domingo, 26 de dezembro de 2010

A COMUNICAÇÃO.



Palavras, frases, tom, formato, verdade.
O que essas palavras tem em comum? Quase nada.
Sei que não serei perfeitamente entendido, mas ainda sim escrevo. Quero dizer a verdade, mas que verdade?

Arrisco-me a acreditar que lerá com outros olhos... Se um só já fizer isso, o resultado do meu trabalho será esplêndido!
Devemos usar com atenção as palavras, pois elas só serão o que são ao encontrar seu destino.

Elas não tem valor para quem diz e sim para quem ouve.
Por isso, a verdade nunca será expressa em palavras. Quando tenta colocar uma verdade em palavras, ela morre.
A verdade foi feita para ser sentida, vivida!

As palavras são só uma pequena parte da comunicação. Ao proferir palavras, deve-se antes, arranjar o sentimento, coordenar o foco e prestar a atenção no interlocutor.
Se permanece somente nas palavras, terás apenas meias verdades, meio entendimento ou talvez nenhum.

De nada adianta reduzir o tom. Existem terríveis sarcasmos proferidos em suave tom.
Transmitir, comunicar, interagir, requer um contexto mais completo.

Não seremos "perfeitos", mas devemos ser totais. Quando se é total, ou seja, quando se está atento, buscamos naturalmente a sintonia e essa promove canais complementares que dão a totalidade daquilo que se quer dizer.

Mas a comunicação não se resume somente a transmissão. Essa é só a metade. A outra metade é a recepção que não depende de você. Portanto, a sintonia só assegura que, ao perceber falhas na recepção, você imediatamente se cale!

Lembre-se, não depende de você! Essa parte é do outro e deve então ser cuidada exclusivamente por ele.
Arrisco-me a sugerir que se as falhas forem constantes, não há o que fazer e a relação deve mesmo ser desfeita para evitar o acúmulo de sentimentos prejudiciais de ambas as partes.

Sem esforço, não pelo desinteresse e sim por respeito a incapacidade momentânea do outro.
Relações totais não estão baseadas no esforço e na luta. Elas fluem de maneira natural. 

Faça o que fizer, a melhor opção, será sempre a do deixar acontecer. A permissão é mágica e dela tudo acontece. Quando sai da frente, o fluxo flui e as coisas acontecem.

Acreditar que o outro possa ser assim ou de outro jeito, não passa de mero desrespeito, afinal a opção é sempre dele na parte que lhe cabe.
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