sexta-feira, 16 de julho de 2010

FELICIDADE.



Quero refletir hoje com vocês sobre felicidade. Apesar de parecer, não quero aqui fazer definições. Descrições racionais impõe limites que a felicidade rejeita. Mas não posso deixar de escrever sobre, para quem sabe, numa tentativa sem garantias, lhe inspirar a repensar o tema.

Felicidade não é para ser descrita e sim para ser sentida. Cada um sentirá do seu jeito, do seu modo. O que deixa muitos com a sensação de que a felicidade extrema não passa de bobagem para outros tantos.

Quando me lanço a vida me candidato a felicidade. Felicidade é a sensação que se tem e a possibilidade inerente ao contexto de viver e do que se espera.

Respiro fundo e apesar do pulmão cheio, quero mais um pouco e um pouco mais...

Penso, reflito e sinto. A emoção circula dentro de mim e me conduz por caminhos únicos. Minha busca se dá pela sede de sensações. Preciso sentir e elaborar bem o que sinto. Não é só sentir e lidar bem com isso, e sim compreender fundo os porquês das escolhas já feitas.

Sigo um rumo sem mapas, sem manuais de instrução e muitas vezes com interpretações que me desviam do caminho que quero seguir e nem sei que já conheço.

Paro, olho e o desejo nasce. Quero experimentar antes de tudo. Felicidade aí é esse estado de experimento.

Conceitos, histórias e falta de liberdade me impedem temporariamente de expandir no meu rumo. Vivo num mundo de manifestações e inadvertidamente imagino que felicidade é um estado de manifestação, aonde somente serei feliz se manifestar o que desejo. Pode ser, mas não é só isso.

Se conseguir perceber que o desejo de manifestar já é a manifestação do desejo, já serei feliz imediatamente!
A vida somente se dá em sua total plenitude quando alio o mundo das manifestações físicas ao mundo emocional, interno. Sem vida interior, a exterior esfria. 

A vida interior é a lareira que aquece meus melhores momentos nesse mundo físico. Nada mais sou que um hábil interlocutor, um mediador (médium) entre dois mundos tão diversos que interagem e ampliam minha sede de conhecimento.

Me sinto realmente feliz quando provenho com toda a delicadeza um link seguro entre meu mundo interno e o externo. A fusão deles é por demais necessária e me enche de alegria.

Felicidade é alegria, divertimento, bem estar e a sensação de estar viva essa ligação com aquilo que é. Minha ansiedade me impulsiona a encontrar essa porta. E  a busca de quem procura nunca deve se nortear pela simplória sagacidade de achar por achar. O movimento de procurar (caminhar) é muito gostoso também!

Não há onde se chegar.

Quando se coloca a felicidade como meta, objetivo e tenta-se dirigir a ela como um destino, nunca se chega. Felicidade não é um destino.

Felicidade é um estado de ser. Seja quem você é simplesmente, tirando às máscaras e rótulos e sinta o que é a felicidade.
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