domingo, 19 de junho de 2011

DESENVOLVIMENTO.


O universo segue sua expansão. E nós somos parte integrante deste processo.Na verdade, nós somos o processo. A tentativa de crescer, de aprender, as perguntas que fazemos todos os dias, nossos movimentos aqui neste planeta representam essa expansão.
Se você ficasse o dia todo absolutamente parado, sentado e apenas respirando, o seu ato de respirar, já entraria na engrenagem e seria suficiente para provocar alguma alteração no ritmo da expansão.

Quando você se aceita e aceita a vida como um todo embarca de maneira total neste processo. Mas mesmo que não faça, ainda terá uma participação, ainda que pequena, mas que de fato existe, pois por mais medíocre que seja a vida que leva existe alguma interação.
Esse ritmo de expansão poderia ser maior na medida que um maior número de pessoas se reconhecessem e lembrassem de quem são.

Nossa vida muitas vezes está cercada de afazeres que dizem respeito somente a nós. De tanto ficar resolvendo nossos problemas, esquecemos que somos parte integrante deste mundo e que deveríamos antes de tudo, inclusive de levantar da cama pela manhã ou a hora que for, para lembrar e reforçar não só a idéia, mas acima de tudo o sentimento.

Saber que eu faço parte deste mundo eu sei, todo mundo sabe, em tese pelo menos. Agora ter este sentimento, perceber na pele quando o vento sopra, se sentir integrado as outras pessoas, animais, vegetais e minerais são outros 500...

Já falei em outro post sobre o "Efeito Borboleta", aonde o vôo de uma borboleta em um determinado continente afeta até mesmo com um furacão outro continente distante. Essa integração existe e a ciência cada vez mais prova esta realidade. Se uma pequena borboleta consegue essa proeza, imagina cada um de nós, com pensamentos/sentimentos/movimentos muito mais amplos e complexos.

Mas eu não posso ser responsabilizado pelo movimento de um sujeito em outro continente que venha a provocar um tsunami aonde estou.
Nada é por acaso. A sincronicidade atua de maneira inteligente atando e desatando nós. Basta que saibamos nos comportar, não como a sociedade determina, mas sim de acordo com nossos próprios valores, com aquilo que nos faz sentir bem. Se mantivermos esse estado de bem-estar acima de tudo e, ao mesmo tempo procurar, na medida do possível compartilha-lo, nada nos afetará.

Todas as respostas já existem, já são. É como se eu estivesse construindo uma casa e a cada tijolo que ponho, significasse a resposta a uma pergunta, a um movimento, a um desejo. Os tijolos já estão todos ali empilhados, e a cada pergunta, a cada desejo, a cada movimento, eles são colocados e alinhados, da mesma forma que estamos nos alinhando a existência pelo simples prazer de criar e viver. 

Cada palavra, cada gesto constrói ou destrói um determinado momento. Todavia mesmo o que é destruído faz parte da expansão, pois este ato, pode ser comparado a demolição de um prédio para posterior reconstrução de um maior e mais moderno. Até mesmo os entulhos tem uma grande importância na obra e servem bem ao propósito que se destinam.

O desenvolvimento do SER somente ocorre pela vivência, pela experiência que essas vivências proporcionam. De alguma forma e em algum momento você pediu por isso. Seu SER ansiava pela expressão e por uma contribuição decisiva na expansão do universo. Não posso fazer com que acredite em nada do que está aqui. Não se trata de acreditar e sim de conhecer; do saber. E este conhecimento somente se dá pela sua própria e particular vivência. 

A sua vivência será mais uma gota no oceano, que mesmo misturada, terá a sua identidade, até que finalmente se fundirá ao todo.
E quando falo do SER, não falo de um ente específico. O SER não é uma força no sentido individual ou um anjo. Ele não tem forma, é coletivo, mas tem uma certa identidade. O SER somente é, quando você vive, existe, quando se faz presente de si mesmo. O SER só pode realizar quando você realiza. O SER é o caminho que existe quando você passa, se não passar, o caminho não existirá. Se quiser seu SER mais vivo, mais forte, mais integrado a você, SEJA!

O ato de SER transforma, modifica, não pelo impulso, ordem ou desejo dele e sim pelo simples existir. Estar presente aqui e respirar o ar, exalar gás carbônico e manter o movimento, o ciclo.
Não se define o SER, simplesmente se é. Se for atrás de definições se perderá num labirinto de perguntas e respostas. Se preferir sentir, terá dado um passo adiante, mas ainda não estará completo. O ser é muito mais que pensar, sentir e movimentar. Ele é uma espécie de existência que se expande e contrai e novamente se expande e se contrai num ciclo infinito...

Não há como ensinar isso em palavras. Posso dar um minúsculo vislumbre da essência máxima da vida. Daquele que é individual e coletivo. Daquele que se realiza no coletivo mas precisa partir do individual, do indivíduo. Ele assume todas as formas e não tem forma. 
Nosso desenvolvimento e o consequente desenvolvimento do universo se dá pelas múltiplas experiências vividas. Lateja como as batidas do coração, que tem movimentos de expansão e retração indefinidos. 

Por isso a expansão, como já disse, se dá também na retração. Uma não existe sem a outra, mas quando se expressam, parecem dois movimentos distintos, duas coisas separadas, só que não são.
E o caminho mais curto, nem sempre se dá pela linha reta. A espiral segue em movimentos rotatórios ascendentes e descendentes. Ela não tem direção, porque não há direção a seguir. 

Constroem-se caminhos pelo prazer de caminhar e caminha-se pelo prazer de construir caminhos, ramificações, conexões. Não para se chegar, mas simplesmente pela expansão e contração. Não há um objetivo específico. O que há é simplesmente o que há. Sem racionalismos de começo-meio-fim.

Os ciclos começam e terminam. Mas assim que terminam um novo se incia e é como se aquele que terminou nunca tivesse de fato terminado.
E assim é o desenvolvimento da vida e de tudo que há. O desenvolvimento é o movimento que o SER faz para poder SER o que É.
"Des-envolvimento". Tirar o "envolvimento", descobrir, se abrir, desapegar. E ao descobrir, conhece, SABE. 
A consciência não acredita, não supõe, não acha. Ela SABE!
Espero que consiga perceber a infinita diferença que há no que foi colocado.

Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: