domingo, 19 de dezembro de 2010

O SER DE QUEM VOCÊ É!



Mais uma vez abordo aqui a questão dos rótulos. 
Geralmente estamos muito preocupados com os rótulos que recebemos e também o que damos, nas mais diversas situações da vida.

Recebemos um poderoso estímulo do meio externo, que tem sua função e utilidade até um certo ponto. Depois disso, ficamos amarrados e escravizados aos seus ditames e é aí que a nossa evolução cessa.
Todos querem ser bons, bonitos, agradáveis, polidos e acima de tudo bem vistos pelos demais. E quanto mais melhor.

É inegável que quando isso acontece somos "beneficiados" com uma série de facilidades. Mas até onde se sustenta? Ou melhor: Em que isso se sustenta?
A zona de conforto é uma das mais gostosas "zonas" em que se pode estar, a despeito da mesmice que traz, e pela ausência de desafios que nos conclame a extrair o melhor de nós mesmos.

Você não tem que ser um "modelo" para a sociedade. Deve sim, ser você mesmo, indefinível, fora ou dentro de padrões, contanto que o seu jeito seja de fato o seu jeito.
Quem pode ser totalmente bom? O que é ser bom? É agradar a todos? Não desagradar custe o que custar?

Quem pode ser o tempo todo de um jeito que agrade se a vida é uma constante mudança?
O fato de agradar, me agrada? Se agrada, me agrada em que ou porque? Me agrada por ver os outros agradados ou porque de fato estou me sentindo bem?

É importante reconhecer e saber discernir o que exatamente sinto, pois pelo que sinto me guio em segurança em direção a minha verdade.
É nosso dever reconhecer quem somos e desse jeito prevalecer. Mas isso é ser bom? É ser agradável?
Não sei, pois se disser estarei rotulando aquilo que de mais precioso temos, que é nosso SER INTERNO, e este escapa a qualquer definição.

Infelizmente vivemos num mundo aonde os rótulos são rotina, até pela visão estreita que se tem de outras possibilidades.
Não precisamos ser nada. Apenas deixar, permitir que aquilo que és, seja!

Reconheço que soa abstrato, mas é unicamente no ímpeto da aplicação constante da ausência de rótulos e no comedimento dos julgamentos que abriremos um novo caminho para o fluxo natural do movimento de expansão do universo infinito.

Veja, a chave da verdadeira evolução não está em aprender técnicas, ler biografias, estudar métodos, receitas e modos operandi. E sim na percepção de si mesmo e no reconhecimento do Deus todo poderoso que habita e é vós!
Não procure falhas, erros, deficiências. Basta começar a olhar seu corpo com um olhar mais constante e profundo, respirar fundo e sentir...

Você não erra, você não falha. Apenas se omite (se esquece) do impulso sagrado de se investigar em todas  as nuances.
Quer se conhecer, saber quem é de verdade?
Seja! Assim, do jeitinho que é. Sem medo, vergonha e culpa. Vá aos poucos se despindo de rótulos. Fique só com aqueles que a sociedade exige para que nos relacionemos.

O melhor estado de SER é aquele em que estamos completamente despidos. Nus de verdade. Livre de amarras, livre de deveres impostos. Apenas com os afazeres cotidianos que nos agradam, para aqueles que amamos e queremos bem.


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