terça-feira, 25 de maio de 2010

O IMPORTANTE LAPSO DE TEMPO.




Falar sobre o tempo me dá uma sensação instigante tal é o tamanho do desafio.

Estamos acostumados e presos aos ponteiros do relógio. 

Qualquer coisa diferente disso soa, no mínimo estranho, e portanto de difícil compreensão. Vamos começar então falando de Albert Einstein,  um dos homens mais notáveis do século 20, quando fez uma rápida definição a seus alunos, ao ser inquirido sobre a relatividade.

Ele disse: "quando você está ao lado de uma linda mulher uma hora parece um minuto. Agora pega esse mesmo sujeito, e coloca-o sentado em um fogão aceso, um minuto parece uma hora".

Conseguiu perceber que a noção de tempo está atrelada a duração de consciência (emoção que coloca)? Ao que foca e ao que abstrai?! Ao que apega e desapega?! Se em um exemplo como esse podemos mostrar que, dependendo do seu estado de espírito, o tempo parece ter duração diferente, a despeito dos ponteiros do relógio estarem andando na mesma "velocidade" de sempre, há que se aceitar pelo menos, que o tempo não é tão "sólido" ou "rígido" assim como parece.

Quando você dorme por exemplo por oito horas, você tem alguma noção desse tempo que passou? Ou você fecha os olhos às 22:00 horas e quando abre já são 06:00 horas da manhã? Você não percebeu, sabe o porquê? Por que na verdade o ato de abrir e fechar os olhos se deu no mesmo instante!

Essa sensação de passado, presente e futuro e de uma sucessão infinita de momentos se apresenta dessa forma a você, por que você foi adestrado, hipnotizado, e orientado a prestar a atenção nisso por seus pais e/ou pela sociedade.

Tente se lembrar de quando era pequeno, de preferência numa idade bem jovem, lá pelos seus cinco ou seis anos. Vai, você consegue! Tente! Insista! Qual era a noção de tempo que você tinha?

Eu me lembro bem que eu tinha que pedir a minha mãe que me avisasse à hora do meu programa preferido na TV. Eu não olhava às horas, vivia no agora e era muito feliz. Eu tinha dificuldade de observar essa sucessão de momentos. Sabe o porquê? haha... eu estava "entregue e desapegado"! Sem preocupações! Ela gritava na janela: "Ronald!!! (sério, o grito retumbava a rua inteira... Meus amigos davam pulos...rsrs -  venha almoçar! venha tomar banho! já está na hora de entrar!" Não julgo se o que minha mãe fazia era "certo" ou "errado", por que sei que para ela, era tudo muito natural.

Já viu aquelas pessoas que ficam o tempo todo olhando no relógio ou celular? Dá pra sentir a preocupação, o apego, a dúvida borbulhando na pele deles. Quem está relax, não fica olhando no relógio. Ele está bem com o tempo (na verdade com suas emoções). Não tem preocupações. Ou seja: Não se PRÉ-ocupa. Não ocupa o seu tempo com coisas que ainda não aconteceram, que são meras suposições ou hipóteses. 

Ele se ocupa com o presente, com o que acontece agora, ainda que fazendo planos para o futuro ou tendo gostosas lembranças do passado. 

Todos nós nascemos sem essa "noção de tempo". Mas o mundo em que vivemos está "organizado", "estruturado" de forma a quase lhe obrigar a estar o tempo todo olhando para os ponteiros do relógio. Você se habitua a isso, e pronto: A meleca está feita.

Quero que desenvolva a sua própria capacidade de perceber os detalhes que te cercam e você nem se dá conta.

Desenvolvendo sua capacidade nata de observar, facilmente descobrirá que o labirinto que se encontra, assim como o tempo, é um mecanismo atrelado às emoções.

Vivemos num eterno agora. Se conseguir puxar às memórias de sua infância no que diz respeito ao tempo, poderá concluir por si só o que eu digo. Tudo acontece ao mesmo tempo. Todas às suas encarnações acontecem de forma simultânea. Passado, presente e futuro são uma coisa só.

Esse sem dúvida é um dos principais fatores do por quê que às pessoas tem dificuldades de realizar seus desejos. Quando você imagina, pensa sobre algo que quer, imediatamente olha para a sua realidade e vê que não tem. Você quer mas não tem. E aí pensa: Vou planejar, vou esperar, tudo tem seu tempo, a paciência é uma virtude. Quem sabe um dia? Semana que vem? Mês que vem? Quando afinal de contas?

Imediatamente você, sem perceber, atrela o seu desejo ao tempo, que na verdade não existe como algo que vai por si só realizá-lo. A não ser que atrele (pregue) nele à devida emoção. Faça a associação correta, pois assim você facilita a manifestação no mundo físico.  É necessário plantar a semente primeiro (dar atenção, foco) para depois permitir que o fluxo se cumpra (abstraindo, não se importando e nem se preocupando).

Quando você deseja algo, imagina com clareza o que quer e põe sentimento e emoção intensa a coisa se concretiza imediatamente! Não há lapso de tempo! Ela acontece! É assim mesmo, automático!

Acredite, se quiser. Não estou lhe vendendo nada. Sendo assim, sou insuspeito.

Se você quer algo, mas coloca o tempo (emoção) como empecilho, acabastes de derrubar (parcial ou totalmente) o objeto da sua criação. Seja apressando ou retardando.

Atente-se que toda a criação ocorre dentro de você e logo em "seguida" ou simultaneamente no mundo físico. Se é um carro que quer, a sincronicidade cuida para que ele seja fabricado ou separado naquele mesmo instante. Se é uma casa, ou ela já está pronta, ou em vias de construção, mas ela já existe, entenda, mesmo não estando ainda pronta fisicamente, o projeto, a ideia de quem está ou irá construí-la, já existe e está em pleno andamento, em sincronia e sintonia com o seu desejo. 

Quando o desejo nasce, a contra parte, ou seja, o objeto desejado imediatamente figura como disponível. Seja pela sua concepção, fabricação ou pela intenção de venda de alguém. Em algum lugar próximo de nós.

O estímulo que dá ao desejar é perfeitamente recebido e aceito por alguém, em algum lugar do mundo, alinhando isso aos interesses pessoais daquela pessoa ou empresa, para que já se configure o princípio ativo da sincronicidade. Onde a confluência de interesses casam.

Se você reforça sua intenção de ter, seja o que for, com mais emoção, intensifica e mantém assim, com a devida postura emocional, que nada mais é que a abstração do tempo (desapego). A coisa flui!

Tempo é emoção. Emoção molda o tempo. E você molda suas emoções.

No fundo, passado e futuro podem existir. E é claro que não dá pra esquecer totalmente deles e simplesmente ficar o tempo todo no presente. Nossas emoções, assim como o "tempo" que às representa aqui, são extremamente dinâmicos e muito vivos. Não gostam de se prender, pois elas são como um fluxo contínuo. São águas revoltas.

Na verdade podemos misturar tudo num pote, colocando também o apego e o desapego (emoções) como fatores que moldam o tempo. Quanto mais apegado estiver, mais retém o fluxo. Assim, tanto o tempo como o fluxo da sua vida travam. E o tempo mede isso pra você. Caso esteja apegado, seja lá o que for, mesmo que os dias passem, cronologicamente falando, será como se nenhum dia tivesse passado. A sensação de trava acontece, passando ou não às horas do relógio. Ele gira, mas o seu tempo psicológico não.

Às coisas acontecem quando às suas emoções acompanham o tempo e quando o tempo está em sintonia com às emoções. Por isso que se diz que é importante "viver no agora". Claro que vamos planejar o futuro e lembrar de coisas do passado, sempre. A questão é só estar desapegado, solto e entregue (sem preocupações). 

É importantíssimo entender a relação que há entre o tempo e às emoções. É total! Criador e criatura.

Quando se diz que o tempo é o "melhor remédio" ou "não tem nada que o tempo não cure" ou "deixe o tempo passar", estamos na verdade nos referindo às emoções envolvidas naquele caso. 

As pessoas pensam que o passar do tempo esfria a emoção e melhora a situação. Na verdade isso acontece porque sendo o tempo a própria emoção, se ele passa, a emoção também vai passar ou se reconfigurar devido a vivência que há com o passar do tempo.

Emoção vivida é emoção resolvida!

Aprendendo a trabalhar e a lidar com às emoções mexeremos no tempo ao nosso sabor. O tempo será um obediente servo e conspirará à nosso favor.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: