá um exemplo claro de que é possível sim, intensificar o contato com quem que seja, dependendo, antes de tudo, das nossas intenções.
Na maioria das vezes, conexões mais intensas entre pessoas ocorrem de uma forma inconsciente, ou não tão premeditada assim, como parece estar sendo sugerido aqui.
Criou-se o estigma de que relações intensas e duradouras muitas vezes ocorrem de forma espontânea, sem terem sido necessariamente concebidas ou arquitetadas.
Pode ser desse jeito e de tantos outros. A integração se constrói. Ou melhor se reconhece. A medida que desenvolve seu senso de existência, ou seja, quando percebe-se inserido no mundo em que vive, e quando digo isso, falo em um profundo sentir, você começa a ter facilidade de fazer conexões profundas e duradouras com o que quer que seja.
Pessoas, animais, vegetais, minerais, os elementos da natureza e o espaço infinito são só o começo.
Não se trata de especulação, suposição ou uma idéia vaga. Pense. Use agora o seu racional e depois se possível, sinta. Observe os mais diversos tipos de relações que há na vida afora.
Outro dia eu estava vendo na página do UOL, a incrível relação entre um cachorro da raça pastor alemão, de grande porte, e um pato no quintal de uma casa. Ora quem poderia imaginar que haveria afinidades entre um cachorro e um pato? E mais: eles brincavam de uma forma muito rara de se ver, corriam e se atracavam. O cachorro abocanhava o pescoço do pato, mas tinha o cuidado de não apertar demais, assim como o pato, bicava o cachorro com aparente cuidado.
Esse relato nos remete a pensar que podemos ter qualquer tipo de conexão que quisermos e com quem quisermos, bastando para isso sintonizar aquela frequência específica.
E quando digo sintonizar, falo de um ato intencional e consciente, apesar de reconhecer que por meios espontâneos esta sintonia pode também se dar. Talvez até pelo mesmos canais, se diferenciando apenas pelo impulso ou o ímpeto inicial.
Desejo lhe passar a idéia concreta de que é possível realizar todo o tipo de contato e relação que quiser e baseio minha colocação em uma observação atenta da realidade externa. Aliás essa seria uma das grandes utilidades do meio externo em nossa existência.
Há muita ilusão, porque na verdade, tudo que há pode ou não estar ali, dependendo da maneira com que olha.
Não acredite em nada do que eu digo, experimente. Comece a observar as relações entre as pessoas, animais e tudo que existe. Dê preferência as mais bizarras, ou seja, as mais fora do "comum". Experimente provoca-las em sua vida. Faça o teste.
Pesquise na internet sobre as relações entre animais diferentes e procure perceber, dentro daquele contato, uma relação profunda.
Desenvolva a crença de que todo o contato é possível. Daí, parta para vôos maiores.
Se busca uma conexão ela se dará de algum jeito. Cada um de nós é um universo particular e essa assistência adicional dos múltiplos universos existentes, daqueles universos paralelos ao nosso, se comunicam a ponto de até se fundir.
São surpresas e coincidências na vida cotidiana que trazem um belo sinal de que a vara de pescar se mexeu. Talvez não tenha nenhum peixe agarrado nela, mas algo passou por ali, esbarrou e é preciso estar atento ao fio da meada.
Aquilo que buscamos, também nos procura. Essa velha máxima constata que o processo criativo tem muitas etapas, mas que podem ser cumpridas de forma instantânea.
Desdobra-lo pode ser também a chance de melhor entender como funciona essa engrenagem que não é da mesma forma pra todo mundo. Tem variações.
Tem gente que derruba uma porta com um peteleco, quando outros necessitam da boa e velha pesada.
Todas as formas estão certas. Tudo faz parte. Tudo é assim como é.
Esse contato ou conexão se dá geralmente num ambiente de alegria e diversão. Mas isso também não é regra. Já fiquei amigo de pessoas em situações de raiva e conflito. Vou repetir: O universo permite qualquer tipo de interação, de criação, de movimento. Há que apenas sintonizar a vibração que tem um ritmo e uma frequência específica.
Essa sintonia pode também e o faz com grande frequência, deslocar você pra outra realidade paralela. É possível passar para uma realidade completamente diferente da que vive, mesmo que tudo a sua volta continue com a aparência de antes.
Conforme se movimenta dentro desta nova energia ou vibração, as formas vão tomando novas formas. Elas vão aos poucos se desmanchando e sua percepção se ajusta a nova frequência. Uns fazem mais rápido, outros nem tanto.
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