quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O MUNDO DOS SONHOS - PARTE 2.


Nossas emoções não possuem uma linguagem parecida com nosso idioma, nem tampouco podem ser expressas em frases, por mais bem estruturadas que elas possam estar.

As emoções tem uma linguagem própria, que se diferencia de pessoa pra pessoa, apesar das semelhanças.
Nos sonhos temos a oportunidade de vive-las, organiza-las e mais: Compreendê-las. Só que essa compreensão passa longe do intelecto. Sonhos não podem ser analisados sob um ponto de vista racional.

Quanto mais reprimidos estivermos, mais inconscientes estarão os eventos durante os sonhos. Imagens aparentemente sem nexo, coisas aparentemente descabidas, sem uma sequência "lógica" ocorreram com frequência, sem tirar a possibilidade de haver rompantes de lucidez e de revelações importantes sem o excesso de simbologia embutida.

O afogamento emocional que vivemos no dia a dia, fruto da recusa, do esquivo, do medo ou da aparente falta de habilidade em lidar com certas emoções e jeitos próprios de ser - sempre aliado ou ligado a vergonha-culpa, restringe bastante o sonho lúcido, o sonho consciente, em que pode se mover no ambiente emocional (astral ou como quiser chamar) sem ser tragado e dominado (através da identificação) por elas - as emoções.

Todos sonhamos, todos os dias, sem exceção. Quanto mais você expressa e age conforme suas emoções, enquanto está acordado, mais nítido e com mais sentido serão os seus sonhos. Até o ponto aonde ocorrerão os chamados sonhos conscientes, aonde você domina plenamente o que se passa contigo durante esse período.

A repressão emocional é muitas vezes, um movimento natural de sobrevivência e de auto-preservação, mas está inteiramente baseada no medo de se ver como se é de verdade. Precisamos pouco a pouco seguir na direção de viver tudo aquilo que nos incomoda e trazer a tona essa força extraordinária que nos mantém vivos e que cria mundos.

Você pode começar desejando firmemente lembrar dos seus sonhos. 
Ao acordar pela manhã não abra os olhos de imediato e tente fazer um retrospecto. Agradeça sempre ao seu ser interno e ache graça de todo esse processo, lembre-se, você está a caminho de si mesmo.

Você pode tentar descobrir qual é o significado dos seus sonhos baseado naquilo que sente quando lembra deles. Não deve ficar neurótico com isso. Tudo deve ser leve e despretensioso.Análises racionais são sempre muito limitadas. 

Contudo, lembre-se que o seu racional pode ser muito útil , pois pode regular os excessos emocionais.
É muito importante que tente lembrar que está sonhando durante o sonho. Você pode exercitar isso durante o dia, se perguntando diversas vezes se o que vive naquele momento é um sonho. Isso é um sonho? Estou sonhando? Quero saber se é um sonho? A noite, após dormir, a tendência é que repita essa pergunta.

Não tente, pelo menos num primeiro momento, fazer associações diretas entre o que sonha e o que vive quando está acordado. As emoções refletem no seu momento e vice-versa. Todavia, como suas emoções tem uma forma de expressão que não guarda uma lógica racional, espere um pouco, pois muitas vezes, esse processo não carece de análise. 

Veja, a explicação não está na descrição e sim na vivência. Ao viver, ao sentir aquele evento, a explicação chega a você por um caminho diferente e talvez faça um sentido completamente oposto do que imaginava ser.

Não é que seu corpo esteja querendo esconder algo de você ou que tenha uma linguagem de difícil compreensão, apenas trata-se da sua permissão e da sua capacidade de perceber.

Às vezes pensamos querer saber de tudo, quando na verdade, não queremos saber é de nada. pelo menos nada que possa parecer desagradável e amedrontador. Por via das dúvidas, algumas vezes fugimos antes mesmo de saber.

Esse processo é tão sutil que chego achar graça de pessoas que dizem em altos brados querer saber do "fundo do coração" e logo em seguida mudam de assunto ou se distraem com qualquer outra coisa...

Sonhar é uma delícia. É necessário, faz muito bem e pode ser um elemento transformador de toda uma existência.
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