sexta-feira, 18 de junho de 2010

QUEM SOMOS NÓS?






Olá, saudações das melhores!

Não sou muito de indicar livros e dvds, pois quando você indica, é sinal de que achou bom, interessante ou seja lá o que for, parecerá que você defende essa ou aquela ideia. 
Não defendo ideias aqui, apenas apresento minha maneira de ver a vida para que você, através da forma como vê a vida, faça comigo um entrelace de ideias e através desta conjugação consiga seguir um caminho diferente, caso esteja insatisfeito com o seu. Se não estiver, talvez possa arejar sua mente com novas ideias.

Não prego fórmulas de auto-ajuda pura e simples, sei que este blog parece assim, mas  estou convicto que ninguém ajuda ninguém. Somente você pode ajudar a si mesmo. O máximo que se obtém do outro é uma inspiração, uma dica, um apoio, um desabafo e outros tipos de troca que nada tem haver com o trabalho em si, com a solução que é individual. Se quer melhorar a sua vida tenha em mente sempre que somente você pode efetivamente realizar essa tarefa.

Gostaria de comentar aqui, como falei no post anterior, sobre um dvd também muito interessante e deixar claro o que exatamente eu acho interessante. Coletei na internet uma crítica bem forte sobre esse dvd tema deste post e mais adiante uma sinopse em outro site e vou inserir meus comentários em letras com outra fôrma. Desejo criar um contraponto para alargar nossa compreensão, motivo esse, por sinal o único, pelo qual eu indico.

Hoje em dia temos a disposição uma infinidade de livros, revistas, cds, dvds, blogs e etc falando sobre todo o tipo de auto-ajuda e filosofias que na minha opinião são muito importantes apesar de muitas vezes causarem confusão.
Veja, a princípio você não precisa de nada disso. Você trás aí dentro, no eu interior, no espírito, na alma e consequentemente no corpo, nas células e nos átomos que o compõe, todo o conhecimento necessário para uma vida absolutamente feliz.
Felicidade é muito relativo e já dizia o filósofo Mário Sérgio Portela, o que mais valoriza e trás o desejo de felicidade é justamente a falta dela.

Ou quem sabe, deixaríamos de desejar a felicidade caso a vivamos constantemente.
Por isso me encanto a cada dia com a diversidade do mundo que vivemos.
Cada um pode e deve ser feliz a seu modo, do seu jeito com aquilo que lhe apraz e ponto.

Vamos ao contraponto da crítica ao dvd:

What the bleep do we know? (Quem somos nós?) é um filme sobre física quântica. A visão de mundo e de ciência sendo apresentada lembra bastante a tendência da revista Superinteressante: “a ciência da felicidade”. Uma mistura bizarra (bizarro é aquilo que desconhecemos? Que achamos estranho ou esquisito por que foge de determinados padrões? Mas que padrões são esses? Desenvolvidos livremente através da observação e pesquisa ou impostos por uma outra "corrente"???) de curiosidades científicas superficiais com auto-ajuda. É na prática a ramificação cientificista da auto-ajuda, e em essência continua promovendo a mesma coisa: “Não se preocupe com as causas globais(o que seriam "causas globais" se neste mundo que vivemos, o homem, através dos seus atos determina os rumos?), elimine os efeitos(não seriam as causas?) pessoais e seja feliz”. A onda agora é embarcar em “novos paradigmas”(por que? Os velhos estão servindo? Se estiverem, fique com eles!). Este novo paradigma realmente quebra os conceitos-chave do velho ou é apenas uma extensão dele? O velho paradigma é representado pelo mecanicismo, pelo determinismo e pelo cartesianismo. O novo paradigma é influenciado pela era da informação e dos computadores, criticando a era industrial ( bem típico de quem quer classificar tudo, arrumar em prateleiras e dizer: Aqui estão as idéias "A" e lá as Idéias "B". Viajou, veja o dvd e verá que ele não fala em computadores e sim em OLHAR PARA DENTRO DE SI, este sim é o novo "paradigma". Ele mostra que você pode olhar a vida de uma forma diferente, fora de padrões, apesar de parecer estar criando um novo). O universo não pode mais ser visto como uma máquina comum (máquina? Comum? O universo jamais irá se "encaixar" em qualquer "conceito racional", ele está além disso, além de classificações, ele passa longe do crivo intelectual.), mas sim como um grande computador, feito de bits e bytes. Uma máquina avançada, mais complexa, com novas regras que “unificam” todos os seres. Somos todos um só ( sim, somos todos um, mas não a mesma coisa, somos bombardeados pela diversidade, afim de expandir a "elasticidade" emocional. Somos seres únicos conectados pela unidade.). Elevam o grau do reducionismo (Nunca seremos reduzidos por conceitos, a não ser que queiramos assim) ao extremo. Não é o computador apenas o próximo passo lógico do relógio? Este novo paradigma é na verdade uma grande vitória do dogmatismo científico. É tudo que ele critica elevado ao quadrado. 

Algumas regras mudam, mas a essência continua a mesma. É uma mudança necessária para a que a natureza seja melhor “explicada” termos de matemática. Ou seja, para que a natureza seja ainda mais humanizada, com a desculpa de que assim estaríamos entendendo-a melhor e ao mesmo tempo entendendo a nós mesmos... Outra hipótese, que pode ser descartada por um amante das ciências, é que estamos apenas dando um passo além na conformação a realidade natural a um ideal mental e artificial, enquanto os interesses econômicos e políticos por trás disso são completamente ignorados.

(Tudo que vira modismo pode sim ter algum tipo de interesse, mas a partir do momento que você olha para o que foi dito, verá que por trás, está a grande e almejada liberdade, e isso sim, preocupa os críticos e até aqueles que não são, pois o que farei se for livre? Sempre vivi dentro de um sistema e me sinto seguro assim. O que o sistema fará se todos forem livres??? O desconhecido, mesmo que embasado em uma nova ciência me preocupa muito pois sempre tive as "respostas" que precisei na enciclopédia britânica ou no jornal da tv e gosto de ser enganado... Ele se esquece que não é o destino que importa e sim a viagem... )

As implicações do novo paradigma são aparentemente maravilhosas para a vida humana, mas assim também parecia às pessoas quando paradigma anterior surgiu. Levou anos para perceber as reais e desastrosas conseqüências do mecanicismo. Toda a visão de mundo foi moldada em torno da maravilha tecnológica da época: o relógio. As leis da física eram um incrível mistério, mexiam com a imaginação das pessoas. Elas ainda têm as mesmas expectativas em relação à física que tinham na época de Newton: esperam que ela salve o mundo, ou pelo menos tornem suas vidas melhores. O novo paradigma é tão cientificista quanto o antigo, com o computador e o holograma como as novas maravilhas tecnológicas ao redor das quais a nova visão de mundo se molda. Com que bases eu faço essa acusação? Supostamente é preciso uma ciência mais “avançada” para criticar a ciência anterior. A “ciência”, se é que merece esse nome, está presa num ciclo de feedback positivo da qual jamais poderá se libertar, enquanto não deixar de lado seu papel de “salvadora” e “detentora da verdade”.

(São processos. Durante uma viagem, por melhor que seja, podem surgir imprevistos, novos desejos, mudança de rumo ou até mesmo uma coisa nova e interessante que surja pelo caminho, que faça com que sigamos um novo rumo, e depois um outro novo rumo e assim por diante. Nem por isso a viagem deixará de ser boa e válida no que ela se propõe. Se na opinião dele tudo isso está errado ou é mais do mesmo, numa nova roupagem, então que ele não se atenha apenas a criticar, apresente uma "solução"!)

A relação com a religião também é basicamente a mesma, mas agora se baseia mais na mística oriental que na mística cristã européia. Não se afasta muito dos textos de teológicos medievais que tentavam provar um “deus racional”, e tinham incríveis fundamentações matemáticas. A crítica à religião não deixa de ser religiosa e até mesmo um tanto intolerante, colocando a culpa dos males do mundo nas outras religiões, e tentando substituí-las por uma religião científica, como se fosse a única válida apenas por ser “científica”. Mas esta religião não tem nada de novo, é a velha religião salvacionista com novos termos, na velha tentativa de unir os homens em torno do mesmo conceito de deus. Este conceito de deus não deixa de ser artificial. Mais especificamente, não deixa de servir aos interesses da cultura dominante.

( sim, qualquer "conceito", até mesmo esse que você coloca aqui pode ser "artificial". Agora independente disso o que mais me chama a atenção é que você desqualifica um "conceito" com outro "conceito" e assim será sempre, pois tudo que dizemos e escrevemos não passa de conceitos, por mais que pareçam fazer parte da realidade e por mais que você consiga provar.)


Uma das mudanças do novo paradigma é a influência do observador. O objetivo da ciência sempre foi determinar uma verdade independente de qualquer observador, ou seja, uma regra. Isso permitia afirmar a superioridade da mente humana em relação ao mundo material. Agora a própria realidade depende do observador. O observador não está mais separado do fenômeno, a realidade depende dele para existir. O funcionamento do mundo é basicamente explicado pelo funcionamento da mente. Este é o antropocentrismo levado ao extremo. É neste sentido que este novo paradigma é apenas um passo além na mesma direção. É um grande projeto de transformar a vida em algo artificial, matemático, simbólico, destituído de valor próprio. De retirar da experiência “sagrada” todo valor intrínseco e substituir por valores humanos, culturais e utilitários. Ao mesmo tempo de dar alívio e conforto ao sofrimento de viver num mundo sem sentido próprio, prometendo juventude, felicidade, saúde, harmonia, etc. As velhas promessas de “evolução” ou “iluminação” do homem através de um autoconhecimento linear. Fica implícito nesta promessa o aumento da dependência tecnológica e a ideia de que a racionalidade humana é o objetivo central da evolução do universo.

