sábado, 23 de janeiro de 2010

CADA UM DE NÓS É UM SER ÚNICO!





      
Em minha época de escola havia sempre uma questão que era colocada, com relação aos uniformes: todos deveriam estar uniformizados. Achava isso muito estranho, apesar de não questionar abertamente. Se você olhar com outros olhos verá que por trás de tal atitude, aparentemente sem importância, e que nada mais parecia que um simples ato de organização, havia sim, veladamente, a tentativa de nivelar à todos. Todos iguaizinhos, parecendo réplicas de uma fábrica. Quase um batalhão de infantaria mirim...

Sem perceber, pertencíamos (e ainda pertencemos) a um regime cerceador, aonde a intenção era simplesmente colocar-nos em um patamar onde seria possível (em termos) o controle e o monitoramento. Cito essa questão dos uniformes apenas como um exemplo mínimo dentro de uma vastidão de coisas que poderíamos colocar aqui. O uniforme era apenas um milésimo das inúmeras tentativas de nos igualar. 

O que quero dizer com isso? Lembrar a você que não és igual a ninguém. Tem necessidades básicas e fisiológicas parecidas, mas é nos detalhes que a coisa toma um rumo diferente.

Todo mundo respira, mas se observar com cuidado, não é do mesmo jeito. Assim como todo mundo fala, e na fala, já é até mais fácil observar às imensas diferenças.
        
E você, sendo único, não deve mesmo ser importar com o que os outros pensam. Veja, não é para passar por cima dos outros. Quando falo em não se importar, quero dizer para que foque em suas particularidades, gostos e preferências. Respeite-as! Não se ache estranho ou esquisito porque se diferencia dos demais. As diferenças são extremamente importantes na arquitetura do universo!
         
Somos únicos! E isso quer dizer que cada um de nós possui suas particularidades, suas preferências, seu modo de ver a vida e precisamos exercitar este pressuposto. 
Perceber este hábito de tentar nos igualar aos demais é de suma importância para que tenhamos uma vida mais ampla e para aumentar seu prazer durante sua breve estada nela.

E quando digo perceber, falo de uma forma mais ampla, observando a nossa interação com os demais seres que habitam este mundo. Não falo só do fato dos outros tentarem nos igualar, mas também ao fato de nós mesmos forçarmos essa equidade, numa busca ilusória de aceitação por parte dos demais.
          
Veja, não temos que fazer nada que não gostamos. Não temos que agradar a quem quer que seja. Devemos sim, fazer às coisas para e pelo outros na mesma medida que isso nos agrada. Deve ser um prazer para nós na mesma medida que é para o outro. 
         
Talvez seja fácil falar de uma situação cômoda. Às vezes a pessoa precisa trabalhar para sustentar "N" coisas e "tem que" se submeter a determinadas regras, muitas delas desagradáveis. Tem ou pelo menos acha que tem que se submeter a comportamentos assim ou assado, por conta da sua necessidade e por aí vai...

Decida desde já, mudar o rumo dos acontecimentos. 

Mesmo sem vislumbrar pequenos lampejos de melhora, permeie-se nas suas atitudes em respeitar-se o máximo que puder em suas necessidades. Não prenda seu xixi ou seu cocô. Não postergue sua fome, sono ou banho. Comece pelo básico e estenda à todas as áreas. Olhe-se com mais atenção! Naturalmente! Você tem o direito e o dever de ser feliz! Você merece! Você pode! Não importa o que quer, o que almeja, o que pretende.

Se você consegue imaginar pode ser feito! Seja o que for! Em qualquer escala e tamanho! Não há limites! É você mesmo que impõe os limites.

Quanto mais respeitar suas particularidades, gostos e preferências, mais claramente sentirá a brisa permanente do contentamento e da realização! Quanto mais se sentir único, nem melhor e nem pior que ninguém, mais você ativa o imenso potencial da fonte em sua direção!
         
A importância de você se reconhecer como um SER único e que deve se respeitar e ser respeitado como tal é condição inegociável. Qualquer tentativa de "uniformização", de "padronização", deve ser vista com muito cuidado. Não confunda com arrogância, com despeito e desprezo aos demais. Apesar de que, à partir do momento em que se pôr a retomar o seu corpo, à sua vida e aos seus direitos, terá a incompreensão de alguns. Normal isso. Acostume-se e encare com naturalidade.
         
Se você respeita sua própria individualidade, cultiva pequenas alegrias a todo instante, sempre que puder e olha para o seu futuro com bons olhos, com esperança e expectativa positiva, ALGUMAS COISAS ACONTECEM! TEM QUE MELHORAR! entende? É a lei!
         
Devemos também lembrar sempre que assim como desejamos ver nossa individualidade respeitada, devemos fazer o mesmo para com os outros. Ninguém controla ninguém. Por mais que pareça, não controla. O controle só existirá se o outro permitir ou pelo menos fazer parecer que permite. 

Permitir aos outros que eles sejam como são, CONCILIANDO com o fato de sempre se respeitar como você é, fecha a questão. 

E aqueles que nos desrespeitam e não podemos, pelo menos num primeiro momento, nos afastar? como pais, filhos, marido, esposa, irmãos, etc? 

É preciso observar! Cada caso é um caso, não dá pra generalizar com fórmulas. Olhe a situação. Traz mais prazer do que desagrado? A relação "custo-benefício" lhe favorece? Dá para focar mais naquilo que é agradável?Procure e analise. Reflita e se não estiver encontrando uma saída, caia fora!

Quando você se respeita, se conhece, entende e aceita seus sentimentos, automaticamente, naturalmente, os outros farão isso também! Pelo menos contigo e com facilidade!

Eu sou único e você é único! Mas podemos interagir em perfeita sintonia. Basta eu olhar pra você sem reservas. Olhar com atenção, com afeto. Daí nasce todo o espaço necessário às diferenças. Eu posso ser quem sou sem te agredir, sem te invadir e vice-versa.

A convivência melhora e aprofunda. Com isso, eu abro imensas possibilidades de viver em níveis jamais vistos. Sentir o prazer de uma interação verdadeira e intensa. Novas sensações aflorarão e o bem estar se expandirá ao infinito.

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