quinta-feira, 1 de julho de 2010

O QUE É A TAL "REALIDADE"?.


A experiência é produto da mente, do espírito, dos pensamentos e sentimentos conscientes, como também dos pensamentos e sentimentos inconscientes.Juntos eles formam a realidade que você conhece. Você nunca fica à mercê de uma realidade que existe separada ou que lhe seja imposta. Você está tão intimamente ligado aos eventos físicos que compõe sua experiência de vida, que geralmente não consegue distinguir entre as ocorrências aparentemente materiais e os pensamentos, expectativas e desejos que lhes dão origem.

Se em seus pensamentos mais íntimos existem características fortemente negativas, e se elas formam barreiras entre você e uma vida mais plena, em geral olha por entre as barreiras, sem vê-las. Até que elas sejam reconhecidas, constituem impedimentos. Mesmo os obstáculos tem uma razão de ser. Cabe a você reconhecê-los e descobrir a razão de sua existência.

Seus pensamentos conscientes revelam essas obstruções. Você não está tão familiarizado com seus próprios pensamentos como imagina. Eles podem escapar-lhe como água por entre os dedos, levando nutrientes vitais do processo criativo.

Um exame honesto de seus pensamentos conscientes lhe revelará muita coisa sobre o estado de sua mente interior, suas intenções e expectativas, e muitas vezes o levará a uma confrontação direta com desafios e problemas. Seus pensamentos, se estudados, permitirão que você veja para onde está indo. Eles apontam claramente para a natureza dos eventos físicos. O que existe fisicamente existe primeiro no pensamento e no sentimento. Não há exceção a essa regra.

A sua mente consciente é uma prova cabal de que não está a mercê de impulsos inconscientes, a menos que assim consinta. 

Seus sentimentos e expectativas atuais servem como referência para avaliar seu progresso. Se não gosta de sua experiência, precisa alterar o tipo de mensagem que está enviando, por meio de seus pensamentos-sentimentos a seu próprio corpo e as pessoas de seu relacionamento.

Cada pensamento tem seu resultado. O mesmo tipo de pensamento repetido habitualmente tem um efeito mais ou menos permanente. Se você aprecia os efeitos raramente examina o pensamento. Caso contrário, começará a imaginar o que está errado.

Às vezes você culpa outras pessoas, ou sua criação, ou uma vida anterior ou Deus ou o diabo, ou ainda simplesmente diz: "A vida é assim mesmo" e aceita a experiência negativa como uma coisa necessária.

Poderá ainda chegar a um meio-entendimento da natureza da realidade e lamentar-se: "Acredito que causei estas coisas negativas, mas sou incapaz de revertê-las".
Se for esse o caso, então, independente do que você disse a si mesmo até agora, ainda não acredita ser o criador de sua própria experiência. Assim que reconhecer este fato, começará a alterar as condições que causam seu destino de insatisfação.

Ninguém o força a pensar de uma determinada maneira.

Você pode ter aprendido a considerar às coisas de uma maneira pessimista. Pode até supor, como muitos fazem, que o sofrimento enobrece, que é um sinal de profunda espiritualidade, uma marca que o diferencia dos demais, uma roupagem mental necessária aos santos e poetas. Nada poderia estar mais longe da verdade.

Toda consciência tem em si mesma o ímpeto profundo e permanente de usar suas habilidades plenamente, de expandir sua capacidade, de aventurar-se com alegria para além das barreiras aparentes de sua própria experiência. 

A consciência existente nas mais ínfimas moléculas, grita contra qualquer ideia de limitação. Elas anseiam por novas formas e experiências.Cada átomo procura conscientemente unir-se a novas e significativas estruturas. Eles o fazem de forma instintiva.

O homem investiu-se de uma mente consciente para dirigir a natureza, o molde e a forma de suas criações. Todas as aspirações profundas e motivações inconscientes, todos os impulsos silenciados surgem da aprovação ou desaprovação da mente consciente e esperam sua orientação.

Somente quando abdica de suas funções é que ela pode deixar-se controlar pela experiência "negativa". Somente quando recusa responsabilidade, pode finalmente ficar a mercê aparente de eventos sobre os quais parece não ter qualquer controle.

Os livros sobre pensamento positivo (auto-ajuda), embora possam ser benéficos, não levam em consideração a natureza habitual dos sentimentos negativos, das agressões ou repressões que são, com frequência, simplesmente varridos para baixo do tapete.

Eles lhe dizem que deve ser positivo, compassivo, forte, otimista, cheio de alegria e entusiasmo, sem lhe dizer como sair da situação específica que se encontra e sem entender o círculo vicioso que parece prende-lo. 

Eles não explicam o manejo correto dos pensamentos-sentimentos e não levam em consideração aspectos multidimensionais e o fato de que, no final, cada um de nós, embora regidos por leis gerais definidas, ainda precisa encontrar e seguir sua própria e particular maneira de resolver a questão.

Saúde, relacionamentos, dinheiro, tudo pode melhorar até atingir a condição que lhe seja ideal, seja ela qual for.
Não há necessidade de esforços, muito menos de se culpar, no sentido negativo deste termo. Assumir a responsabilidade nada tem haver com culpa. Se culpar e se auto-punir só reforça sua condição atual.
Antes de mais nada precisa estar disposto a aceitar sua realidade para que assim automaticamente se desvincule dela.
Se lamenta, reclama, protesta, chora e etc, se conecta e permanece aonde não quer. Como disse antes não proponho aqui que se jogue para baixo do tapete, mas sim e simplesmente deixe passar.

Deixar passar não é desleixo e sim um relax profundo. Lide com suas barreiras da mesma forma com que lida com tudo aquilo que lhe agrada. Olhe para elas, interaja e solte. Vire seu olhar para o que quer, mas não sem antes de olhar para tudo aquilo que está escondido. Isso requer coragem e desprendimento.

Determinação é uma coisa que não se ensina. Ela vem de dentro, nasce com um consentimento oriundo do desejo de viver uma vida melhor, direito seu, natural.
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