( Este sem dúvida é a parte mais interessante do dvd. A influencia do observador no processo. Ao observar você muda a realidade. Esse experimento mostrado no dvd foi repetido centenas de vezes por diversos cientistas do mundo inteiro e comprovou-se que ao observar o movimento das partículas eletrônicas elas mudavam o seu comportamento. Podemos fazer uma correlação também com fatos da vida, por exemplo com relação aos juízes em geral e até mesmo os de futebol, quando tomam decisões baseados no que viram e mudam o rumo de uma partida. Sem entrar nos méritos disso, cada um verá de um jeito e esse jeito de ver muda tudo, apesar de estarmos falando exatamente da mesma coisa, essa mesma coisa toma forma, sentido e significado de acordo com a maneira de ver de cada um. O ato de ver e sua forma muda assim como a mudança muda a forma de ver num ciclo constante. Mesmo assim, esse crítico deixa escapar que não há dependência alguma tecnológica uma vez que o dvd se refere ao movimento de partículas atômicas (elétrons, prótons e nêutrons), que fazem parte de tudo que conhecemos sem exceção. Mesmo que não existissem computadores, os átomos estariam aí e teriam o comportamento relatado pelo dvd).

O filme tenta infiltrar o seguinte meme na cabeça do espectador: a realidade é maleável, basta pensar positivo e tudo pode acontecer! Junto com esse meme é propagada a ideia de que nós somos o novo critério da nossa própria evolução, não precisamos mais nos adaptar ao meio. Também conhecido pelo dogma: não mais evoluímos, apenas progredimos. É como dizer: “Esqueça o equilíbrio do ecossistema, nós adaptamos o meio a nós! Podemos mudar o que quisermos em nós mesmos, podemos ser nossos próprios artífices e levar em consideração apenas nossos próprios desejos e necessidades”. Afirmar que nós somos deuses é apenas o próximo passo lógico de afirmar que somos os favoritos de deus. Justifica o fato de subjugarmos o mundo, e é exatamente o que os dominadores esperam e querem ouvir: uma justificativa científica nova e atraente para suas ações irresponsáveis. Mas para a maioria das pessoas, é apenas um filme inocente que só quer o nosso “bem”, nos deixando mais tranqüilos e harmonizados enquanto nos entregamos voluntariamente à miséria e a degradação social. Como as pessoas respeitam a autoridade dos filmes e dos doutores estadunidenses, a tendência é que esse tipo auto-ajuda apenas aumente, infelizmente.

(Nota-se que o relato é tendencioso (e chega as raias de um discurso político). Traz um preconceito com quem organizou as idéias, mas há que se lembrar que as experiências realizadas, não o foram somente nos EUA, e sim em diversos países do mundo e também no Brasil. Mais do que afirmar que é certo ou errado, este dvd é um convite a experiência, a experimentação. Se de cara o elimina, por achá-lo estranho ou bizarro, perde a oportunidade de vivenciar algo diferente e de exercitar seu livre poder de pensar. Se duvida, teste, observe, procure, mexa-se e investigue. Ou será que ele acha que tudo se resolverá pelo equilíbrio de ecossistema?Se formos mesmo considerados deuses por esta nova teoria, isso em nada acrescenta no ímpeto destruidor de alguns, pois depende se você se sente um deus por vaidade ou se por conexão.)


A seguir vamos comentar a sinopse de um outro blog:

Sinopse: Amanda, a protagonista, é interpretada por Marlee Matlin, que se vê numa fantástica experiência ao estilo de 'Alice no País das Maravilhas', quando sua vida cotidiana, tão carente de inspiração, literalmente começa a desenredar-se, revelando o mundo incerto de valores ocultos, encobertos por uma realidade alarmante, que a maioria de nós considera normal.Amanda é literalmente lançada em direção a um redemoinho de acontecimentos caóticos, enquanto os personagens que encontra durante esta odisséia revelam um conhecimento mais profundo e oculto, que ela jamais percebera querer saber. Assim como toda heroína, Amanda é mergulhada numa crise, passando a questionar as premissas fundamentais de sua vida - e percebe que a realidade na qual sempre acreditou, principalmente em relação aos homens, os relacionamentos com outras pessoas, ou, ainda, a maneira como seus sentimentos afetam seu trabalho, não faz parte, de fato, da vida real!!À medida que Amanda aprende a relaxar vivendo essa experiência, ela se torna capaz de dominar seus temores, adquire sabedoria e conquista a chave dos segredos de todas as idades, tudo isso, de uma forma muito divertida. A partir daí, ela já não é mais uma vítima das circunstâncias, mas está a caminho de ser a grande força criativa de sua própria vida, que, por sinal, jamais voltará a ser a mesma.

Nosso comentário:

Sim! Jamais seremos os mesmos depois de uma viagem. Até que ponto as teorias são reais ou fruto da imaginação ou mesmo de certos interesses, não vem ao caso, pois se você observar com atenção, jamais será "vítima" da ilusão, mesmo estando em um mundo de "ilusões".
Não se trata de subir ou descer, e sim de viver! Não estamos em competição, apesar de as vezes parecer. Ao viver você aprende. Se o que aprende é certo ou errado, não importa, pois essa vivência por si só o terá deixado mais maduro e com a compreensão extendida, expandida e assim posso dizer que valeu a pena.

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